Analista de sistemas desenvolve sistema simples de coleta de água da chuva
Idéias simples fazem a diferença. Para o planeta e para o bolso. O mais importante: estão ao alcance de qualquer pessoa. Na impossibilidade de obter água a baixo custo, o analista de sistemas Mauricio de Ávila, 41 anos, desenvolveu em sua casa, na região de Cotia (a 36 km de São Paulo), um sistema de coleta de água a partir da chuva. O que seria uma saída monetária virou, por tabela, uma solução ecológica.
Ávila havia adquirido um terreno de 1000 m² quase dentro de uma mata. No condomínio não havia água encanada. "Os vizinhos abasteciam-se através de poços artesianos e a coleta não existia", disse. A outra forma de adquirir água era através da compra de caminhões pipa. Um caminhão com 10 mil litros custava R$ 170. Como necessitaria de 15 caminhões por ano, essa conta alcançaria a marca de R$ 2.550 por ano.
Após fazer as contas, Ávila buscou uma alternativa e optou por fazer a coleta de água da chuva. Comprou 12 metros de calhas, duas caixas de água de 5 mil litros, duas bombas de água, 100 metros de mangueira, um rolo de telas de PVC e, incluindo mão de obra, gastou R$ 2.970 e cinco dias de trabalho.
O sistema funciona de forma simples: a água é coletada da chuva diretamente pelo telhado ou pelas calhas e depois é tratada com cloro. A água é utilizada para todas as atividades diárias — como tomar banho, lavar roupas, louças, no banheiro —, exceto para consumo. O custo fica em torno de R$ 55 trimestrais. Isso inclui o honorário de um funcionário, o cloro e a energia gasta pela bomba. Como o sistema vai ser usado por anos, ele vai amortizar o custo de investimento e ainda economizar água tratada.
Ainda durante a instalação do encanamento de sua casa, Ávila deixou um cano exposto ao sol e percebeu que a água saiu morna. A partir dessa observação, passou a deixar de ligar a chave de temperatura do chuveiro no verão, utilizando menos energia elétrica e, consequentemente, ajudando a natureza.
E ele não pretende parar. "Como a região e suscetível à falta de energia, a ideia agora é produzir energia eólica (produzida pelo vento) e armazená-la. O tema sustentabilidade pegou Ávila e ele também aprendeu a reciclar o lixo, "embora não exista uma coleta seletiva na região". Para isso, ele separa o que é reciclável de resíduos em casa e leva a um grande supermercado da região.
Fonte: Meio ambiente Terra
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