”A água é o sangue da terra. Insubstituível.
Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste.
Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente,
Tomando-a como chave e exemplo.
Quando a água é pura, o coração do povo é forte.
Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.”
Filósofo Chinês no século 4 A.C
Buscar
"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"
domingo, 4 de julho de 2010
A importância da Educação Socioambiental
O mundo, como nossos pais e avós e nós próprios, adultos, conhecemos, mudou. As escolhas das gerações que nos antecederam, da era pós-industrial, aqueceram o planeta e as conseqüências desse aquecimento já começam a ser sentidos por todo o planeta, inclusive no Brasil. Além de tentar mitigar os problemas, precisamos também nos adaptar a esta nova realidade de um planeta mais aquecido, cuja tendência será aquecer ainda mais. E entre as conseqüências já previstas para as próximas décadas, o aumento do nível dos oceanos está entre os maiores danos à infra-estrutura urbana e rural nas cidades litorâneas.
Para fazer uma educação ambiental que seja compreendida por todos, precisamos antes perceber que não é por falta de conhecimento ambiental que as árvores são derrubadas, a fauna sacrificada ou o meio ambiente poluído. Os caçadores e desmatadores, por exemplo, possuem muito mais co¬nhecimentos sobre ecologia, natureza e a vida sil¬vestre que muitos ecologistas, mas usam esses conhecimentos para destruir e ma¬tar.
O problema é que não nos achamos como parte da natureza, por mais esdrúxula que essa idéia possa parecer. As pessoas possuem consciência ambiental, mas na maioria dos casos, esta consciência é distorcida, associando a natureza às plantas e animais, como se a espécie humana não fizesse também parte dela. Conceitualmente, nós, seres humanos, nos achamos os ‘donos’ do universo e nos colocamos em seu centro, como se tudo à nossa volta existisse para nos atender. Então, se aceita como natural a exploração deste mesmo universo, com tudo que o compõe, desde que seja para atender aos propósitos e desejos humanos. A visão de que o Planeta não nos pertence, que nós é que pertencemos ao Planeta não tem cabimento numa sociedade baseada no consumismo e, por isso mesmo, no materialismo, que valoriza o ter em vez do ser! O meio ambiente destruído não resulta de um conflito entre os humanos e a natureza, mas dos humanos com a sua auto-imagem.
E mais. Ao desmatar, queimar, poluir, uti¬lizar ou desperdiçar re¬cursos naturais ou energéticos, cada ser humano também está reproduzindo culturalmente o que aprendeu ao longo da história e cultura de seu povo. A ação destruidora não é um ato isolado de um ou outro indivíduo, mas reflete as relações culturais, sociais e tecnológicas de sua socie¬dade. Seres humanos explorados, in¬justiçados e desrespeitados em seus direitos, acham natural explorar outros seres vivos, como animais e plan¬tas, considera¬dos ‘inferiores’.
Falar sobre meio ambiente, principalmente para pessoas de baixa-renda, é falar sobre o es-goto a céu aberto, o lixo não recolhido, a água con¬taminada, etc. As questões ecológicas devem ser associadas à qualidade de vida, para que as pessoas se percebam como parte deste meio ambiente. Por mais sério que seja ninguém consegue ter a sen¬sação de im¬portância por uma coisa abstrata, fora de sua reali¬dade. Antes de se importar com a sobrevivência das outras espé¬cies, a pessoa precisa es¬tar consciente de sua própria importân¬cia, sua capacidade de interferir no meio ambiente e de agir como cidadão.
Ghandi afirmava que “Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã”. Então, é só querer arranjar um jeito para fazer em vez de continuando a encontrar desculpas para não fazer.
Vilmar Berna é escritor e jornalista, editor da Revista e do Portal do Meio Ambiente. Mais informações: www.escritorvilmarberna.com.br
Fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens populares
-
O anilhamento é uma técnica de marcação de aves com anéis numerados, que permite conhecer quando do encontro dessas aves, o tempo de vida,...
-
Se nosso presente é de agressão ao ambiente natural e de consumo irresponsável, o que será do futuro das próximas gerações? A resposta ur...
-
Foto: Palê Zuppani O "((o))eco Fauna e Flora" traz um animal exclusivamente brasileiro. O Muriqui, também chamado de mono-c...
-
Introdução Bacia hidrográfica é uma área onde ocorre a drenagem da água das chuvas para um determinado curso de água (geralmente um rio...
-
A Liga das Florestas precisa de heróis. A fauna e a flora brasileiras estão em risco, e com elas o futuro do Brasil. Mas vo...
-
A SPECTOS GERAIS E AGRONÔMICOS O umbuzeiro ou imbuzeiro, Spondias tuberosa , L., Dicotyledoneae, Anacardiaceae, é originário dos chap...
-
O Globo.com Armas, num galho de árvore, o alçapão E, em breve, uma avezinha descuidada, Batendo as asas cai na escravidão. Dás-lhe ent...
-
As algas são organismos autótrofos e fotossintetizantes que diferem das plantas por não formarem tecidos nem órgãos ordenados, ou seja, ...
-
Hoje o assunto é a versatilidade do caju, que tanto serve como cosmético, contra micoses e acne, como gel na prevenção da maldita placa ba...
-
Viver em harmonia com a natureza é ter compromisso e responsabilidade tanto com as gerações atuais e com todos os seres vivos, sobre...
0 comentários:
Postar um comentário