Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

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"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

sábado, 30 de outubro de 2010

Ibama alerta para o comércio de animais silvestres.

Ibama alerta para comércio de fauna nativa silvestre - cuidados para o consumidor na hora da compra.
O Ibama, aproveitando o momento de final de ano, alerta a sociedade para que não comprem animais silvestres comercializados irregularmente pelas ruas ou mesmo em lojas sem credenciamento. Vender ou comprar animal silvestre, de qualquer espécie, sem a autorização do órgão é crime ambiental, pois caracteriza tráfico de animais.

Para que o consumidor não seja lesado na hora da compra o Ibama presta alguns esclarecimentos. Criadores e lojas só podem comercializar espécimes da fauna silvestre com autorização do Ibama. Não existe autorização do Instituto para vender animais silvestres nas ruas, em barracas ou beira de estrada. Esses animais foram retirados das matas de maneira criminosa. Comprar os animais sem origem, documento de nota fiscal, também é crime.

As lojas e criadores comerciais autorizados pelo Ibama possuem seu plantel cadastrado, junto ao órgão e todos os seus espécimes são nascidos e criados em cativeiro, nunca retirados da natureza.  Todos os animais comercializados legalmente são identificados por uma anilha ou microchip, no caso de animais silvestres ameaçados de extinção as duas identificações se fazem necessárias.

Qualquer alteração no plantel do criador comercial, como o nascimento ou óbito, por exemplo, de espécimes tem de ser comunicado ao Ibama imediatamente.  A anilha e o microchip  utilizados possuem uma numeração exclusiva para cada animal registrado.

O Ibama alerta para os interessados em possuir um animal silvestre que a nota fiscal da loja precisa ter, além das informações do fisco, o nome completo do comprador, a identificação do nome vulgar e científico do animal e o número do marcador (anilha ou microchip).

O Comprador precisa conferir o número do marcador que está no animal com o que está na nota fiscal. Exija seus direitos. A penalidade para quem compra animais silvestres irregulares é a mesma de quem vende. A pena pode atingir um ano de detenção, além de multa e apreensão do animal.

Antes de comprar um animal numa loja certifique-se com o Ibama se o estabelecimento é legal. No Espírito Santo, o telefone do Ibama é (27) 3089-1195. Consultas também podem ser feitas pelo e-mail fauna.es@ibama.gov.br. A lista com o nome dos  criadores e das lojas autorizadas no Espírito Santo estão no endereço eletrônico do Ibama (www.ibama.gov.br/supes-es).

O Instituto alerta ainda que apenas os criadores cadastrados  como comercias podem vender animais silvestres. Os criadores conservacionistas e amadores também não possuem autorização para venda de espécimes da fauna silvestre.

Denuncie o comércio ilegal de animais silvestres pela Linha Verde do Ibama: 0800 61 8080. Repasse estas informações para seu grupo de amigos ou contatos e ajude no combate ao tráfico de animais.

fonte: Luciana Carvalho
Ascom/Ibama/ES

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O divórcio da humanidade e da natureza

Uma pesquisa recente mostrou que a maioria das pessoas não sabe como a natureza cria condições para elas viverem. Em termos utilitaristas, elas não sabem para que serve a natureza em suas vidas. Antes, pelo menos, ensinava-se que a galinha nos dava ovo e a vaca nos dava leite. A pesquisa só confirmou o que, empiricamente, alguns estudiosos já sabem. E o que mais espanta é que, mesmo pessoas com formação universitária epós-universitária, também revelam a mesma ignorância.


Sem tecnologia de ponta, como o telescópio Hubble e o microscópio eletrônico, as sociedades arcaicas do Paleolítico e do Neolítico, reconheciam a importância da natureza em suas vidas. Da mesma forma, a sabedoria das sociedades urbanas antigas incluía principalmente o conhecimento dos segredos da natureza. A humanidade passou mais de 95% da sua existência considerando a natureza como a mais perfeita tecnologia.

Houve abusos, é claro, mas eles nunca chegaram perto dos abusos cometidos pela civilização ocidental, que impôs seu modo de vida às outras sociedades do planeta. O humanismo, a filosofia mecanicista e o iluminismo elevaram de tal modo a preeminência do ser humano que ele se divorciou da natureza. Ele, o ser humano, comportou-se como um marido arrogante que se considerava muito superior em inteligência e cultura à sua esposa natureza. Assim separados, o marido colocou a ciência e a tecnologia no lugar da ex-esposa. Ele tinha tudo para ver os encantos e os saberes da mulher, mas não viu. Sua nova esposa ciência/tecnologia pode mostrar que a ex-esposa natureza tem segredos. O mais importante de tudo é que ela cria condições para a existência do ex-esposo. Sem e la, não haveria uma atmosfera respirável, água purificada, organismos que garantem a produção de alimentos e a recuperação da saúde, decompositores que fazem a limpeza da casa e tantas outras tarefas essenciais gratuitamente.

O ex-marido estudou e chegou ao grau de pós-doutor. Mesmo com tanto conhecimento, não percebeu que a tecnologia mais complexa foi pacientemente construída pela ex-esposa. A tecnologia humana não consegue se ajustar às mudanças em sua volta, qualidade denominada resiliência e que está na moda. A natureza consegue. Um computador e um acelerador de partículas não conseguem se reproduzir. Os seres vivos conseguem. Um moderno avião de guerra não consegue reparar os danos que sofre. A natureza consegue. Ela é um autômato que se autocriou, enquanto a tecnologia humana depende do seu criador.

Um náufrago que conseguiu se salvar e viver solitário numa ilha gostaria de ter um celular, um telefone, um computador, uma televisão, um rádio para, de alguma forma, se comunicar com o mundo exterior e dele saber informações. No entanto, não consegue viver sem respirar, sem beber água, sem comer e sem dormir. Um náufrago com pós-doutorado não saberia sobreviver numa ilha deserta. Sendo assim, o problema não parece estar na educação, mas numa determinada forma de educação. O saber ensinado nas escolas e nas universidades não nos basta mais porque continua antagonizando sociedade e natureza. Precisamos de outros conhecimentos.

Precisamos mudar nossa maneira de ver o mundo. Precisamos criar tecnologias adequadas a cada realidade ambiental. A ciência e a tecnologia padronizadas não nos permitem compreender a diversidade da natureza. Quando aplicadas a esta diversidade – outro grande segredo da ex-esposa –, ciência e tecnologia revelam seu desejo de dominar e de uniformizar. Não que a natureza sucumba totalmente diante da arrogância humana. Porém, ela se empobrece e não presta mais os mesmos serviços à humanidade.

Ricos e pobres, ignorantes e cultos leem nos jornais o anúncio da separação de humanidade e natureza, mas não se interessam pelo conteúdo anunciado. Tocam em frente. Contudo, felizmente, começam a emergir vozes dissonantes tentando mostrar ao ex-marido os fascinantes mistérios da ex-esposa. Pode ser que ele se apaixone por ela novamente.


Arthur Soffiati 
Fonte: Portal do Meio Ambiente

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A solução da Terra não cai do céu

  Parece até que a Terra acaba de ser descoberta. Os seres humanos fizeram um sem-número de descobertas, de povos indígenas embrenhados nas florestas remotas, de seres novos da natureza, de terras distantes e de continentes inteiros. Mas a Terra nunca foi objeto de descoberta. Foi preciso que saíssemos dela e a víssemos a partir de fora, para então descobri-la como Terra e Casa Comum.

     A partir dos anos de 1960, com as viagens espaciais, os astronautas revelaram imagens nunca antes vistas. Usaram expressões patéticas, como “a Terra parece uma árvore de Natal, dependurada no fundo escuro do universo”, “ela é belíssima, resplandecente, azulbranca”, “ela cabe na palma de minha mão e pode ser encoberta com meu polegar”. Outros tiveram sentimentos de veneração e de gratidão e rezaram. Todos voltaram com renovado amor pela boa e velha Terra, nossa Mãe.

     Esta imagem do globo terrestre visto do espaço exterior suscita em nós sentimento de sacralidade e está criando novo estado de consciência. Na perspectiva dos astronautas, a partir do cosmos, Terra e Humanidade formam uma única entidade. Nós não vivemos apenas sobre a Terra. Somos a própria Terra que sente, pensa, ama, sonha, venera e cuida.

Religião e ciência

     Nos últimos tempos, anunciaram-se graves ameaças que pesam sobre a totalidade de nossa Terra. Os dados publicados pelo organismo da ONU Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas, dão conta de que já entramos na fase do aquecimento global, com mudanças abruptas e irreversíveis. Ele pode variar de 1,4 até 6°C., dependendo das regiões terrestres. As mudanças climáticas possuem origem antrópica, quer dizer, têm no ser humano, que inaugurou o processo industrialista selvagem, seu principal causador.

     Se nada for feito, iremos ao encontro do pior. Milhões de seres humanos poderão deixar de viver sobre o planeta. Por isso o grande biólogo Edward Wilson, no seu recente livro A criação: como salvar a vida na Terra, propôs uma sagrada aliança entre as duas forças que ele considera as maiores do mundo: a ciência e a religião. Juntas, poderão salvar a vida ameaçada. A religião, superando seu fundamentalismo e abrindo-se aos conhecimentos científicos, e a ciência sendo feita com consciência e cultivando o respeito para com a natureza.

     Como destruimos irresponsavelmente, devemos agora regenerar urgentemente. A salvação da Terra não cai do céu. Será fruto da nova corresponsabilidade e do renovado cuidado de toda a família humana.

     Dada essa situação nova, a Terra tornou-se, de fato, o obscuro e grande objeto do cuidado e do amor humano. Ela não é o centro físico do universo como pensavam os antigos, mas tornou-se, nos últimos tempos, o centro afetivo da humanidade. Só temos este planeta para nós. É daqui que contemplamos o universo inteiro. É aqui que trabalhamos, amamos, choramos, esperamos, sonhamos e veneramos. É a partir da Terra que fazemos a grande travessia rumo ao além.

     Lentamente, estamos descobrindo que o valor supremo é assegurar a persistência do planeta Terra e garantir as condições ecológicas e espirituais para que a espécie humana se realize e toda a comunidade de vida se perpetue.

     Cada saber, cada instituição, cada religião e cada pessoa deve colocar-se esta pergunta: que faço eu para preservar a mátria comum e garantir que ela tenha futuro, já que ela há 4,3 bilhões de anos está sendo construída e merece continuar a existir? Porque somos Terra, não haverá para nós céu sem Terra.

Mudanças no nosso modo de olhar

     Dois princípios são fundamentais na superação da atual crise pela qual passa o planeta Terra: a sustentabilidade e o cuidado. A primeira considera o capital natural e vê como podemos usá-lo racionalmente para atender às demandas humanas de agora e do futuro, sem dilapidá-lo, mas permitindo que se reproduza sempre. O cuidado refere-se aos comportamentos e às relações para com as pessoas e para com a natureza, marcadas pelo respeito à alteridade, pela amorosidade, pela cooperação, pela responsabilidade, pela compaixão e pela renúncia a toda espécie de agressividade.

     Articulando esses dois princípios, poderemos devolver equilíbrio e vitalidade à Terra. Oferecemos algumas sugestões práticas no sentido de cada um fazer a sua revolução molecular (conforme o filósofo francês Félix Guattari): aquela que começa pela própria pessoa, base para a grande virada de todo o sistema. Eis algumas:

• Alimente sempre a convicção e a esperança de que outra relação com a Terra é possível, mais em harmonia com seus ciclos e respeitando os seus limites.
• Acredite que a crise ecológica não precisa se transformar numa tragédia, mas numa oportunidade de mudança para um outro tipo de sociedade mais respeitadora e includente.
• Dê centralidade ao coração, à sensibilidade, ao afeto, à compaixão e ao amor, pois são essas dimensões que nos mobilizam para salvar a Mãe Terra e seus ecossistemas.
• Reconheça que a Terra é viva mas finita, semelhante a uma nave espacial, com recursos escassos e limitados.
• Resgate o princípio da re-ligação: todos os seres, especialmente os vivos, são interdependentes e, por isso, têm um destino comum. Devem conviver fraternalmente entre si.

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Nada mais terrível do que uma ignorância ativa"

“O mundo atual não é bom; precisa ser melhorado”.
Todavia, a realidade é outra. O que não é bom é o agir humano atual em relação à ecologia e sua própria espécie, pois inegavelmente o planeta e sua dinâmica natural estão próximos da perfeição. Frente a essa realidade, é necessário procurar respostas para as seguintes questões:
- Por que os humanos têm necessidade psíquica ansiosa de alterar suas realidades e o meio ambiente?
- Por que a humanidade, amplamente informada sobre a destruição que está causando no planeta, não altera imediatamente suas condutas e comportamentos?
Para começar a busca dessas respostas não deve ser esquecido que nenhum outro ser vivo no planeta é insatisfeito com a sua condição e realidade de vida. Nenhum deles deseja um mundo melhor ou pior. O mundo é aquele que se apresenta para a jornada da vida e nada mais.
Em 1993, Nelson Rodrigues escreveu:

"O ser humano é o único que se falsifica. Um tigre há de ser tigre eternamente. Um leão há de preservar, até morrer, o seu nobilíssimo rugido. E assim o sapo nasce sapo e como tal envelhece e fenece. Nunca vi um marreco que virasse outra coisa. Mas o ser humano pode, sim, desumanizar-se. Ele se falsifica e, ao mesmo tempo, falsifica o mundo".

Os demais seres vivos, ao longo de suas existências, também produzem alterações no meio ambiente, mas suas atividades de sobrevivência não causam danos irreversíveis para a estrutura e a dinâmica do planeta, tal como acontece com os humanos. O planeta Terra nunca foi habitado por predadores tão destruidores como os humanos. A capacidade de produzir destruição dos humanos é inigualável. Basta pensar no insano arsenal militar nuclear atualmente existente no planeta.
Os humanos deliberadamente colocam em risco toda a vida no planeta com suas minerações e poluições diversas, sua economia e suas crenças; os outros seres vivos não. Para realizar e atender a metáfora psíquica de mudar o mundo, na busca de uma ilusória completude para suas vidas, os humanos violam e destroem os elementos estruturais da natureza causando danos irreversíveis ao planeta, comprometendo a vida das futuras gerações de seres vivos e humanos.
A bem da verdade, o teatro da realidade social dos humanos high-tec se desenrola, cotidianamente, entre a miséria extrema e a opulência delirante; entre a ignorância e a inteligência; entre o ódio e as paixões para com a vida e os delírios transgressionais (auto) agressivos.
O amor entre humanos e para com determinados animais e plantas existe. Todavia é insuficiente para gerar a tão deseja completude psíquica humana. O estado psíquico de completude, ilusoriamente, seria a condição ideal de vida dos humanos - paz e amor - e um perfeito relacionamento com a natureza e o planeta.
Goethe disse:
"Nada mais terrível do que uma ignorância ativa".
Sem a mínima dúvida, o elemento que necessita ser mudado rapidamente é o agir ignorante coletivo e ativo da sociedade humana sobre o planeta. Essa mudança necessária é possível, especialmente por objetivar corrigir os flagrantes enormes erros ecológicos já cometidos pela humanidade. Continuar alterando o mundo com a visão antropocêntrica do Fórum Mundial Social , psiquicamente idêntica àquela do Fórum de Davos, será dar continuidade ao processo de destruição do planeta.
No mesmo contexto, o fracasso da Conferência de Copenhague (COP 15) demonstra que a humanidade dificilmente será capaz de mudar seus comportamentos destrutivos para com o planeta se não houver uma profunda mudança na psique humana. A consciência ecológica coletiva até hoje construída pelos processos de educação ambiental formal e informal não é suficiente para resolver os desafios ambientais do século XXI.
Para tentar alterar esse padrão atual de conduta autodestrutiva da humanidade em relação à natureza é preciso entender quais sãos as reais causas do agir humano, ou seja, quais são os processos psíquicos que impelem os humanos para uma conduta desarmônica com o planeta.

Fonte: Portal do Meio Ambiente 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Educação Ambiental para uma civilização em crise

“A existência da espécie humana encontra-se imersa numa crise jamais antes vivenciada em toda história. Esta está recheada de crises em todos os sentidos: econômicos, religiosos, políticos, sociais, mas é a primeira vez que o futuro do ser humano como espécie encontra-se ameaçado. O alerta vermelho foi dado ao constatar-se que o meio ambiente, num todo, agoniza fortemente e que elementos essenciais como a água, o ar e o alimento saudável encontram-se impiedosamente ameaçados pelas nossas ações. E que cada animal extinto ou floresta derrubada influencia no equilíbrio ecológico, desestabilizando a harmonia da criação.”
Baseado nessa leitura chega-se à conclusão que o ser humano pensa que é dono da natureza. Percebe-se isto em termos como “floresta virgem”, em viver à custa de sua “escravidão”, tirando da natureza tudo que lhe prover, na hora que achar conveniente e esperando que ela retribua com o dobro quando bem queira.
Em troca o ser humano tem um ambiente artificial, máquinas que fazem de tudo. Quando menos percebe-se, psicologicamente estamos mais “atrasados”que os animais, porque eles se protegem, se respeitam e cuidam do seu habitat. Não podem falar, mas expressam sua tristeza e ainda por cima nos servimos deles para nos alimentar sem cuidados nenhum da sua preservação.
Fazer esse curso (Educação Ambiental e Ética) abre horizontes para que possamos cuidar melhor do pouco que temos, porque a nossa situação no planeta terra só não está pior porque as pessoas já começaram a se conscientizar da importância de cuidar do nosso planeta, da preservação das matas, água, terra, o cuidado com o plantio, manutenção de alimentos e também das pessoas.
Com esse curso aceitei uma proposta, que é a manutenção da minhocasa. Vou desenvolver este projeto de cuidados, manutenção e preservação, orientação junto aos jovens evangelizandos da Soc. Bezerra de Menezes, onde toda semana um pequeno grupo irá cuidar, limpar e manter a minhocasa. Com isso fornecendo ensinamento aos mais jovens para já desde cedo desenvolverem essa consciência de preservação.
A minhocasa é um sistema vivo balanceado, auto-regulável e sem mau cheiro projetado para ajudar as pessoas a reduzirem, reutilizarem e reciclarem o lixo orgânico como restos de comida, podas de jardim e papéis, preservando o meio ambiente.
Colocando as minhocas para trabalhar neste sistema inovador, estaremos convertendo suas sobras de alimentos e resíduos orgânicos em um rico nutriente, fertilizante natural que suas plantas de vaso, jardim ou horta vão adorar.
E o mais importante de tudo isso é que estaremos contribuindo para a redução do volume de lixo que é compactado no lixão de sua cidade, além de obter os subprodutos naturais:húmus, composto e biofertilizante.


Autora: Carla Rossana Sanson Cauduro



sábado, 23 de outubro de 2010

Conhecer o mundo e diminuir o impacto

    É mais fácil convencer alguém da tragédia que é extinguir o urso panda, o urso polar ou uma baleia do que um tipo de verme desconhecido, a que ninguém deu nome científico e que vive mexendo na estrutura de uma raiz de planta. É possível que esse verme seja mais importante para um ecossistema do que um urso polar. Mas mesmo animais altamente carismáticos estão sumindo. Quer dizer, apesar da sensibilidade que geram, o urso polar está ameaçado devido ao aquecimento global; o tigre está desaparecendo porque os humanos estão ocupando os espaços onde ele vivia; e a onça-pintada aqui nas Américas já perdeu 50% de sua área original de distribuição. E já extinguimos muitas espécies de anfíbios, importantes para o funcionamento dos ambientes e úteis aos humanos, na indústria farmacêutica, por exemplo.

     Na internet, há diversas qualidades de informação. As aulas de Ciência em todos os níveis são muito importantes para desenvolver habilidades de busca e avaliação de informação, além de refletir sobre o mundo: por que eu tenho que me preocupar com a extinção das espécies, de onde vieram, como surgem, por que são importantes, como funciona o ecossistema, de onde vem a comida que estou comprando no super, como ela é produzida, de que país ela vem, qual é o custo financeiro e ambiental de fazer isso, se existem alternativas... As pessoas têm que saber como funciona o mundo e como fazer sua parte para diminuir o nosso impacto nele.
   
Acesse o conteúdo integral do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada: Clique aqui.:

Não solte balões, além de perigoso é crime!

Balões

"Você sabia que de acordo com a  Lei de Crimes Ambientais, Lei Nº 9.065, de fevereiro de 1998, não somente soltar balões  é "crime", como também fabricar, vender ou transportar. A pena prevista é de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Não solte balão. Ele pode causar muitos estragos, por isso é proibido.
O balão pode cair aceso em florestas, residências e indústrias, produzindo grandes prejuízos patrimoniais, ameaça ao nosso meio ambiente e até mesmo colocando a integridade física e a vida das pessoas em risco.
A brincadeira de alguns pode ser a tristeza de muitos. Entre os inúmeros contratempos que representam, os balões podem ainda oferecer sérios riscos à aviação, principalmente, às pequenas aeronaves."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Florestas Artificiais/Plantadas auxiliam na Conservação de Remanescentes Nativos

Além do papel estratégico da madeira plantada como matéria-prima para o suprimento de segmentos industriais, deve-se ressaltar a importância das florestas artificiais na conservação de remanescentes florestais nativos do país, com destaque para a Mata Atlântica, para os cerrados e para a própria floresta tropical da Amazônia. Nesse contexto, embora as plantações de eucaliptus, pinus ou outras espécies exóticas ainda sejam chamadas de "desertos verdes", pela suposta ausência de biodiversidade, esta questão parece estar já superada pelos plantios entremeados com matas nativas. O conflito de setores industriais-florestais, em particular o de papel e celulose, com o Decreto 750/93 (de proteção da Mata Atlântica) está no controle fundiário de largas áreas de terras existentes neste bioma. Parte delas - cerca de 1,5 milhão de ha - está em áreas naturais, o que envolve importante compromisso privado de proteção ambiental; outra parte está plantada ou reservada para futuras expansões, geralmente em sítios com diferentes estágios de regeneração natural.

            Expressivos avanços silviculturais e biotecnológicos, associados às florestas de espécies exóticas de rápido crescimento, foram conseguidos graças ao esforço de pesquisa florestal empreendido pelos segmentos produtivos privados verticalizados à base de matéria-prima plantada. As contribuições do IBAMA e da EMBRAPA, desde o fim dos incentivos fiscais ao reflorestamento, têm sido singelas. Impõe-se um revigoramento dos programas já existentes, com ênfase na difusão dos conhecimentos técnicos obtidos entre os pequenos e médios produtores florestais independentes.

            Apesar dos claros benefícios advindos das florestas plantadas, persiste no senso comum uma certa aversão aos plantios de eucaliptos, vistos como algo negativo. Os segmentos industriais de base florestal plantada prosperaram no regime autoritário, sem cuidar de sua inserção e de sua imagem nas realidades locais e estaduais. O segmento de papel e celulose, em particular, ciente deste fato, propõe-se a realizar ampla campanha de divulgação da importância da silvicultura brasileira e do papel social, ecológico e econômico do setor.

            Tanto no caso das florestas nativas, quanto no caso das florestas plantadas, os estudos aqui mencionados revelaram que políticas e instrumentos "não-florestais" tiveram tanta ou maior influência que políticas florestais propriamente ditas, no condicionamento da exploração e da conservação desses recursos no país.

            Há hoje entre ambientalistas, profissionais florestais e empresários do setor uma certa unanimidade acerca das alterações necessárias para promover o desenvolvimento sustentável das florestas brasileiras. Grande parte das alterações diz respeito à necessidade de integração e complementaridade que a matéria exige. Os aperfeiçoamentos requeridos se situam mais nos campos de domínio anexo do que propriamente no campo exclusivamente ambiental e florestal. Eles devem ocorrer nas áreas de tributação, das regulações econômicas, da política industrial, dos incentivos e das renúncias fiscais, dos mecanismos de capitalização, crédito e financiamentos; enfim, dependem da readequação e da consistência desses instrumentos para com os objetivos e diretrizes de políticas florestais, condição para se ajustar as forças de mercado e se criar perspectivas de avanço efetivo na gestão, no controle e na promoção do desenvolvimento florestal sustentável.


Fonte:Diretriz de Florestas




quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aquecimento Global: o que você faz para reduzí-lo?


Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra ocorrido desde meados do século XX e que deverá continuar no século XXI. Segundo o Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (2007), a temperatura na superfície terrestre aumentou 0,74 ± 0,18 °C durante o século XX.

A maior parte do aumento de temperatura observado desde meados do século XX foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, como resultado de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação. O escurecimento global, uma consequência do aumento das concentrações de aerossois atmosféricos que bloqueiam parte da radiação solar antes que esta atinja a superfície da Terra, mascarou parcialmente os efeitos do aquecimento induzido pelos gases de efeito de estufa. Wikipédia


Faça sua parte para evitar o Aquecimento Global:
    No trabalho:
  • Verifique se as luzes estão desligadas ao sair;
  • Mantenha os aparelhos de ar condicionado a 25º C;
  • Verifique se os aparelhos de ar condicionado estão na sombra.

  • Eles consomem 5% menos se não estiverem no sol
*Evitar queimadas:
Não queime o lixo - isto lança CO2 e hidrocarbonetos para a atmosfera.
*Recicle o lixo:
O lixo que não é reciclado acaba em um aterro, gerando metano; além disso, produtos reciclados requerem menos energia para ser produzidos do que produtos feitos do zero;
Você pode reduzir 600 kilos na emissão de dióxido de carbono por ano se reciclar o lixo produzido em sua casa.
*Use lâmpadas fluoerescentes:
Troque incandescentes por fluorescentes, evitará a emissão de 80 kilos de dióxido de carbono por ano.
*Procure sempre comprar aparelhos eficientes em consumo de eletricidade, procure sempre o sêlo (obrigatório) de informações do produto.
*Desligue as luzes dos ambientes não utilizados
*Retire das tomadas os aparelhos em stand-by
*Simplesmente desligar sua televisao, DVD player, som e computador quando não estão sendo utilizados, reduzirá a emissão de toneladas de dióxido de carbono por ano.
*Instale painéis solares para aquecer a água
*Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando
*Economize gás
*Prefira o transporte público. Além de ser menos poluente, você evitará o stress e acidentes.
Também deixará de emitir 1 kilo de dióxido de carbono por cada 3,5 km que voce deixar de dirigir.
*Manter seus pneus calibrados corretamente pode diminuir em mais de 3% o consumo de gasolina/álcool.
Cada litro de combustível economizado reduz 2,5 kilos de emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
*Regule sempre o motor do seu carro, pois funcionando corretamente consome menos combustível e emite menos gases causadores do efeito estufa
*Ao comprar, dê preferência aos veículos flex e que sejam mais econômicos
*Se puder, abasteça com álcool e não com gasolina
*Deixe o carro em casa sempre que puder e use transporte público, vá a pé ou de bicicleta, se ir de carro dê carôna aos colegas ou faça revezamento.
*Os carros queimam combustível fóssil, mas os carros com combustível mais eficiente emitem menos CO2, especialmente os carros híbridos.
*Dirigir o carro gera mais gases estufa do que praticamente qualquer outra coisa que você faz;
*Busque ser cada vez menos dependente direta ou indiretamente de petróleo.
*Evita voar de avião (em 1.600 km um avião joga no ar 150 kg de CO2 enquanto um trem, 3 kg., de acordo com a revista Super Interessante).
*Economiza água
Calcula-se que 1 bilhão e 100 milhões de pessoas enfrentarão falta de água e 700 milhões passarão fome. Cerca de 10% das espécies que existem hoje na Terra vão simplesmente desaparecer.
Use menos água quente - Aquecer a água demanda muita energia. Instale um chuveiro de baixa pressão e você deixará de emitir 180 kilos de dióxido de carbono por ano.
*Evite produtos com muitas embalagens
Você pode deixar de emitir 600 kilos de dióxido de carbono se diminuir em 10% a quantidade de lixo que produz,
*Plante uma árvores:
Uma única árvore absorverá 1 tonelada de dióxido de carbono durante sua vida.
Elas absorvem o CO2 do ar e liberam oxigênio, reduzindo o efeito estufa.
*Ao comprar madeira, procure sempre o selo FSC - é a garantia de que a madeira foi retirada corretamente
*Coma menos carne:
A produção de 1 caloria de proteína animal queima dez vezes mais combustíveis fosseis e emite dez vezes mais gás carbônico que a produção de 1 caloria de proteína vegetal.
O Brasil ocupa o quarto lugar com maior responsabilidade pelo efeito estufa por conta das queimadas para pastagens.
Pare de comer carne, pois só se pode criar pastagens desmatando grandes áreas verdes, e o processo digestivo do gado emite gases (flatulência) que contribuem para o efeito estufa.
Ao comprar Carne, pergunte sobre a origem do produto-Cerca de 70% das áreas desmatadas são para abertura de novas pastagens
O gado é responsável por quase 1/5 do aquecimento global por emitir gases, especialmente metano, que é pior que CO2 e o desmatamento para o seu pasto
*Conscientizar outras pessoas da urgência do Aquecimento Global
*Participar/contribuir para alguma ONG
*Pare de fumar

Para tentarmos reduzir o impacto da poluição atmosférica no meio ambiente, evitando um maior aquecimento global, devemos criar uma rigorosa legislação antipoluição, que obrigue as fábricas a instalarem filtros nas suas chaminés, a tratar os seus resíduos e a usar processos menos poluentes.
Também seria necessário penalizações para as indústrias que não estiverem de acordo com as Leis;
* Controle rigoroso dos combustíveis e sobre seu grau de pureza;
* Criação de dispositivos de controle de poluição;
* Vistoria nos veículos automotores para retirar de circulação os desregulados. Nos modelos mais antigos a exigência de instalação de filtros especiais nos escapamentos;
* Aplicação de rodízio de carros diariamente;
* Incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa pelo menos dois dias, organizando assim, um sistema de caronas e a utilizarem mais os transportes coletivos;
* Melhoria e segurança no sistema de transporte coletivo;
* Recolhimento de condicionadores de ar, geladeiras e outros produtos que usam CFC;
* Incentivo às pesquisas para a elaboração de substitutos do CFC;
* Investimentos nas fontes alternativas de energia e na elaboração de novos tipos de combustíveis como o álcool vegetal (carros), extraído da cana-de-açúcar, do eucalipto, do óleo vegetal e do milho (substituir o óleo diesel e o combustível para a aviação), extraído da mamona, do babaçu, da soja, do algodão, do dendê e do amendoim;
* Melhor planejamento das cidades, buscando a harmonia entre a natureza e a urbanização;
* Maior controle e fiscalização sobre desmatamentos e incêndios nas matas e florestas;
* Proteção e conservação dos parques ecológicos;
* Incentivo à população para plantar árvores;
* Campanhas de conscientização da população para os riscos da poluição;
* Cooperação com as entidades de proteção ambiental.  

                                       Fonte:www.extremaonline.com

Cuidados que devemos ter com o solo


Muitos produtos tóxicos e poluentes são despejados por nós no meio ambiente, às vezes sem termos consciência. Não conhecemos a gravidade dos nossos atos! Como pensamos que a natureza é capaz de limpar tudo, não nos preocupamos com as conseqüências da poluição que podemos causar. Nossas atitudes cotidianas, justo aquelas coisas que a gente faz sem pensar, são as que estão causando grandes danos, cada vez maiores e irreversíveis.
Existe muita coisa errada por aí.... E cabe a cada um de nós fazer a coisa certa!!! A poluição dos solos é causada pelo lançamento de resíduos contendo produtos químicos e orgânicos, tais como: borras, graxas, óleos, sabões, estopas, lixos, etc. Estas substâncias são capazes de provocar alterações significativas na estrutura natural do solo, trazendo sérios problemas para o meio ambiente. Esta estrutura do solo é que possibilita o desenvolvimento das mais diversas espécies de plantas que conhecemos. É do solo que retiramos a maior parte de nossa alimentação, e se ele estiver contaminado, certamente nossa saúde estará em risco.
Tanto resíduos sólidos quanto materiais líquidos, se depositados no solo sem nenhum tipo de controle, se infiltram por seus poros, causando também a contaminação dos lençóis d’água subterrâneos (freáticos), e poluindo água que serviria para abastecer as casas das pessoas. Estes materiais também podem ser levados pelas águas das chuvas até rios e lagos e provocar a poluição deles. O resultado é que a cada dia vemos que nossos corpos de água superficiais estão em pior situação.
Já se torna difícil achar um bom lugar pra pescar ou para um bom mergulho. E você sabe o que mais? Os órgãos ambientais estão de olho! É crime ambiental poluir solos, águas e ar. Uma área poluída é um passivo ambiental, e tem que ser recuperada, não importa o quanto custe. Sendo assim, fique esperto! Muito cuidado com seu lixo, produtos químicos, resíduos de lavagens, efluentes e tudo o mais!
 
Autora: Wanessa R. de Tolentino Santiago


Fonte: CENED CURSOS

Imagem: Paisagismo Brasil 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Desrespeito ao meio ambiente é principal causa da extinção de Animais!


Quantas notícias vemos atualmente sobre desmatamento das f lorestas e queimadas em diversas regiões? Pense em quantos animais morrem ou  ficam “desabrigados” por essas ações inconsequentes do ser humano. Fica  fácil perceber que o principal motivo da extinçãodos animais é a destruição de  florestas, seja pelo desmatamento ou por queimadas. Só na Amazônia atualmente, a  área  total afetada pelo desmatamento da  floresta corresponde a  mais de 350 mil Km2, a  um  ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano.
A poluição também contribui para a extinção de animais, pois pre-
judicam diretamente o ciclo de vida de muitas espécies.
Outro fator que contribui é a caça em busca de aproveitamento   de partes desses animais, como por exemplo, para obtenção de carne,  gordura, peles, plumas, troféus e lembranças. A coleta  de ovos para venda também é bastante comum, pois gera lucro para os caçadores.
O tráfico de animais também é um  fator de muita  preocupação: deacordo com  Polícia  Federal, a cada ano 12 milhões de animais, a maio- ria integrante da lista de espécies em extinção, são apanhados na fauna  brasileira e 30% deles são enviados ao exterior. Eles são trans- portados em condições precárias, ficam doentes e chegam  a  morrer  fora de seu habitat natural.

Você também pode ajudar...
Cada um de nós pode ajudar a combater a extinção de animais mesmo estando longe deles. Uma  forma é denunciar qualquer tipo de agressão ao meio ambiente.
Com relação ao tráfico de animais, fica mais
fácil de contribuir:
Não compre nenhum tipo de artesanato que
tenha partes retiradas de animais, como pe-
nas, couro, etc.;
•Não use roupas feitas de pele de animais;
Observe que canários, maritacas e outras
aves fazem parte das espécies de animais que sofrem com o tráfico, portanto, oriente amigos e parentes que tenham o hábito de manter esses animais presos em gaiolas;
Denunc ie sempre que perceber ações de maus
tratos e manutenção de animais em cativeiro


 Saiba Como Denunciar  

Fonte: Revista do Meio Ambiente 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Meio ambiente legal. "As leis mais importantes"

A legislação ambiental brasileira é uma das mais completas do mundo. Apesar de não serem cumpridas da maneira adequada, as 17 leis ambientais mais importantes podem garantir a preservação do grande patrimônio ambiental do país. São as seguintes:

1 - Lei da Ação Civil Pública - número 7.347 de 24/07/1985 (Veja a lei na íntegra.)

Lei de interesses difusos, trata da ação civil publica de responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico.

2 - Lei dos Agrotóxicos - número 7.802 de 10/07/1989 (Veja a lei na íntegra.)

A lei regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização e também o destino da embalagem.

Exigências impostas :

- obrigatoriedade do receituário agronômico para venda de agrotóxicos ao consumidor.
- registro de produtos nos Ministérios da Agricultura e da Saúde.
- registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA
- o descumprimento desta lei pode acarretar multas e reclusão.

3 - Lei da Área de Proteção Ambiental - número 6.902 de 27/04/1981 (Veja a lei na íntegra.)

Lei que criou as "Estações Ecológicas ", áreas representativas de ecossistemas brasileiros, sendo que 90 % delas devem permanecer intocadas e 10 % podem sofrer alterações para fins científicos. Foram criadas também as "Áreas de Proteção Ambiental " ou APAS, áreas que podem conter propriedades privadas e onde o poder público limita as atividades econômicas para fins de proteção ambiental.

4 - Lei das Atividades Nucleares - número 6.453 de 17/10/1977 (Veja a lei na íntegra.)

Dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com as atividades nucleares. Determina que se houver um acidente nuclear, a instituição autorizada a operar a instalação tem a responsabilidade civil pelo dano, independente da existência de culpa. Em caso de acidente nuclear não relacionado a qualquer operador, os danos serão assumidos pela União.Esta lei classifica como crime produzir, processar, fornecer, usar, importar ou exportar material sem autorização legal, extrair e comercializar ilegalmente minério nuclear, transmitir informações sigilosas neste setor, ou deixar de seguir normas de segurança relativas à instalação nuclear.

5 - Lei de Crimes Ambientais - número 9.605 de 12/02/1998 (Veja a lei na íntegra.)

Reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições. A pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração ambiental, pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. A punição pode ser extinta caso se comprove a recuperação do dano ambiental. As multas variam de R$ 50,00 a R$ 50 milhões de reais.

6 – Lei da Engenharia Genética – número 8.974 de 05/01/1995 (Veja a lei na íntegra.)

Esta lei estabelece normas para aplicação da engenharia genética, desde o cultivo, manipulação e transporte de organismos modificados (OGM) , até sua comercialização, consumo e liberação no meio ambiente. A autorização e fiscalização do funcionamento das atividades na área e da entrada de qualquer produto geneticamente modificado no país, é de responsabilidade dos Ministérios do Meio Ambiente , da Saúde e da Agricultura. Toda entidade que usar técnicas de engenharia genética é obrigada a criar sua Comissão Interna de Biossegurança, que deverá, entre outros, informar trabalhadores e a comunidade sobre questões relacionadas à saúde e segurança nesta atividade.

7 – Lei da Exploração Mineral – numero 7.805 de 18/07/1989 (Veja a lei na íntegra.)

Esta lei regulamenta as atividades garimpeiras. Para estas atividades é obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida pelo orgão ambiental competente. Os trabalhos de pesquisa ou lavra, que causarem danos ao meio ambiente são passíveis de suspensão, sendo o titular da autorização de exploração dos minérios responsável pelos danos ambientais. A atividade garimpeira executada sem permissão ou licenciamento é crime.

8 – Lei da Fauna Silvestre – número 5.197 de 03/01/1967 (Veja a lei na íntegra.)

A lei classifica como crime o uso, perseguição, apanha de animais silvestres, caça profissional, comércio de espécies da fauna silvestre e produtos derivados de sua caça, além de proibir a introdução de espécie exótica (importada ) e a caça amadorística sem autorização do Ibama. Criminaliza também a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis em bruto.

9 – Lei das Florestas – número 4.771 de 15/09/1965 (Veja a lei na íntegra.)

Determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória) uma faixa de 30 a 500 metros nas margens dos rios, de lagos e de reservatórios, além de topos de morro, encostas com declividade superior a 45 graus e locais acima de 1.800 metros de altitude. Também exige que propriedades rurais da região Sudeste do país preservem 20 % da cobertura arbórea, devendo tal reserva ser averbada em cartório de registro de imóveis.

10 – Lei do Gerenciamento Costeiro – número 7.661 de 16/05/1988 (Veja a lei na íntegra.)

Define as diretrizes para criar o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, ou seja, define o que é zona costeira como espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, incluindo os recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre. Permite aos estados e municípios costeiros instituírem seus próprios planos de gerenciamento costeiro, desde que prevaleçam as normas mais restritivas. Este gerenciamento costeiro deve obedecer as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente ( CONAMA ).

11 – Lei da criação do IBAMA – número 7.735 de 22/02/1989 (Veja a lei na íntegra.)

Criou o Ibama, incorporando a Secretaria Especial do Meio Ambiente e as agências federais na área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. Ao Ibama compete executar a política nacional do meio ambiente, atuando para conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais.

12 – Lei do Parcelamento do Solo Urbano – número 6.766 de 19/12/1979 (Veja a lei na íntegra.)

Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços

13 – Lei Patrimônio Cultural - decreto-lei número 25 de 30/11/1937 (Veja a lei na íntegra.)

Lei que organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, incluindo como patrimônio nacional os bens de valor etnográfico, arqueológico, os monumentos naturais, além dos sítios e paisagens de valor notável pela natureza ou a partir de uma intervenção humana. A partir do tombamento de um destes bens, ficam proibidas sua demolição, destruição ou mutilação sem prévia autorização do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, SPHAN.

14 – Lei da Política Agrícola - número 8.171 de 17/01/1991 (Veja a lei na íntegra.)

Coloca a proteção do meio ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. Define que o poder público deve disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora; realizar zoneamentos agroecológicos para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas, desenvolver programas de educação ambiental, fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre outros.

15 – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – número 6.938 de 17/01/1981 (Veja a lei na íntegra.)

É a lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. O Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados.Esta lei criou a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto Ambiental (EIA-RIMA).

16 – Lei de Recursos Hídricos – número 9.433 de 08/01/1997 (Veja a lei na íntegra.)

Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos (consumo humano, produção de energia, transporte, lançamento de esgotos). A lei prevê também a criação do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.

17 – Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição – número 6.803 de 02/07/1980 (Veja a lei na íntegra.)

Atribui aos estados e municípios o poder de estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação e licenciamento das industrias, exigindo o Estudo de Impacto Ambiental.

Fonte: Texto de autoria do Sr. Dr. Paulo Affonso Leme Machado, publicado em revista da EMBRAPA – CNPMA, professor na Universidade Estadual Paulista – Unesp campus de Rio Claro, SP (www.igce.unesp.br/ib) e autor do livro "Direito Ambiental Brasileiro".


Fonte do Artigo: Portal do Meio Ambiente

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Conheça a legislação e as instituições que cuidam da regulamentação e proteção dos animais

Abusos e maus-tratos contra animais configuram crime ambiental e devem ser comunicados à polícia, que registrará a ocorrência, instaurando inquérito.

A autoridade policial é obrigada a proceder a investigação de fatos que, em tese, configuram crime ambiental. A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) e pode ser feita em uma delegacia de polícia ou junto ao Ministério Público.
Os animais silvestres, além de serem normalmente protegidos pela lei descrita acima, ainda podem ser denunciados à Polícia Florestal (onde houver) e ao IBAMA, através da "Linha Verde": 0800-618080 (ligação gratuita).
Conheça as diferenças entre animais silvestres ou selvagens e animais domésticos:

O que são animais silvestres ou selvagens?

São considerados animais silvestres (ou selvagens) todos os animais que vivem ou nascem em um ecossistema natural - como florestas, rios e oceanos. Existem animais silvestres nativos � brasileiros - e exóticos - de outros países. Lobo-guará, onça-pintada, mico-leão-dourado, piranha, boto, curió, papagaio e capivara são exemplos de animais silvestres nativos. São animais silvestres exóticos leão, tigre, elefante, pavão, canguru e outros animais que não fazem parte da fauna brasileira.

O que são animais domésticos?

Animais domésticos são aqueles que não vivem mais em ambientes naturais e tiveram seu comportamento alterado pelo convívio com o homem. Os cavalos, por exemplo, são animais domésticos e dependem dos homens para alimentação e abrigo. Os homens, por sua vez, começaram a criar cavalos pois precisavam deles para transporte. Por isso, dizemos que há uma relação de dependência mútua entre animais domésticos e seres humanos.

Ter um animal silvestre brasileiro em casa é crime?

Sim. Não é permitido manter em cativeiro animais silvestres brasileiros, como macacos, papagaios, araras e curiós. Isto só é permitido a zoológicos, entidades com fins científicos e outras exceções, desde que possuam autorização do Ibama ou da autoridade competente.
Permitir que qualquer pessoa tenha um animal silvestre em casa estimula a atividade de traficantes de animais - pessoas que retiram os bichos selvagens de seus ambientes naturais para vendê-los. Separar um animal silvestre de seu ambiente prejudica não só o bicho que é afastado de sua família como vários outros animais que dependem dele para sua sobrevivência. Ter animais silvestres em casa prejudica o equilíbrio dos ecossistemas naturais.
De acordo com a "Lei de Crimes Ambientais", quem tem um animal silvestre brasileiro em casa está sujeito a prisão de seis meses a um ano, além de multa.

O que fazer se você encontrar um animal silvestre perdido?

Caso ele esteja machucado, ligue para o zoológico mais próximo ou para alguma entidade de defesa e proteção animal. Caso não existam essas instituições por perto, entre em contato com a prefeitura do município e peça ajuda à Secretaria de Meio Ambiente ou ao departamento responsável pela Vigilância Sanitária. O trabalho de ajuda e socorro ao animal, seja ele de qualquer espécie, deve sempre ser feito por veterinários ou funcionários de entidades de proteção animal, pois uma pessoa despreparada pode machucar ainda mais o bichinho.

O que fazer se encontrar alguém vendendo um animal silvestre?

Se você encontrar alguém vendendo ou mantendo um animal silvestre preso em casa sem autorização do Ibama, deve denunciar a este órgão pela "Linha Verde" de atendimento 24 horas, 0800-618080; ou à Rede Nacional de Controle de Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), por e-mail, renctas@renctas.org.br.

Fonte: Uol Bichos

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tratamento de esgotos

Esgoto é a palavra usada para caracterizar os despejos originados para os mais variados usos de água, como o domiciliar, o industrial, o comercial, o agrícola entre outros.
Causa repulsa o esgoto? Deveria causar mais medo do que repulsa, pois mata e mata muito, os Romanos já sabiam disso, pois lançavam seus esgotos a longas distancias das propriedades, principalmente nas residências dos mais abastados.
Os despejos líquidos formados pelos esgotos domésticos e industriais alimentícias são chamados de Esgotos Sanitários. Por quê?
Os esgotos domésticos, que são a maior parte dos esgotos sanitários, originados dos aparelhos sanitários, cozinhas, lavanderias, variam em função das condições econômicas da população. Resultantes do uso da água pelo homem em função dos seus hábitos higiênicos e necessidades fisiológicas, os esgotos domésticos compõem-se, basicamente, das águas de banho, urina, fezes, sabões e restos de comida.
Os esgotos industriais é aquele resultante pelas atividades das indústrias. Cada tipo de indústria, produz um tipo de esgoto que só pode ser despejado na rede pública, ou em lençóis de água, ou no solo, quando devidamente tratado e seguindo às normas ambientais que tratam do assunto, com pequenas variações de um estado para outro.
É muito importante conhecermos os esgotos sanitários. É enorme o número de substâncias que fazem parte dos esgotos. Os técnicos utilizam determinações físicas, químicas e biológicas, para conhecerem o grau de poluição e consequentemente dimensionarem quais os equipamentos mais corretos para tratamento desses esgotos.
As bactérias, vírus, uma gama imensa de vermes e protozoários estão presentes nos esgotos sanitários, e em constante mutação, aonde se faz necessário o tratamento adequado desses esgotos.
Os esgotos devem ser tratados e depositados adequadamente, pois epidemias de febre tifóide, cólera, disenterias, hepatite infecciosa e muitos casos de verminoses, entre outras, são responsáveis por altos índices de mortalidade em nosso país, atingindo principalmente as crianças, quando esses dejetos não são tratados corretamente e lançados nos rios e solos sem a devida correção.
A preservação do meio ambiente é outra importantíssima razão para tratamento adequado dos esgotos sanitários, ela por si só seria motivo para tratamento adequado dos esgotos sanitários. Em nosso país ainda se usa o sistema de sumidouro ou de fossa de concreto, que como a experiência vem mostrando são corroídos pelos gases que se formam nesses locais, vazando e contaminando solo e lençóis freáticos. A matéria orgânica despejada em excesso e sem tratamento pode provocar a exaustão do oxigênio dissolvido, provocando a morte dos seres vivos aquáticos, causando odores desagradáveis e escurecendo a água.
Existem variadas maneiras de tratamentos de esgotos sanitários. Você deve consultar uma empresa especializada para saber qual a maneira mais econômica e eficiente para tratar seus esgotos e até ganhar dinheiro com isso.
Lembre-se: Esgoto é Vida. Você está tratando seus esgotos corretamente? Ou não está nem aí para esse problema de tamanha gravidade?


(Esse tema, e tantos outros, relacionados com o meio ambiente, ou o que resta dele, fazem parte da pergunta: O Mundo pertence aos Humanos OU Os Humanos pertencem ao Mundo?
Saiba a resposta correta, lendo o livro de Daniel Quinn, Ismael Um Romance da Condição Humana. Você pode ganhar o livro, escrevendo para wpereira1951@uol.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , que mandarei gratuitamente para seu e-mail. Esteja pronto para se surpreender!).


Autor: Walter Antonio Pereira




 

sábado, 9 de outubro de 2010

A importância ecológica e econômica das algas

File:Algas de Galiza 2.jpg
As algas são organismos autótrofos e fotossintetizantes que diferem das plantas por não formarem tecidos nem órgãos ordenados, ou seja, não apresentam uma estrutura dividida em raiz, caule e folhas. Podem ser unicelulares ou pluricelulares.

O corpo de uma alga multicelular é chamado de talo. As algas habitam ambientes terrestres úmidos ou meios aquáticos, de água doce ou salgada. Embora muitas vezes microscópicas, elas possuem grande importância ecológica e econômica, pois estão presentes, como veremos adiante, em vários produtos utilizados pelo homem.

Algas são fonte de oxigênio

Ao conjunto de organismos fotossintetizantes que ocorrem no meio aquático, vivendo à deriva na coluna d'água, é dado o nome de fitoplâncton. O fitoplâncton serve de alimento para o zooplâncton, ou seja, para os microrganismos heterótrofos presentes no plâncton, que, por sua vez, são a base da alimentação de animais maiores.

Além de estar na base dessa cadeia alimentar, o fitoplâncton é responsável por uma grande produção de oxigênio. Estima-se que cerca de 90% do oxigênio presente na atmosfera terrestre seja gerado pela fotossíntese das algas planctônicas. Assim, essas pequenas algas possuem papel fundamental na manutenção da vida no planeta.

Algas na culinária

Em muitos países, principalmente no Oriente, as algas fazem parte da alimentação diária. Elas são fonte de proteínas, vitaminas e sais minerais. Entre os grupos mais consumidos estão as algas vermelhas (Rhodophyta) e as pardas (Phaeophyta), que podem ser cultivadas em viveiros ou simplesmente coletadas no ambiente marinho.

Algumas das algas comestíveis mais conhecidas são o nori, utilizado pelos japoneses no preparo do sushi, e o kombu e o wakame, duas algas que fazem parte de pratos chineses e japoneses, como sopas, molhos e carnes.

As algas também podem ser encontradas entre os ingredientes de rações para animais. Muitos alimentos utilizados na pecuária possuem como base uma farinha feita de algas desidratadas e moídas.

Algas e colóides

O ágar, os alginatos e os carragenanos são colóides que podem ser extraídos de algas marinhas. Um colóide é uma mistura de substâncias com moléculas muito pequenas, que pode formar soluções viscosas, como géis de diferentes texturas.

O ágar é utilizado em laboratórios para preparar meios de cultura para bactérias e outros organismos. Também é muito empregado nas áreas de biologia molecular e biotecnologia, na fabricação de géis utilizados nos processos de extração e amplificação de material genético.

Os alginatos estão presentes na composição de diversos alimentos e bebidas industrializadas, como sorvetes e cervejas. Eles atuam como substâncias gelificantes, estabilizantes e emulsificantes.

Os carragenanos são empregados principalmente na fabricação de alimentos com consistência gelatinosa ou cremosa, como gelatinas e patês. Também são utilizados na produção de tintas e cosméticos, como cremes e pasta de dente.

Fertilizantes e adubos

As algas podem ser utilizadas como uma forma de adubação natural e eficaz. Seus talos são ricos em minerais essenciais ao desenvolvimento das plantas, como o nitrogênio e o potássio.

Os fertilizantes para uso agrícola são fabricados a partir de talos desidratados e comercializados na forma de pequenos grãos ou em pó. Também existem extratos líquidos de algas, que, por serem concentrados, podem ser diluídos e aplicados em jardins ou vasos de plantas.

Uso medicinal

O uso medicinal de algas na cura e prevenção de doenças faz parte da cultura milenar de muitos países, como China, Coréia e Japão. A eficácia de uma espécie de alga parda já foi reconhecida, pelo meio científico, no tratamento do bócio, doença que afeta o metabolismo do iodo.

Alguns medicamentos, utilizados na regulação do apetite, contêm substâncias extraídas de algas, que, ao entrarem em contato com soluções aquosas, se expandem no interior do estômago, transmitindo uma sensação de saciedade ao cérebro.

Pesquisas vêm sendo realizadas para analisar a eficácia das algas no tratamento de diversas doenças, tais como asma, bronquite, verminoses, artrite e hipertensão.

Embora já tenham sido desenvolvidas tantas aplicações para as algas e suas substâncias, diversos setores, como as indústrias química, alimentícia e farmacêutica, continuam realizando estudos em busca de novas descobertas. E, com certeza, ainda há muito a ser explorado sobre esses incríveis organismos.

Fonte: Uol Educacão
Imagem:  Wikimédia Commons

Como as Joaninhas se protegem?

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/06/Ladybird.jpgAs joaninhas são insetos pequenos e coloridos, muito admirados por sua beleza e, em muitas culturas, símbolos de boa sorte e fartura. Esses simpáticos insetos pertencem à ordem Coleóptera, assim como os besouros, e à família Coccinellidae, para a qual já foram descritas mais de 5.000 espécies.

Os insetos da ordem Coleóptera possuem dois pares de asas. Um par é fino e membranoso e encontra-se sob o outro par de asas, chamadas de élitros, que são duras e resistentes. Os élitros da maioria das espécies de joaninhas possuem cores vibrantes, como amarelo, laranja e vermelho, com pequenos pontos pretos. Porém, algumas apresentam uma coloração escura e uniforme.

Estes insetos medem entre 0,3 mm e 10 mm de comprimento e possuem um par de antenas com função sensorial. As antenas são utilizadas na procura de alimentos, para localização espacial, procura por parceiros reprodutivos, entre outras funções. Para manter as antenas limpas, as joaninhas as esfregam com o primeiro par de patas, e, desta forma, removem resíduos que podem interferir em sua sensibilidade.

Como se protegem

As joaninhas se alimentam de pequenos insetos, ácaros, pólen e néctar. Apenas duas espécies se alimentam de tecidos vegetais. Por sua vez, as joaninhas são predadas por insetos maiores, algumas espécies de pássaros e anfíbios.

Para se proteger, elas contam com algumas estratégias. A coloração vibrante pode atuar como uma forma de aviso ao predador sobre a sua impalatabilidade, ou seja, seu gosto ruim, ou sobre a sua toxicidade, evitando que o predador a ataque. Outra forma de defesa utilizada por algumas espécies é o comportamento de deitar-se com o abdome para cima, seguido da liberação de um líquido com odor desagradável. Dessa forma, a joaninha finge-se de morta e esquiva-se da atenção de seu predador.

Controle biológico de pulgões

Os afídeos, popularmente conhecidos como pulgões, são insetos pertencentes à ordem Hemyptera e parasitam diversas espécies vegetais. Os pulgões possuem um aparelho bucal do tipo sugador, com o qual perfuram os tecidos vegetais, alcançado seus vasos condutores e sugando sua seiva. São considerados pragas agrícolas e podem causar sérios prejuízos às plantações.

As joaninhas são predadoras vorazes de pulgões, alimentando-se tanto da forma adulta quanto da larva. Uma única joaninha pode comer mais de 50 pulgões por dia. Por esse motivo, as joaninhas são freqüentemente utilizadas para realizar o controle biológico desta praga em áreas de cultivo agrícola. Com esse objetivo, centenas de joaninhas são introduzidas na plantação para que, ao se alimentarem dos pulgões, livrem as plantas desse parasita.

Essa estratégia é interessante, pois evita o uso de inseticidas químicos, que podem ser tóxicos para o ambiente e para o homem. Porém, deve ser realizada com cautela e com base no conhecimento científico, uma vez que, caso seja introduzida uma espécie exótica, ou seja, que não ocorre naturalmente no local, corre-se o risco de provocar um desequilíbrio ecológico. O resultado pode ser desastroso, ocasionando o desaparecimento das espécies de joaninha nativas e também levando à desequilíbrios na cadeia alimentar do ecossistema.

Um caso famoso ocorreu nos Estados Unidos, quando uma espécie asiática foi introduzida em plantações para controlar os pulgões e, por falta de predadores, acabou por se reproduzir descontroladamente, transformando-se numa praga doméstica que infesta casas e jardins.

Reprodução

As joaninhas, assim como os demais insetos, são organismos dióicos, ou seja, existem fêmeas e machos. Em muitas espécies, machos e fêmeas são morfologicamente diferentes, podendo apresentar tanto tamanhos quanto cores diferentes. A esta diferença é dado o nome de dimorfismo sexual. A fecundação é interna e pode ocorrer diversas vezes ao ano.

Em cada ciclo reprodutivo, a fêmea pode colocar de 10 a mais de 1.000 ovos. Antes da postura, a joaninha procura um local adequado para a eclosão dos ovos, geralmente depositando-os de forma agrupada, sobre folhas ou caules de plantas, e próximos a fontes de alimento. Da sua eclosão até atingir a forma adulta, as joaninhas sofrem a chamada metamorfose completa, ou seja, passam pelos estágios de larva e pupa. Por isso, seu desenvolvimento é classificado como holometábolo (do grego holos, total, e metáboles, transformação).

Desenvolvimento

Após um período que varia entre 4 a 10 dias, as larvas eclodem e começam a se alimentar. Muitas vezes, o primeiro alimento é a casca de seu próprio ovo. O tempo de eclosão das larvas depende da espécie, mas também está relacionado à temperatura do ambiente, sendo menor em regiões de clima tropical, ou nas estações quentes do ano. As larvas em nada lembram as joaninhas adultas. São alongadas e apresentam uma coloração escura.

Durante o seu crescimento, podem ocorrer de 4 a 7 mudas. As mudas, ou ecdises, são as trocas periódicas do exoesqueleto quitinoso que envolve o corpo dos artrópodes e que permite o seu crescimento.

Após um período que pode variar de uma semana até cerca de 20 dias, a larva se fixa a um substrato, geralmente caules ou folhas, e se transforma na pupa. A pupa é um estágio imóvel, no qual inúmeras transformações irão resultar no indivíduo adulto. Este estágio pode durar até cerca de 10 dias, dependendo da temperatura e da espécie.

Após este período, a parede da pupa se abre e, finalmente, emerge a forma adulta da joaninha. Assim que a joaninha sai da pupa, o seu exoesqueleto ainda é mole e vulnerável, por isso, ela permanece imóvel durante alguns minutos, até que ele endureça e ela possa voar. O tempo de vida de uma joaninha varia entre 3 até cerca de 9 meses.
*Alice Dantas Brites é professora de biologia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quanto mais luz, mais parceiros

O aumento da iluminação artificial durante a noite é uma das consequências da urbanização intensa. Cientistas do Max Planck Institute for Ornithology mostraram que a luz permanente durante a noite altera o comportamento reprodutivo dos pássaros. A notícia é do Current Biology.
Nos habitats afetados pela luz artificial, os machos que ocupam territórios com luzes de rua têm um número maior de parceiras do que machos que vivem em florestas escuras. Além disso, eles começam a cantar mais cedo e as fêmeas avançam o ínicio das atividades reprodutivas.

Os cientistas estudaram o efeito das luzes artificiais em cinco espécies de pássaros cantores. Os pássaros que começaram a cantar mais cedo foram as quatro espécies que são conhecidas por cantar logo nas primeiras horas da manhã. Por exemplo, o pintarroxo macho que vivia perto de luzes de rua começava a cantar em média 80 minutos mais cedo do que a mesma espécie que vivia no escuro.

Por sete anos consecutivos eles observaram as atividades reprodutivas do Abelhucos (um pássaro europeu que tem asas e cauda azuis). As fêmeas que viviam perto de luzes artificiais botavam ovos em uma média de um dia e meio antes das fêmeas que viviam em florestas. As fêmeas que botam ovos antes geralmente produzem mais e têm uma condição física melhor. No entanto, botar ovos mais cedo pode ser desvantajoso para a prole se eles saem do ovo fora do período de maior disponibilidade de comida.

Por Mariana Noffs
Fonte: HowStuffWorks  

Você é um cidadão sensível aos 3 R's?

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A Ecologia e os 3 R's

A ecologia é estudo do conjunto vida. É uma forma de olhar para vida, um método de investigação da realidade. É o estudo dos animais e das plantas, da relação entre eles e com o meio ambiente. O homem é apenas uma parte deste conjunto. Incapaz de existir independente dos planetas, do sol, da terra, da água, do ar, dos minerais, dos vegetais ou dos outros seres animados, ele está integrado à natureza e não se contenta em ser um espectador. 

Infelizmente, a inteligência humana, que desenvolveu a tecnologia capaz de levar o homem a lugares que antes não passavam de ficção científica, gerou resultados que a terra não consegue assimilar na mesma proporção e velocidade que são produzidos: a poluição. 

Sempre estivemos no Éden, que foi revelado aos nossos olhos imperfeitos. A humanidade percebeu a abundância que a cercava. Tanto que usufruiu desta abundância. Porém, não tinha consciência do resultado que causaria com o mau uso dos recursos naturais. Hoje já existe uma ciência dedicada especificamente ao estudo para a preservação da terra. 

Então, para fazermos a nossa parte na preservação e conservação, não é necessário muito tempo ou esforço. Basta um pouquinho. Basta uma convicção e uma pitada de organização. Basta observar dois passos: um objetivo e outro subjetivo. 

Para o passo objetivo basta observar a regra dos 3 Rs: Reduzir. Reutilizar. Reciclar. 


Reduzir: Antes de tudo é necessário reduzir o consumo de materiais que serão jogados fora: embalagens, sacos plásticos, papel, alumínio e vidro. Podemos reduzir a geração de lixo consumindo menos e melhor, isto é, racionalizando o uso de materiais do nosso cotidiano. 


Reutilizar: Muitos produtos são desenvolvidos para serem utilizados mais de uma vez. Comprar e usar produtos ajuda a recair no primeiro produto R - reduzir. 

Considere os produtos reutilizáveis. Embalagens e utensílios reutilizáveis reduzem o volume do lixo. Deve-se, no entanto, ter o cuidado de lavá-los com muita atenção para evitar contaminação.

Reciclar: Depois que você já fez tudo o que podia para evitar desperdícios, recicle. Esta é a última alternativa para diminuir a contaminação e desperdícios de nossos recursos naturais. Naturalmente você ainda pode divulgar o que aprendeu e propagar a convicção de que cada um pode e deve fazer a sua parte. 

No plano subjetivo basta visualizar e projetar nossos pensamentos de paz, de cooperação, de bondade para com a terra; e a todos aqueles que ainda não se conscientizaram da fragilidade de nosso planeta terra. 

Sem dúvida, o importante é fazer pelo menos um pouco. Seremos seres humanos melhores sabendo que fizemos alguma coisa. De pouco em pouco será bastante. Fácil, não?


Fonte: INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E DA RECICLAGEM

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Brasil será protagonista nas negociações da Convenção da Biodiversidade

Foto Brasil será protagonista nas negociações da Convenção da Biodiversidade
Mais de 100 países, incluindo as principais potências econômicas e o Brasil, vão se reunir a partir do dia 18, em Nagoya, no Japão, para tentar encontrar alternativas a fim de evitar mais colapsos ambientais.
05/10/2010
Carine Corrêa *
O ano de 2010 ficará marcado internacionalmente não apenas pela realização da Copa do Mundo. Outro tema - a biodiversidade - vai interferir de forma direta e implacável no cotidiano das pessoas, em escala muito maior e talvez sem a mesma visibilidade na mídia. O assunto também vai atrair a atenção de muitos países durante a Conferência da ONU sobre Diversidade Biológica (COP-10), a ser realizada de 18 a 29 deste mês em Nagoya (Japão).
Apesar de ainda não ter o mesmo apelo do futebol nas discussões do dia-a-dia, neste Ano Internacional da Biodiversidade - estabelecido pela ONU - nações de todo o mundo vão debater a perda da biodiversidade, prejuízo que afeta não só animais e plantas (como muitos preferem simplificar a questão), mas interfere de maneira crucial na manutenção da vida do homem e no equilíbrio de todo o planeta.
Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo, as perdas econômicas decorrentes do processo de redução de espécies alcançam uma cifra anual entre U$2 e US$ 4,5 trilhões, segundo pesquisadores do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
O encontro no Japão vai reunir as nações megadiversas (grupo dos 17 países que abrigam a maioria das espécies da Terra e juntos detêm cerca de 70% de toda a biodiversidade do planeta, entre eles o Brasil), as principais potências econômicas mundiais e outros 100 países aproximadamente. O objetivo é tentar encontrar soluções que possam surtir efeito rápido ou pelo menos de médio prazo, a fim de evitar novos colapsos ambientais ao redor do planeta.
Durante a COP-10, o Brasil pretende assumir o protagonismo nas negociações, com o objetivo de reafirmar o pacto entre os países signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) para o cumprimento das metas estabelecidas em Johannesburgo (África do Sul), em 2002.
Vai ainda defender a bandeira da repartição de benefícios oriundos do patrimônio genético da biodiversidade, principal ponto pretendido pelos megadiversos na convenção. Muitas reuniões preparatórias têm sido realizadas pelas 17 nações megadiversas com a finalidade de se estabelecer uma proposta comum que, uma vez concluída, deve ser apresentada na COP-10.

A questão da compensação financeira resultante do conhecimento obtido a partir da biodiversidade, no entanto, é motivo de controvérsia. Ganhou manchete dos jornais o caso do cupuaçu, por exemplo, que teve um pedido de patente registrado no exterior por uma empresa japonesa, apesar de ser uma planta típica da Amazônia.
Por meio da contestação de entidades ambientalistas nos escritórios de patentes internacionais, foi impedida a aprovação do registro, pois as aplicações do produto já eram, há muito tempo, de domínio dos índios e das comunidades tradicionais amazônicas, e não envolviam nenhum tipo de inovação que justificasse o direito de sua exploração pela companhia japonesa.
Diversidade global em declínio - De acordo com o terceiro relatório do Panorama da Biodiversidade Global (GBO3, em inglês), divulgado no começo de maio pelas Nações Unidas (cuja versão em português foi lançada em maio pelo MMA), nenhum país cumpriu integralmente as metas de redução da perda da biodiversidade em seus territórios entre 2002 e 2010.
O documento é um relatório oficial da Convenção sobre Diversidade Biológica, estabelecida em 1992, e vai pautar as discussões entre os chefes de Estado participantes da Cúpula da Biodiversidade no Japão. O ponto mais preocupante deste estudo revela que a perda da biodiversidade global está alcançando um patamar quase irreversível.
Entre 1970 e 2006, por exemplo, o número de indivíduos de espécies de vertebrados teve um declínio de 30% em todo o mundo, e a tendência, segundo o GBO3, é de que a redução continue, especialmente entre animais marinhos e nas regiões tropicais. O relatório indica ainda que 40% das espécies de aves e 42% dos anfíbios apresentam população em queda.
Para reverter o quadro de sérios prejuízos ambientais e econômicos, seriam necessários investimentos em todo o planeta de aproximadamente U$45 bilhões por ano.
O relatório indica os cinco principais fatores de pressão sobre a biodiversidade: perda e degradação de hábitats (convertidos em plantações, pastagens, áreas urbanas), mudanças climáticas, poluição, sobreexploração dos recursos naturais e a presença de espécies exóticas invasoras. As intervenções humanas em lagos de água doce também foram apontadas como outro fator importante, pois devido ao acúmulo de nutrientes, inúmeras espécies de peixes foram levadas à morte em larga escala.

A acidificação e poluição dos oceanos vitimam ainda os recifes de corais, o que descaracteriza o ecossistema marinho. Nas grandes regiões do mundo, os hábitats naturais continuam a declinar em extensão e integridade, especialmente os bancos de algas marinhas, as zonas úmidas de água doce, as localidades de água congelada e os recifes de corais e de mariscos.
Segundo dados da World Conservation Union (União Mundial de Conservação), a ação do homem provoca 0,2% da perda média de espécies todos os anos, que ocorre ainda por queimadas e desmatamento impulsionados pelo mercado imobiliário e/ou monoculturas de larga escala, caça e tráfico de animais.
Extrativismo sem manejo adequado e mineração, dentre outros fatores de intervenção antrópica, também são causas crescentes do processo de extinção, por acompanharem as necessidades de uma população humana que, segundo estatísticas da ONU, é de 6,5 mil milhões, com perspectivas de aumento para 7 mil milhões até o ano de 2012.
De acordo com o secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, Ahmed Doghlaf, a perda da biodiversidade ocorre em uma velocidade sem precedentes. "As taxas de extinção podem estar mil vezes acima das médias históricas", alerta.

Apesar de o GBO3 ressaltar o aumento considerável das áreas de proteção ambiental (82% estão em áreas marinhas e 44% em regiões terrestres) e o progresso significativo da preservação de florestas tropicais e manguezais, dados do documento revelam que estas medidas não foram suficientes para alcançar a meta estabelecida.
Ações brasileiras - Há ainda outros pontos do documento do Pnuma considerados críticos. A Amazônia é citada como área sujeita a danos irreparáveis, em parte motivados pelo desmatamento e queimadas, e ainda pelas mudanças na dinâmica regional das chuvas e extinção de espécies.
O Brasil é citado como exemplo no que diz respeito à criação de áreas protegidas (unidades de conservação). Dos 700 mil quilômetros quadrados transformados em áreas de proteção em todo o mundo, desde 2003, quase três quartos estão em solo brasileiro, resultado atribuído em grande parte ao Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).

Segundo o diretor do Departamento de Áreas Protegidas do MMA, Fábio França, para 2010, já está em fase final de negociação com governos estaduais e outros ministérios, a criação de novas áreas protegidas: 54.280 hectares no Cerrado; 405.900 hectares na Mata Atlântica; 600.000 hectares na Amazônia; 1.230.000 hectares na Caatinga e 101.200 hectares na Zona Costeira e Marinha.
Outra estratégia fundamental adotada pelo Brasil para combater o desmatamento e a extinção de espécies decorrente desta prática é o monitoramento por satélite de todos os biomas brasileiros, procedimento que, até 2008, era realizado apenas na Amazônia e em parte da Mata Atlântica.

Com a identificação e controle das principais causas do desmatamento na região amazônica em 2009, a devastação da floresta teve o menor índice (43% mais baixo) dos últimos 20 anos.
Os primeiros resultados sobre o Cerrado e Caatinga, levantados entre 2002 e 2008, já foram lançados, mostrando que quase metade da cobertura vegetal original destes biomas já foi destruída. Em 2010, também foram divulgados os dados referentes à cobertura vegetal do Pantanal e do Pampa, referentes ao mesmo período. E, em novembro, há previsão de que sejam divulgados os dados sobre a Mata Atlântica.
O monitoramento é uma iniciativa fundamental, pois permite estabelecer planos de ação de fiscalização, controle e combate ao desmatamento, bem como levar alternativas sustentáveis às regiões onde o desmate ainda é muito praticado.
Exóticas e invasoras - Também foi lançada, em 2009, a Estratégia Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras. O programa orienta as diferentes esferas do Governo a fim de mitigar e prevenir os impactos negativos destas espécies sobre a população humana, os setores produtivos, o meio ambiente e a biodiversidade.
Os eixos deste plano são a prevenção da introdução de novos indivíduos, bem como a mitigação da presença dos mesmos em biomas e bacias hidrográficas do Brasil. Atualmente, as invasões biológicas causadas por espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa de perda da biodiversidade biológica do planeta, perdendo apenas para a destruição de hábitats.
No Brasil, os custos decorrentes dos impactos causados por estas espécies atingem cerca de U$50 bilhões ao ano. Entre elas, podemos citar o mosquito da dengue, o mexilhão dourado, o caracol gigante africano, a uva-do-japão, o capim-annoni e o amarelinho.
Também tem sido feita a atualização de listas de espécies brasileiras ameaçadas de extinção (fauna e flora), que servem como alerta e instrumento de monitoramento da política de conservação destas espécies. "O número de espécies em extinção está aumentando, o que é um sinalizador preocupante, pois demonstra que o objetivo de reduzir a taxa de extinção não tem sido alcançado", avalia João de Deus Medeiros, diretor do Departamento de Florestas do MMA.
Fundamentais para a conservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção (um dos principais compromissos dos países durante a CDB), estes levantamentos funcionam como instrumentos de implementação da Política Nacional da Biodiversidade, que inclui as Listas Nacionais Oficiais de Espécies Ameaçadas de Extinção; os Livros Vermelhos das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção e os Planos de Ação Nacionais para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção.
Evolução da vida - A biodiversidade é a totalidade das espécies de seres vivos de uma determinada região ou tempo, e abrange animais, vegetais, fungos e microorganismos, sendo responsável pela evolução e conservação da vida em todos os lugares. Sua manutenção depende do equilíbrio e estabilidade de ecossistemas, e seu uso e aproveitamento pela humanidade deve, necessariamente, ser feito de maneira sustentável de forma a preservá-los.
Desde que o homem começou a interferir na natureza, a biodiversidade tornou-se a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, mais recentemente, da indústria de biotecnologia. Trata-se ainda da fonte prima para remédios, cosméticos, roupas e alimentos, entre outros produtos, e é essencial para a criação de grãos mais produtivos e resistentes a pragas e a outras doenças.
A espécie humana é apenas uma entre 1,75 milhão de espécies de vida conhecidas. O Pnuma estima que existam pelo menos 14 milhões de espécies vivas ao redor do planeta. Alguns especialistas calculam que esse número possa chegar a 50 milhões, ou ainda mais.

Extinção de espécies - A Convenção sobre Diversidade Biológica foi estabelecida em 1992, durante a ECO-92, no Rio de Janeiro, mas a meta de redução da perda da biodiversidade só foi fixada na Cúpula da Terra de Johannesburgo, em 2002.Durante o evento, os governos participantes se comprometeram a estabelecer medidas para combater a extinção de espécies.
Dentre os pontos acordados constam a redução da degradação de hábitats, o controle de espécies exóticas invasoras (que ocasionam prejuízos de aproximadamente R$ 2,5 trilhões nas economias de todo o planeta) e transferência de tecnologia para países em desenvolvimento. Das 21 metas estabelecidas pela ONU em 2002, nenhuma está próxima de ser cumprida.
A Convenção sobre Diversidade Biológica foi assinada por 156 nações - atualmente foi ratificada por 192 - e estabeleceu que os países têm direito soberano sobre a variedade de vida contida em seu território, bem como o dever de conservá-la e de garantir que seu uso seja feito de forma sustentável, isto é, assegurando sua preservação.
Um dos temas mais defendidos pela CDB é a necessidade de repartição justa e equitativa dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos. Eles seriam divididos entre todos os países e populações cujo conhecimento foi chave para sua utilização, como, por exemplo, comunidades acostumadas a usar plantas típicas de sua região desde tempos remotos, como os índios e outras populações tradicionais.


*Edição: Gerusa Barbosa
Fonte: MMA

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