Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

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"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

domingo, 28 de novembro de 2010

Pássaros sem Ninhos

Em centros urbanos, por conta do crescimento populacional “inevitável”, a flora vai sendo substituída por concretos luxuriosos

A população de pássaros que migram para os centros urbanos tem aumentado assustadoramente a cada dia que passa. Desesperados e famintos buscam suas sobrevivências fora de seus habitats destruídos e/ou modificados pelo homem, em locais que pouco podem lhes oferecer, causando a morte prematura dos mais frágeis.

Em centros urbanos, por conta do crescimento populacional “inevitável”, a flora vai sendo substituída por concretos luxuriosos, não se levando em consideração a necessidade da implantação de um sistema onde possam coabitar harmonicamente o homem e as diferentes espécies existentes na avifauna. Falta de conhecimento e descaso em relação aos locais de origem, hábitos de alimentação e reprodução dos alados são fatores preponderantes na maioria dos seres humanos, que sequer percebe o quanto está a comprometer o elo de uma mesma corrente. Mesmo que um centro urbano seja contemplado com uma flora exuberante, não significa necessariamente que possa abrigar todo e qualquer tipo de pássaro.

Plantas que frutificam o ano todo são poucas, então, diversificar é preciso. Árvores, arbustos e trepadeiras frutíferas de espécies variadas devem compor o paisagismo nas cidades, pois, enquanto embelezam, oferecem abrigo e alimento aos pássaros despejados de suas “casas naturais”. Por tabela, as aves migrantes temporárias, vindas de lugares distantes também se beneficiam, pois necessitam de descanso, água e comida.

Residências, parques ecológicos, praças, centros de pesquisa, universidades, terrenos baldios etc deveriam conter locais só para as frutíferas, e sempre que possível, com seus sub-bosques. Como exemplo de frutíferas para o ano todo, pode-se citar: Pimenta-de-Macaco (Xylopia aromática) que é uma árvore de baixa estatura, de frutos pequenos e alongados, que se abrem expondo as sementes com polpa, frutificando no outono. Atrai anambés, saíras, pombas, periquitos, surucuás, sanhaças, entre outros; Mamica-de-Porca ou Tembetaru (Zanthoxylon riedelianum) também de porte médio, de frutos numerosos, pequenos e oleosos que frutifica na primavera. Atrai sabiás, sanhaços, tuins, periquitos, jandaias, rolinhas, tesouras, bem-te-vis, suiriris, trica-ferros, gaturamos, cucurutados, pica-paus, entre outros; Pitomba (Talisia esculenta) de porte médio, frutos com sementes envolvidas em arilo suculento e branco, frutificando no verão. Atrai pombas e juritis, entre outros; Colher-de-Vaqueiro (Salvertia convallariaeodora) de porte médio, frutos alongados e frutifica no inverno. Atrai papagaios, periquitos, jandaias, entre outros, e, Coqueiro-Jerivá (Syagrus romanzoffiana) é uma palmeira de frutos com polpa variável, e frutifica ao longo do ano. Atrai araras, mutuns, jacus, urus, jandaias, periquitos, papagaios, bem-te-vis, sabiás, sanhaços, tico-ticos, gaturamos, saíras, tucanos, entre outros.

O número de frutíferas é grande, mas como se pode perceber, há que se saber o que, onde, e quando plantar.

Os rios que cortam as cidades, em toda a sua extensão, deveriam ser contemplados com a diversidade que lhe era peculiar quando ainda nem se pensava em canalizá-los. Grãos como: milho e feijão de corda, por exemplo, podem ajudar a compor sua mata ciliar, juntamente com árvores frutíferas de pequeno e médio portes como: amoreira, pitangueira, araçaizeiro, ameixeira do campo, araticum, moringa e outras, lembrando apenas que, ao plantar, não se deve usar adubos químicos, pois eles contêm substâncias tóxicas que, contaminam o solo e os lençóis freáticos.

Enquanto o cultuado egoísmo e a ausência de noção prevalecer no ser humano, a balança da vida continuará com seus pratos totalmente desequilibrados, e assim sendo, o homem está ditando como prefere viver o seu dia-a-dia. Infelizmente, nossos amigos alados começam a enfrentar mais um processo de sofrimento, seguido da extinção de muitos que não conseguem se adaptar aos centros urbanos. Para eles não há mais volta para os lares que foram destruídos graças à monocultura, desmatamento, queimadas, produtos tóxicos vindos por terra, água e ar.

Resta saber apenas, até quando este planeta conseguirá agüentar tanto descaso e destruição.

* Nicete Campos - e-mail: nicetecampos@yahoo.com.br 

Fonte: EcoAgência
Imagem: Wikipédia

sábado, 27 de novembro de 2010

Brasileiro diz que não paga mais por produto ‘verde’

Rejeição a custo maior por mercadorias sustentáveis atinge mais de 90% da população, segundo pesquisa feita em 11 capitais


A população brasileira está atenta às questões ambientais, mas tem dificuldade de colocar isso em prática no dia a dia. Especialmente se para isso tiver de gastar – mais de 90% dos brasileiros não estão dispostos a desembolsar mais para comprar produtos ecologicamente corretos, como eletrodomésticos mais econômicos e alimentos orgânicos.
Por outro lado, há disposição para economizar água (63% da população) e energia elétrica (48%) e para deixar de usar sacolas plásticas (40%).
Esses são alguns resultados da pesquisa Sustentabilidade: Aqui e Agora, encomendada pelo Ministério do Meio Ambiente e pela rede de supermercados Walmart, que será apresentada hoje em São Paulo. Foram ouvidas 1,1 mi pessoas em 11 capitais. O objetivo do estudo, realizado pela empresa de pesquisas Synovate, é entender os hábitos dos brasileiros em relação a temas como consumo verde, lixo, reciclagem e sua percepção em relação aos problemas ambientais.
Embora 74% das pessoas se digam motivadas a comprar produtos que tenham sido produzidos com menor impacto ambiental, o fator custo é um limitante na hora de tomar a decisão. Segundo a pesquisa, 93% dos entrevistados não estão dispostos a comprar eletrodomésticos mais econômicos se eles custarem mais caro. Em relação a alimentos, 91% não aceitam pagar mais por produtos cultivados sem produtos químicos e apenas 27% compraram produtos orgânicos nos últimos 12 meses.
Outro dado que merece atenção é o de que 59% das pessoas acreditam que a preservação dos recursos naturais deve estar acima das questões relacionadas à economia. “Isso mostra que os brasileiros querem desenvolvimento, mas com atenção às questões ambientais e que é um falso dilema contrapor economia e ecologia”, diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Em relação aos resíduos, 53% dos brasileiros ainda não separam o lixo entre seco e úmido para encaminhar à reciclagem. Mas nas capitais que investiram em programas estruturados de coleta seletiva, como Curitiba, o porcentual sobe para 82%, o mais alto do País.
Mesmo com a falta de estrutura, o brasileiro está disposto a reciclar mais. Segundo o estudo, 66% dos entrevistados aceitariam separar o lixo.
Apesar da disposição para dar destino correto ao lixo, ainda falta informação aos brasileiros sobre como descartar certos tipos de resíduo. Os dados dão conta de que 70% dos consumidores jogam pilhas e baterias no lixo comum; 66% descartam remédios também no lixo comum e 39% jogam óleo usado na pia da cozinha.
Sacolas plásticas. O consumidor tem predisposição a reduzir e até eliminar o uso de sacolas plásticas no seu cotidiano. Embora 90% dos brasileiros façam uso constante das sacolas quando vão às compras, 60% apoiaria uma lei que proibisse o material.
“Há uma ampla inclinação da sociedade para programas e políticas públicas que inibam o uso das sacolas plásticas” afirma Daniela di Fiori, vice-presidente de e sustentabilidade da rede Walmart. Segundo ela, o caminho para reduzir o consumo das sacolas passa por dar mais incentivos ao consumidor.
“Retirar a sacola das lojas foi muito mal-recebido pelo cliente. As pessoas começaram a aderir ao programa de redução de embalagens quando foi ofertado um desconto nas compras por cada sacola recusada”, diz Daniela. A rede concede descontos de R$ 0,03 para cada sacola não utilizada, valor que representa o custo da embalagem.
A pesquisa apontou ainda que é baixo o porcentual de brasileiros dispostos a reduzir os deslocamentos por automóvel particular. Nos últimos 12 meses, apenas 13% dos pesquisados buscou reduzir o uso do automóvel no dia a dia. Em São Paulo, esse número sobe para 18%.
Adriana Charoux, pesquisadora de sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), avalia que ainda faltam condições para que a população exerça atitudes mais sustentáveis no seu dia a dia. “Cabe ao governo prover a estrutura de serviços como coleta seletiva e transporte público eficientes”, diz. Segundo ela, é necessário que as empresas incorporem os custos de produzir com padrões mais altos de sustentabilidade. “O consumidor está certo em não aceitar pagar a mais por produtos verdes. Faz parte da realidade a percepção de que já pagamos caro pelos produtos.”

Fonte: Estadão.com.br 
Imagem: Wikipédia

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O meio ambiente exige que a consciência seja convertida em ação


O ser humano pode ser caracterizado como cego, como inconsciente, como pessimista ou otimista demais, quando se fala da sua relação com o meio ambiente. Mas, independente do posicionamento adotado, o certo é que, os discursos que emanam das diversas áreas da sociedade convergem para necessidade de adotar uma nova postura menos destrutiva e mais altruísta


Onde está a natureza? A pergunta colocada pelo geólogo Rualdo Menegat avalia a estrutura física, cultural e sistêmica da sociedade e caracteriza o ser humano como cego. Cego diante do mundo que o cerca, do modo como vive e por que vive, dos danos que causa a si, ao planeta e aos outros seres vivos, mas, principalmente, cego diante dos sinais que a natureza apresenta. Mas, será cegueira ou uma espécie de consciência inconsciente? A tentativa continuada de alterar o comportamento inadequado da sociedade, em relação à natureza, esbarra num modelo estrutural mantido por governos, corporações e pelas decisões dos indivíduos.

É comum entre as diversas áreas de conhecimento e setores da sociedade tentar encontrar modelos ou métodos param promover a conscientização. Trata-se do resultado da educação ambiental, cada vez mais constante devido aos eventos ambientais desastrosos que abalam diversas localidades do globo. Neste momento, as pessoas reconhecem atitudes inadequadas e passam a ações menos prejudiciais. A diferença entre a cegueira e a consciência inconsciente é que, no primeiro caso, as pessoas negam seu papel e responsabilidade, observam as ocorrências com distanciamento, são expectadores. "As pessoas só assistem aos eventos, não se propõem uma reflexão sobre o que está ocorrendo", observa Menegat.

Já no segundo caso, as pessoas reconhecem que suas ações são danosas, mas não alteram seu comportamento, ou seja, é quando a consciência não leva à ação. A socióloga Maria Cristina França afirma que os comportamentos diferenciados resultam de vários fatores, entre os quais, as condições concretas de existência, como origem, estrutura de classe, e escolarização ou o acesso desigual às informações, que condicionam o empobrecimento ou enriquecimento do conteúdo de antigas convicções. "Trata-se, nas duas possibilidades, de um grau maior ou menor de coerência interna,entre padrões de ação e de representação elaborados simultaneamente pelos grupamentos sociais nas suas práticas cotidianas", conclui França.

Menegat aponta a adoção da cidade hipodâmica, proveniente da Grécia Antiga e expandida mundo afora ao longo dos séculos, como princípio para o modelo social baseado na exploração e consumo dos recursos naturais sem controle. "A cidade cortou os vínculos com a natureza, ela não oferece ao cidadão uma cosmovisão do lugar que ocupa e impede a leitura das paisagens", explica Menegat. Outros elementos denotam o comportamento social com base na linerialidade do ciclo de extração, produção, distribuição, consumo e descarte dos bens e serviços. Além do antropocentrismo, a mundialização do capitalismo, após a Segunda Guerra Mundial que, por sua vez, emerge junto aos avanços científicos e tecnológicos e às preocupações ambientais. "A natureza não tem tapete", argumenta Menegat. Contudo, todas as colocações ainda se mostram ineficientes para alterar os padrões de vida prejudiciais.

Afinal, como acabar com a cegueira e a consciência inconsciente? Menegat aposta no diálogo entre as culturas para criação de uma nova consciência, do papel e condição do ser humano diante do meio ambiente natural e artificial. França complementa fixando o desenvolvimento sustentável como foco do debate. "Deve-se avaliar os problemas ambientais globais e locais, interligando as questões de sustentabilidade e justiça estendidos a todas camadas da sociedade", explica França. Outra alternativa, baseia-se na técnica do "rappor", da persuasão, defendida pelo jornalista Fernando Antunes. É a tentativa de encontrar um ponto positivo nas ações negativas, individuais ou grupais, e convertê-lo em consciência e ação. Assim, não se utilizariam discursos educativos e invasivos para modificar as ideologias, mas uma condução à atitude correta com relação ao todo. Está aí inserido o conceito dos mapas individuais, ou seja, as referências pessoais, que não devem ser invadidas, mas conhecidas e reestruturadas através da reflexão.

Nas variadas perspectivas exige-se a alteração no comportamento dos sujeitos, sobre suas práticas cotidianas, que passa pela compreensão, conscientização e concordância do sujeito para obter novos princípios de orientação sobre suas práticas. Assim, depende-se de atos individuais e movimentos coletivos comprometidos com a promoção, sensibilização, e transmissão de conhecimento, cujas ações resultem em transformações. É uma tentativa permanente que, embora urgente, se faz ao longo do tempo, partindo do entendimento que não é o planeta que corre risco, mas os seres que dependem dele, a sociedade que pode perecer.

Por "Leila Boscato Garcia"   

 

Fonte: Eco Agência


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O desafio de controlar o uso dos agrotóxicos



Nesta terceira reportagem da série "Agrotóxicos", exploramos a luta da ANVISA para regular produtos nocivos, inclusive em batalhas judiciais e como grandes empresas dominam o mercado.

Uma das funções mais importantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Toxicológica, regulamentando, analisando, controlando e fiscalizando produtos e serviços que envolvam risco a saúde, como os agrotóxicos.

A agência realiza constantemente avaliações toxicológicas para registrar e reavaliar moléculas já registradas, porém a retirada do mercado de substâncias consideradas nocivas à saúde humana não tem sido nem um pouco fácil.

Em 2008, a ANVISA colocou em reavaliação 14 ingredientes ativos de agrotóxicos, entre eles o endossulfan e o glifosato, entretanto várias liminares obtidas pelas empresas que comercializam estes produtos impediram, por quase um ano, a agência de realizar a reavaliação desses ingredientes ativos. Juntos, eles representam 1,4 % das 431 moléculas autorizadas para serem utilizadas como agrotóxicos no Brasil.

O glifosato, cujo consumo disparou no Brasil nos últimos anos, é utilizado no cultivo de soja transgênica. Estudos indicam que esta substância é  um desregulador endócrino, tendo efeitos no sistema reprodutivo humano, além de ser carcinogênico.

Em agosto de 2010, a ANVISA conseguiu finalmente publicar uma resolução que determina o banimento gradual do ingrediente ativo endossulfan do Brasil, associando este agrotóxico, considerado extremante tóxico, a problemas reprodutivos e endócrinos em trabalhadores rurais e na população.

Mercado

Ao redor do mundo, o domínio das grandes empresas do setor de biotecnologias é extremamente concentrado, envolvendo o comércio de sementes (entre elas as geneticamente modificadas), fungicidas, herbicidas e inseticidas.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em 2006, 85% do mercado brasileiro de agrotóxicos era dominado por seis grandes empresas (Figura). As mesmas dominavam 86% do mercado mundial em 2007, de acordo com estudo realizado por Phillips McDougall.

Dentre as consequências deste oligopólio está ausência de isenção no desenvolvimento de pesquisas toxicológicas sobre os princípios ativos dos agrotóxicos, enfatiza a advogada da ANVISA Letícia Rodrigues. Ela explica que é muito difícil encontrar, especialmente no Brasil, profissionais que trabalham de forma independente e frequentemente há tentativas de desqualificação do parecer técnico da agência sobre as restrições de uso dos agrotóxicos.

Enquanto os países europeus e até mesmo a China proíbem o uso de diversas substâncias, no Brasil elas ainda são permitidas, como dois tipos de organofosforados.  O resultado é que elas continuam a ser produzidas por estes países e exportadas para o Brasil.

Um deles, o metamidofós, foi proibido na China e a partir de então a sua importação pelo Brasil aumentou. Atualmente há um indicativo de banimento pela ANVISA.

"Especialmente no caso de produtos obsoletos em outros países, há sempre o risco da situação ser judicializada no Brasil", comentou Letícia sobre a pressão das empresas que desejam transferir o mercado de determinados produtos proibidos em alguns países e permitidos em outros.

"As empresas têm duplo padrão de produção em seu país de origem e em outros", falou ela focando no caso da produção do benzeno pela BASF. Como na União Européia os trabalhadores não podem estar expostos a esta substância, porém em países em desenvolvimento sim, então a produção é deslocada.

Ela enfatiza que a pressão política sobre a ANVISA é enorme, principalmente vinda da bancada ruralista que já tentou aprovar vários projetos de lei para retirar a competência da ANVISA e do Ibama na aprovação das substâncias e deixar apenas com o Ministério da Agricultura.

"Este é um trabalho muito aquém do que o que o Estado deveria estar prestando...Não existe precaução, porque temos que provar tudo", enfatizou Letícia relembrando um dos princípios mais importantes do Direito Ambiental Internacional.

Na questão ambiental, saúde, educação, tudo passa pela esfera dos interesses econômicos de poucos grupos e em como nossos representantes governamentais conduzirão as políticas em benefício da população e não na manipulação do que seria o interesse da sociedade.

A nossa função como coletividade ativa é ficar atenta e exigir atitudes responsáveis do poder público, que deve apoiar e incentivar iniciativas verdadeiramente sustentáveis pensando nos efeitos a longo prazo sobre a saúde das pessoas e também dos ecossistemas.

  Fernanda B. Müller, da Carbono Brasil

(Envolverde/Carbono Brasil)

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

24 de novembro, "o Dia do Rio"


Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
O Dia do Rio é comemorado em 24 de novembro, assim como o Dia Mundial da Água é comemorado no Dia 22 de março - estas datas foram instituídas devido a grande preocupação com a escassez da água, assim como a preservação e proteção dos recursos naturais.

Proteção - Os rios são de grande importância para a vida nos mais variados ecossistemas. A vegetação existente nas margens de rios denomina-se de Mata Ciliar (ou Mata de Galeria, ou Floresta Ripária). É de vital importância preservarmos a mata ciliar, pois a mesma evita o processo de erosão do
solo, já que parte da água que escoa das chuvas é retida pelas raízes dessa vegetação.

A Mata Ciliar exerce um papel 
fundamental na proteção dos rios, funcionando como se fosse uma esponja. A Mata Ciliar não só protege os rios como evita o ressecamento do solo, a erosão e o desbarrancamento, mas também preserva a flora e a fauna que habitam estas áreas, contribuindo para evitar o desaparecimento de espécies. A Mata Ciliar é protegida pela Lei 4.771 de 15.09.65, ou seja, o Código Florestal. Segundo esta lei, a área de proteção das margens dos rios, varia de acordo com a largura do rio. Para rios com 10 metros de largura, a lei estabelece uma área de proteção de 30 metros para cada margem. Para rios que possuem entre 10 e 50 metros de largura, a lei determina 50 metros de área protegida para cada margem. Para rios que possuem de 50 a 200 metros de largura a área protegida deve ser de 100 metros. Para rios com largura entre 200 a 600 metros a área da margem a ser protegida é de 200 metros e para rios com largura superior a 600 metros a faixa de proteção é de 500 metros para cada margem.

Potencial - Recursos Hídricos - O Brasil possui a maior disponibilidade hídrica do planeta, ou seja, 13,8% do deflúvio médio mundial. Há três grandes unidades hidrográficas: Amazonas, São Francisco e Paraná, onde estão concentradas cerca de 80% da produção hídrica do país. Estas bacias cobrem cerca de 72% do território brasileiro, destacando-se a Bacia Amazônica, que possui cerca de 60% da superfície do País.

Transporte e Economia - Hidrovias: A navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos outros sistemas de transportes. É o sistema de menor participação no transporte de mercadoria no Brasil. Isto ocorre devido a vários fatores. Muitos rios do Brasil são de planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam a navegação. É o caso dos rios Tietê, Paraná, Grande, São Francisco e outros. Os rios de planície são facilmente navegáveis (Amazonas e Paraguai), os quais encontram-se afastados dos grandes centros econômicos do Brasil. O Brasil tem mais de 4 mil quilômetros de costa atlântica navegável e milhares de quilômetros de rios. Apesar de boa parte dos rios navegáveis estarem na Amazônia, o transporte nessa região não tem grande importância econômica, por não haver nessa parte do País mercados produtores e consumidores de peso. Os trechos hidroviários mais importantes, do ponto de vista econômico, encontram-se no Sudeste e no Sul do País. Entre as principais hidrovias brasileiras, destacam-se duas: Hidrovia Tietê-Paraná e a Hidrovia Taguari-Guaíba. Hidrovias e Portos da Amazônia Legal.

Hidrelétricas - A Rede Hidrometeorológica Nacional, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, é composta hoje por 5.138 estações, das quais 2.234 pluviométricas, 1.874 fluviométricas e 1.030 de outros tipos, como sedimentométricas, telemétricas, de qualidade das águas, evaporimétricas e climatológicas. A energia elétrica/hídrica atende a cerca de 92% dos domicílios no país. A produção de energia é realizada por usinas hidrelétricas e termoelétricas, sendo que as usinas hidrelétricas respondem, por cerca de 97% da energia elétrica gerada, sendo que no Brasil, destaca-se a Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo.

Biodiversidade - Nos rios habitam milhares de espécies da fauna e da flora, desde a grande diversidade de peixes até as diversas e coloridas macrófitas, podendo até formar distintos hábitats que proporcionam a existência de outros organismos. Nos rios ainda observamos fenômenos, como a pororoca, a piracema e o ciclo hidrológico. O Pantanal Matogrossense é um grande ecossistema formado por rios e que abriga inúmeras espécies aquáticas de peixes, aves, répteis, mamíferos e milhares de invertebrados, apresentando um dos mais belos espetáculos da natureza.

Poluição - Atualmente, com a grande industrialização e o forte crescimento de centros urbanos, os rios estão sendo cada vez mais poluídos, através dos esgotos que são despejados diretamente neles, através de despejos químicos de grandes indústrias, ou até mesmo das populações que moram em seus entornos, jogando resíduos e outros detritos que alteram a qualidade e a composição da água, assim prejudicando todos os organismos que dele necessitam. Muitas doenças são contraídas através de águas poluídas, como a cólera, esquistossomose, teníase, febre entre outras.



Fonte:Intranet do Meio Ambiente/ Ambiente Brasil

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A peteca não pode cair


Olhos do mundo se voltam novamente para os países que participam da Conferência de Clima da ONU, este ano em Cancun. É uma nova chance para avançar acordos para controlar o aquecimento global.

Há um ano, em dezembro de 2009, o mundo assistia ao desfecho frustrado de uma das mais importantes conferências ambientais das Nações Unidas, a COP15, na cidade de Copenhague, Dinamarca. Idealizada como a reunião em que os países chegariam a um acordo global para controlar o aquecimento global, a conferência terminou em um cabo-de-guerra entre chefes de Estado cujos olhos estavam voltados unicamente para seus próprios interesses. O resultado foi a derrota do planeta.

É tempo de curar a ressaca, arregaçar as mangas e voltar ao trabalho. Afinal, as mudanças climáticas se tornam cada dia mais perigosas e a janela de oportunidade para controlá-las está se fechando. O palco desta vez será Cancun, no México, onde acontece a 16ª Conferência do Clima (COP16), entre 29 de novembro e 10 de dezembro.

A vergonha de Copenhague teve um impacto negativo por mais de um ano nas negociações. Em Cancun, não há expectativas de se obter um consenso sobre o que cada país deve fazer, como havia em Copenhague. Porém, ainda é preciso avançar e preparar terreno para um acordo global de redução do aumento da temperatura global.

"Mais um ano se passou, as temperaturas voltaram a bater recordes, as catástrofes naturais, como a intensa seca na Amazônia, batem à porta, relembrando que o aquecimento global é um problema sério e urgente", diz Nicole Figueiredo, da campanha de Clima do Greenpeace ."Infelizmente, enquanto as negociações não caminham, as populações mais pobres já sofrem com o aquecimento global."

O maior empecilho é a divisão de responsabilidades. Os países ricos precisam fazer mais, pois se desenvolveram às custas de muita emissão de gases do efeito estufa, principalmente para gerar energia. Já os países em desenvolvimento, especialmente os emergentes como China, Índia e Brasil, não podem se furtar de assumir metas de redução dessas emissões. Ainda que no passado tenha tido um papel menor no agravamento do efeito estufa, hoje a história é outra.

Outro problema que carece de solução é o destino do Protocolo de Kyoto, cujas metas vencem em 2012, pois alguns países que participam do protocolo não querem que ele seja mantido depois dessa data. Além disso, na COP16, os países ainda precisam detalhar como funcionará um fundo para aporte de recursos em mitigação (as ações que reduzem as emissões de gases-estufa), adaptação para os países em desenvolvimento já afetados pelos efeitos do aquecimento global e transferência de tecnologias limpas, das nações ricas para as pobres, para que possam crescer sem afetar tanto o ambiente. Todas essas questões precisam ser vistas em Cancun, para que o acordo se torne realidade o mais rápido possível.

O Greenpeace defende que os países participantes da COP16 assumam metas ambiciosas de redução de emissões, reconhecendo que um aquecimento em 2ºC é perigoso para a vida na Terra e que, para isto, o pico de emissões globais deve ser alcançado até 2015, começando a decair logo em seguida. Pede ainda pelo estabelecimento de um novo fundo para o clima, capaz de financiar pesquisa em inovação e medidas de adaptação e, por fim, demanda mecanismos de proteção de nossas florestas nativas.


Fonte: (Envolverde/Greenpeace)

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domingo, 21 de novembro de 2010

Cuidar do meio em que vivemos é uma das alternativas que está ao alcance de todos!

Cquote1.svg O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.Cquote2.svg


Sustentabilidade ambiental

A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentávelpodendo igualmente designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis.
As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de desenvolvimento do milénio procura garantir ou melhorar a sustentabilidade ambiental através de quatro objectivos principais:
  1. Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
  2. Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade.
  3. Reduzir para metade a proporção de população sem acesso a água potável e saneamento básico.
  4. Alcançar, até 2020 uma melhoria significativa em pelo menos cem milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.
Fonte: Wikipédia

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.

Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.

Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.

O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.
Fonte: WWFBrasil

sábado, 20 de novembro de 2010

Meio Ambiente proíbe a importação de pele de animal doméstico





A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou no dia 17/11/2010  o Projeto de Lei 5284/09, do deputado Felipe Bornier (PHS-RJ), que proíbe a importação de peles de animais exóticos, cães e gatos, além de produtos delas derivados.  A importação só será permitida para fins educacionais e científicos.

O pelo do cão e do gato é usado na indústria para a confecção de artigos como luvas, chapéus, cobertores e bichos de pelúcia.  Para o deputado Bornier, o Brasil deve participar do esforço mundial que busca eliminar o comércio de peles de animais, domésticos e exóticos.

O relator na comissão, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), defendeu a aprovação da medida, que ainda precisa ser analisada por duas comissões.

Fonte: (Envolverde/Agência Câmara)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aprenda a montar uma casa sustentável sem gastar muito

"Atitudes simples fazem a diferença no bolso e no meio ambiente."

Na hora de construir ou reformar um imóvel, não é preciso lançar mão de ideias mirabolantes para evitar o impacto ambiental. Escolhas simples e pequenas ações podem fazer toda a diferença e contribuir significativamente para a preservação do meio ambiente.

E quando falamos em construção sustentável, não nos referimos apenas aos grandes empreendimentos. Segundo especialistas ouvidos pelo R7, qualquer um pode ter uma casa sustentável. E melhor, sem grandes investimentos. Trocar o vaso sanitário comum por um com acionamento duplo (que utiliza menos água para resíduos líquidos e mais para sólidos), por exemplo, pode significar uma economia de até 36 litros de água por dia em uma casa com três pessoas.

Substituir o ar condicionado por ventilador, consertar vazamentos, comprar eletrodomésticos com o selo A do procel (que gastam menos energia) e evitar desperdícios durante uma obra também são atitudes simples que fazem a diferença no bolso e no meio ambiente.

Segundo Vanderley John, professor associado da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e membro do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), sustentabilidade é tudo o que é viável.

- Quando falamos em sustentabilidade, devemos levar em conta os lados econômico, social e ambiental. Temos de buscar solução que englobe esse tripé.

Para John, a primeira alternativa a ser considerada é a reforma.

- Mais sustentável do que construir casa nova é reformar a antiga. Preserva aquilo que está bom, não gera muito resíduo e custa menos. O passo seguinte é respeitar a legalidade.

Para  o professor da USP, "a informalidade de fornecedores nessa área da construção civil é o grande problema da sustentabilidade. Exigir nota fiscal é a garantia de que a empresa cumpre com suas obrigações, paga impostos e respeita o meio ambiente".

Outro problema citado por John é a desinformação.

- Ainda há aquele mito de que para ser sustentável é preciso ser exótico. Muito melhor do que usar tinta à base de água ou tijolos artesanais é não gerar muito entulho, comprar material com nota fiscal e evitar o desperdício.

Esse conceito de construção sustentável foi discutido no 3º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, evento realizado na semana passada pelo CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), e que contou com a participação de engenheiros, construtoras e especialistas em meio ambiente.

O evento abordou questões sobre a sustentabilidade nos negócios relacionados à construção, além de temas específicos como eficiência energética, gerenciamento de recursos, uso racional de materiais, resistência e vida útil de matérias-primas, pesquisa de materiais alternativos, avaliação e redução de impacto ambiental nas obras, inovações tecnológicas e utilização de recursos naturais na iluminação, aquecimento e ventilação de ambientes.

Para o engenheiro Marcelo Vespoli Takaoka, presidente do CBCS, esse tipo de encontro "é muito importante para apresentar oportunidades que existem dentro da área da construção civil para reduzir os custos no futuro".

Economia de longo prazo

O preço elevado de alguns materiais ecologicamente corretos ainda é um entrave na hora de construir. Mas o que os especialistas querem mostrar é que, a longo prazo, a economia gerada compensa o investimento, diz Takaoka.

- Para as construtoras, é importante saber que vale a pena investir 5% ou 6% a mais nos projetos para reduzir os futuros gastos com condomínio no futuro, por exemplo. Isso melhora a imagem das empresas e atrai clientes.

O mesmo se aplica ao consumidor final, aquele que pretende construir ou reformar a sua própria residência. Para John, é preciso ficar atento porque, muitas vezes, o barato sai caro.

- Comprar material inferior visando apenas a economia imediata pode causar prejuízos enormes no futuro. Alguém vai pagar essa conta lá na frente.

E é bom ficar atento aos chamados selos verdes. Nem sempre eles são confiáveis. De acordo com John, "infelizmente, existem até selos à venda. Por isso, é importante checar quais as suas regras públicas".

Outro alerta é quanto aos chamados materiais verdes, como as tintas à base de água, tijolos artesanais e tubulações ecológicas.

- Tudo o que é "verde" vende bem. Mas se a tinta fosse à base de água, na primeira chuva ela escorreria pelas paredes. Já vi tubulações que não resistem aos materiais alcalinos e tijolos que se quebram com a maior facilidade.

Por isso, esqueça técnicas mirabolantes. Melhor do que uma casa com aparência exótica é perceber a economia nas contas no final do mês e saber que está fazendo a sua parte na preservação do planeta.

Cláudia Pinho, do R7

Fonte: Portal R7

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bicicleta de bambu ganha prêmio ambiental

Projeto africano foi um dos 30 homenageados com o Seed 2010, que valoriza ações sobre sustentabilidade nos países em desenvolvimento







da PrimaPagina

Uma empresa que produz bicicletas de bambu e outra que fabrica máquinas de lavar que independem de água encanada ou energia elétrica para funcionar estão entre os 30 vencedores do Prêmio Seed (“Semente”, em inglês), que reconhece ideias inovadoras e voltadas para a sustentabilidade nos países em desenvolvimento.

Em sua quinta edição, a iniciativa ofereceu aos contemplados, além de ajuda financeira no valor de US$ 5 mil, um pacote de serviços de apoio que inclui assessoria para desenvolvimento e melhoria do plano de negócios, oficina de empreendedorismo local e divulgação de ações no cenário regional, nacional e internacional.

O projeto das bicicletas feitas com bambu, desenvolvido em Gana, no oeste da África, foi reconhecido por aproveitar uma das matérias-primas mais abundantes do país para montar um meio de transporte acessível aos mais pobres e adequado às condições de terreno locais.

Já a iniciativa “IziWasha”, da África do Sul, recebeu o prêmio por criar um inovador dispositivo portátil para lavar roupas - sem depender de água encanada ou energia elétrica -, que vai beneficiar comunidades de baixa renda.

O Quênia, outro país africano, também teve iniciativas agraciadas com o Seed. Entre elas, destacam-se um projeto para substituir um milhão de lanternas de querosene por lâmpadas solares e outro para trocar postes de madeira por plástico reciclado.

Nas Américas, o único projeto contemplado com o Seed foi um colombiano, que investe em produtos não-madeireiros para reduzir o desmatamento de florestas. Em edições anteriores, iniciativas brasileiras estiveram entre as ganhadoras.

O Projeto Bagagem, que desenvolve pacotes de turismo que propiciam a criação de novos empregos e atividades comunitárias, deu início à série, em 2007. No ano seguinte, foi a vez do Pintadas Solar e, em 2009, entre os contemplados estavam Piabas do Rio Negro, Uso Sustentável de Sementes Amazônicas e 1 Milhão de Cisternas.

A rede Seed foi fundada em 2002 por PNUD, PNUMA e a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), e incentiva ações inovadoras, que podem ser implantadas em outros locais, que tenham participação das comunidades, que combatam a pobreza e promovam o uso sustentável dos recursos naturais.

Fonte: PNUD Brasil

Período da piracema, pesca proibida!









O IEF publicou as portarias 222, 223  e 224 que regulamentam a pesca nas Bacias Hidrográficas do Leste do Estado e dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco para o período da piracema, que tem início em novembro de 2010 e vai até o dia 28 de fevereiro do ano subsequente. A regulamentação diz respeito às normas para pesca nessa época em que os peixes sobem para as cabeceiras dos rios para se reproduzirem.




As normas fixam o dia 1º de novembro de 2010 como início das restrições de pesca e o dia 28 de fevereiro como final. Com as portarias, a pesca de espécies nativas está proibida em todo o Estado a de espécies exóticas (com origem em outros países) e alóctones (com origem em outros estados) está restrita a três quilos diários, ou por jornada de pesca, por pescador. A pesca amadora e de subsistência, embarcada e desembarcada, são permitidas desde que observadas as restrições constantes nas portarias e demais legislações em vigor.




O gerente de Pesca e Proteção a Fauna Aquática do IEF, Marcelo Coutinho Amarante, observa que as portarias das Bacias do São Francisco e Leste apontam que fica proibida, durante o período da Piracema, a prática de atos de pesca para todas as categorias, no perímetro compreendido entre mil metros acima e mil abaixo das barragens, usinas hidrelétricas, cachoeiras e corredeiras. Já na Bacia Hidrográfica dos rios Grande e Paranaíba, a portaria 223 estabelece o perímetro compreendido entre 1,5 mil metros acima e a abaixo.



A pesca profissional e a utilização de embarcações e petrechos, equipamentos e instrumentos de pesca estão definidos nas portarias de acordo com a Bacia. “Alguns locais têm algumas especificações, exemplo disso é que no trecho do rio das Velhas e seus afluentes, desde suas nascentes até a desembocadura do rio São Francisco, assim como locais onde o curso d'água possua largura igual ou inferior a 20 metros, a pesca profissional é proibida”, ressalta Amarante.



O gerente do IEF explica que as restrições na pesca durante o período da piracema tem como objetivo garantir que os peixes nativos da região possam procriar em seu período de reprodução. “O período piracema é fundamental para a reposição das espécies que vivem nos rios, barragens e represas do Estado”, afirma.



Piracema



A palavra piracema é de origem tupi e significa "subida do peixe". Refere-se ao período em que os peixes buscam os locais mais adequados para desova e alimentação. O fenômeno acontece todos os anos, coincidindo com o início do período das chuvas, entre os meses de novembro e fevereiro.



A pesca é uma atividade de subsistência e os pescadores amadores devem portar a carteira de pesca, que pode ser obtida nas unidades de atendimento do IEF em todo o Estado, ou pelo site do Instituto. A carteira deve ser renovada anualmente.



As pessoas físicas e jurídicas que comercializam, exploram, industrializam, armazenam e fabricam produtos e petrechos de pesca devem se registrar junto ao IEF. Os estoques de peixe in natura, congelados ou não, provenientes de águas continentais, existentes nos frigoríficos, peixarias, colônias e associações de pescadores devem ser informados ao IEF. A exigência também incide sobre os estoques armazenados por pescadores profissionais, entrepostos, postos de venda, depósitos e câmaras frias, em posse de feirantes, ambulantes, bares, restaurantes, hotéis e similares.

Denúncias
Denúncias sobre agressões ao meio ambiente podem ser feitas pela Linha Verde, um serviço da Ouvidoria do Ibama. A ligação é gratuita, de qualquer ponto do País, para o número 0800-61-8080 ou pelo e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br.Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo O Ibama dá prioridade ao atendimento das denúncias feitas pela Linha Verde, que é o principal canal de comunicação com a instituição.




Fonte: Instituto Estadual de Florestas
Imagem:  CEPAM

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas são resultantes de nossas atitudes erradas e também de nossa falta de atitudes perante os erros dos outros.
Nosso comodismo é tamanho que vemos a causa do problema nas multinacionais. Vemos o problema bem longe de nós, de preferência em outro país. Assim, bastará criticar. Bastará uma caminhada com cartazes dizendo: “Abaixo a poluição”.
As mudanças climáticas não vão acontecer no futuro, estão ocorrendo hoje. E até um papelzinho de um doce ou salgado que comemos na rua, e jogamos no chão, fará a diferença.
O lixo que é recolhido regularmente de nossa residência, para onde é levado? O que é feito com o lixo? Já procuramos saber?
E o esgoto de nossa casa? E de todas as outras casas? Para onde vai toda aquela água cheia de gordura quando lavamos a louça do almoço? E quando lavamos o carro, para onde vai esta água cheia de produtos químicos?
Os recursos de nosso planeta são limitados. O que isto significa?
Significa que, a água que temos no planeta Terra é esta água que temos, que vemos. Se acabarmos com ela, não virá outra não.
E a chuva? A chuva é resultado da evaporação da água que está no solo e evapora. Já ouviu falar em chuva ácida?
E os alimentos? E o oxigênio? E animais, plantas, tudo isto é recurso limitado.
Então é melhor preservarmos e é bom que se comece agora.
É preciso protestar contra o erro, apontar que está agindo de forma errada. Mas precisamos olhar para nós mesmos, ver o que cada um pode fazer.
Na hora do banho, a água que escorre para o ralo, misturada ao sabonete, ao shampoo, para onde vai esta água?

Fonte: Virtual Lost

Imagem: Wikimedia Commons

domingo, 14 de novembro de 2010

O Papel Ecológico das Formigas

Todo organismo vivente tem alguma importância para seu ecossistema, pelo simples fato de existir e por sua interação ativa com, ao menos, parte do seu ambiente. A importância ecológica é maior para aquelas espécies que afetam intensamente seu ambiente (o homem, por exemplo) ou para aquelas que estão presentes com um grande número de indivíduos, uma grande biomassa ou por sua distribuição constante e abundante em todos os ecossistemas. As formigas estão presentes em todos os ecossistemas conhecidos com exceção dos sistemas polares e das regiões marinhas ou com neve contínua. São encontradas em todos os continentes (exceto na Antártida) e em todos os ecossistemas terrestres de importância biológica. Estão catalogadas até o momento 11.832 espécies com uma estimativa de mais de 21.000 espécies existentes, representando 10-25% da biomassa animal.
  • A Cadeia Trófica
    Em todo ecossistema terrestre existe, pelo menos, uma cadeia trófica, na qual cada organismo ocupa um lugar. Organismos que realizam a fotossíntese, como os vegetais, servem de alimento aos animais herbívoros que, por sua vez, são consumidos por outros predadores carnívoros, e todos eles, uma vez mortos, podem servir de alimento a organismos decompositores. As formigas estão presentes em várias partes da cadeia. Existem espécies herbívoras, carnívoras e detritívoras.
  • Seu Efeito Sobre um Ecossistema
    Devido às várias posições que podem ocupar na cadeia trófica, o efeito das formigas sobre um ecossistema pode ser muito variado. No caso das espécies herbívoras, isto é, cortadeiras que cultivam um fungo simbionte, é conhecido que sua atividade cortadora nem sempre é negativa sobre a flora. Como estas espécies cortam, geralmente, partes específicas de plantas, podem regular o crescimento diferencial em uma mesma planta ou entre diferentes espécies de plantas, acelerando o crescimento de flores, por exemplo, ou de espécies vegetais específicas. Por sua vez, estas formigas acumulam grande quantidade de nutrientes em um só lugar, permitindo o crescimento de certos vegetais que não podem sobreviver em solo pobre dos arredores, exercendo desta forma, o papel de recicladores de nutrientes.
    Todas as espécies com ninhos terrestres devem concentrar de uma forma ou de outra nutrientes, agindo na reciclagem de nutrientes. Inclusive as espécies arbóreas também agem desta forma, de tal sorte que várias plantas desenvolvem mecanismos durante seu processo evolutivo para atrair certas espécies de formigas, para que estas produzam nutrientes para a planta através de seus restos alimentares. Estas plantas se chamam "plantas alimentadas por formigas" ou "ant-fed-plants". Muitas vezes, as formigas só promovem umidade para a planta; é de se esperar que em todos os casos ajudem a prover minerais, nitrogênio e outros nutrientes para a planta. Os ninhos de formigas sobre árvores chegam a formar verdadeiros jardins (jardins de formigas), com várias espécies vegetais habitando sobre o formigueiro, dando, com suas raízes, sustento físico ao ninho.
Formigas como predadores
Sem dúvida, outro efeito importante das formigas sobre um ecossistema é a predação sobre outros insetos e artrópodos. Algumas espécies são muito eficientes como predadoras. É o caso das formigas-de-correição que arrasam com toda a fauna de uma zona, obrigando a colônia a migrar continuamente em busca de novos ambientes. A pressão depredadora destas e de outras formigas é tão importante que muitos organismos têm desenvolvido, durante sua evolução, mecanismos de defesa específicos contra formigas. É o caso de muitas vespas, cupins, mariposas e plantas.
Existem organismos que aproveitam a capacidade predadora das formigas para benefício próprio. Assim, se sabe de aves que convivem com formigas que as defendem contra outros inimigos e parasitas, ou ainda que seguem as trilhas exploradas pelas formigas-de-correição, alimentando-se dos insetos e artrópodos que fogem destas. Muitas plantas atraem as formigas para que as defendam de herbívoros e, inclusive, de plantas epífitas e trepadeiras. A relação formiga-planta pode ser muito complexa. Conhecemos plantas que produzem nectários extra-florais, cavidades para alojar ninho de formigas e outros artifícios para atrair os insetos. A ajuda que provêm das formigas a estas plantas é, às vezes, tão importante, que a planta raramente sobrevive na ausência da formiga 
Fonte: Ceplac
Imagem: Wikipédia

Descarte certo

Com atitude e consciência, podemos combater o excesso de lixo tóxico que vem provocando danos à saúde do planeta

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Sabe aquela geladeira antiga que você não usa mais? Ou mesmo os aparelhos eletrônicos deixados de lado? Ah, sem contar as pilhas e baterias aposentadas e os remédios vencidos? Se não bastasse a dúvida sobre o que fazer com essas coisas todas, ainda temos de tratá-las com cuidados especiais. “Por conterem substâncias tóxicas, quando descartados de forma incorreta no meio ambiente, esses e outros itens, como óleo de cozinha e lâmpadas, contaminam o solo e a água”, explica a doutora em engenharia química Carolina Afonso Pinto, formada pela Universidade de São Paulo (USP).

“Para quem não recebe água tratada, a opção é captar de rios ou do lençol freático através de poços artesanais. É aí que mora o perigo”, alerta. Como a maioria desses objetos ainda é eliminada junto com o lixo comum nos chamados “lixões”, o impacto é certeiro. “Não há nenhum controle sobre eles, o que amplia a proliferação de gases tóxicos e líquidos poluentes, como o chorume. O resultado são as doenças, além de solo e ar poluídos”, declara Jorge Tenório, professor titular de engenharia de materiais da Universidade de São Paulo (USP). Como isso pode se agravar e nos trazer problemas futuros? Basta olhar ao redor e ver a multidão de pessoas consumindo sem parar. E o pior: sem saber o que fazer com o que possuem. “Produzimos três vezes mais lixo eletrônico do que lixo comum, que já é insustentável ao planeta”, fala Heloisa Mello, diretora de operações do Instituto Akatu, em São Paulo.

“Consumimos 30% além do que o mundo pode renovar, por isso entramos em uma espécie de cheque especial para sobreviver”, conta Heloisa. Exagero? Não quando observamos a quantidade de novidades lançadas a cada dia. “O consumo hoje é descartável. Os produtos têm pouca durabilidade e essa troca é intensa e rápida”, completa. O alerta nos convida a uma reflexão sobre o futuro de nossas ações daqui para frente. “Não podemos deixar para quando sentirmos na pele o problema. É melhor prevenir do que ter de tomar medidas mais duras depois”, reforça Dinah Monteiro Lessa, diretora do Instituto Recicle, em São Paulo.

CONSUMO CONSCIENTE
Pare e pense em quantos objetos você compra, usa e joga for a diariamente. Saberia dizer quais eram realmente necessários? Você usou-os no mesmo instante ou só depois de semanas ou meses? Essas perguntas podem até parecer simples, mas ajudam muito na hora da decisão. “Devemos pensar no descarte assim que escolhemos o produto”, avisa Heloisa Mello. “O ideal é priorizar os que tenham durabilidade e uso imediato.

Além disso, dê preferência às empresas que os fabricam com sustentabilidade”, reforça Dinah Monteiro Lessa. Por exemplo, observar se as embalagens são feitas de materiais recicláveis e se a empresa as recolhe quando perdem a utilidade já ajuda nessa missão. “As pequenas atitudes individuais resultarão em grande diferença. Se cada um fizer a sua parte, a consequência será gigantesca”, ressalta Heloisa Mello.

O esforço de todos colabora e, com a nova lei de resíduos sólidos, o caminho começa a ser traçado de forma mais rápida. Agora, os fabricantes de eletrônicos, eletrodomésticos,lâmpadas, óleos lubrificantes, pilhas e baterias deverão recolher seus produtos após o término de sua vida útil. Nas páginas a seguir,você verá como descartar de forma adequada todos os tipos de lixo tóxico, incluindo os remédios. Veja aqui algumas indicações e consulte no site da revista Bons Fluidos uma lista mais ampla dos locais que recebem esses materiais.

CADA UM NO SEU LUGAR
PILHAS E BATERIAS
Se fizer um passeio rápido pela sua casa e visitar quartos, cozinha, sala e banheiro, talvez você não perceba que todos esses ambientes têm objetos que trazem algo em comum: pilhas ou baterias. Independentemente do tipo ou do tamanho, o estrago que esses itens causam à natureza e ao homem vem dos metais cádmio, chumbo e mercúrio. Quando entram em contato com o solo, a contaminação é certa e se estende às plantas e animais que vivem nesses locais. O mesmo raciocínio vale para nós, uma vez que, eventualmente, podemos ingerir alimentos contaminados em algum momento da cadeia produtiva.
Onde estão: controles remotos, filmadoras, máquinas fotográficas, telefones fixos e sem fio, celulares, mp3s, barbeadores, brinquedos, lanternas, rádios, notebooks, calculadoras, aparelhos de DVD, relógios e outros produtos que usem pilhas ou baterias comuns e recarregáveis.
Como descartar: envolva a pilha ou a bateria em um saco plástico, separando-o do lixo comum, e deposite em postos de coleta específicos.

Patricia Bernal
Revista Bons Fluidos – 10/2010
 

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Consciência ecológica - “O homem é a coroa da criação"


O ser humano tem o sabor do oceano na lágrima. Na composição química do seu corpo estão todos os preciosos metais que compõem a Natureza. Ele tem a mesma proporção de líquido do Planeta Terra no seu corpo. Na formação de sua estrutura física e espiritual estão presentes os estados sólido, líquido e gasoso: natureza e homem são Universo-único verso de Deus!
Para Roger Garaudy "Crer que somos separados é que é ilusório. Os homens são como galhos de uma mesma árvore, ou como ondas de um mesmo Oceano". Roger denuncia na sua obra Apelo aos vivos, que "O homem violou três infinitos. O infinitamente pequeno: ao domar o átomo e liberar a sua fantástica energia; o infinitamente grande: ao transpor as barreiras da Terra, viajando pelo Cosmo; o infinitamente complexo: através da Cibernética".
Muito angustiado pelo avanço tecnológico, sem compromisso com a vida, ele desabafa: "Optar pela energia nuclear é assassinar nossos netos".
Xamã, um pagé americano, diz que ensina assim ao seu povo: Primeiro, a arte de escutar. Segundo: que tudo está ligado com tudo. Terceiro: que tudo está em transformação. Quarto: que a terra não é nossa, nós é quem somos da terra.
Jesus exclamou: "Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam... nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles." O Mestre aponta para a serenidade das flores do campo, como um atalho na busca do equilíbrio ecológico espiritual. As flores dão nomes a mulheres, homens, lugares, rios, países. As flores são alimentos e curam, também! Esse equilíbrio da alma vai se conseguir na medida em que brotarem nos canteiros do respeito as sementes da paz interior, da compaixão por si mesmo, pelo outro e pelo Universo.
Preservar é não desistir de lutar pela vida, é ajudar a garantir às gerações a dádiva de viver! O cidadão comprometido com a vida é capaz de interagir e ajudar a deter o poder de destruição ao redor, mesmo sem ter nas mãos as prometidas verbas públicas. Ele pode exercer a cidadania de uma forma pacífica, inteligente e gratuita: indignar-se.
Para preservar é preciso formar cidadãos sentinelas da vida, que saibam intervir no momento certo para se evitar o desperdício, o mau uso, o abuso, mas, sobretudo, formar o educador do meio ambiente, capaz de ensinar "a tempo e fora de tempo" como viver sem deixar um rastro de morte por onde passa.
É preciso formar educadores para assessorar a sociedade na administração do que herdou. O Brasil pode dar ao mundo um grande exemplo de fraternidade, ao propor um programa de reciclagem de vidas e a restauração do homem. Quando o homem desperdiça água, luz, árvores, pensamentos positivos, oportunidade de preservar-se, inteligência para interagir na preservação do Planeta, está adubando com a própria lágrima o terreno da morte para se destruir. Quando distribui lixo político, social, espiritual, emocional, e toda a espécie de ações inconseqüentes, está infectando o espaço, semeando transtornos. São crimes hediondos contra a vida.
A juventude recebeu de herança dos maus governantes, dos currículos indecentes, dos "educadores" dormentes e dos pais omissos, um grande e riquíssimo patrimônio... mal administrado, mal conservado, mal amado.
É urgente que se enfrente o maior desafio de todos os tempos: formar os valores que vão substituir as mentes destruidoras por aquelas que têm sensibilidade para amar e preservar. O slogan poderia ser: adote o seu planeta como bichinho de estimação. É um desafio educacional. "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo fim".

Autora: Ivone Boechat

Fonte: CENED Cursos



Imagem: Busca Google 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uma Estorinha Ecológica


Numa ilha das Antilhas grassou uma epidemia de malária e os especialistas identificaram, com facilidade a causa, era um mosquito, tipo do nosso pernilongo.

Fizeram, então, seus planos para a cura dos doentes, mas resolveram, também, atacar de frente a causa, pela eliminação total da praga causadora. A solução não deixou por menos na ação: dedetizar, por avião, toda a ilha.

Passaram rapidamente à decisão tomada e aviões, em todas as direções, pulverizaram todos os recantos da dita ilha. Não sobrou um mosquito para contar a estória.

Passado algum tempo, os nativos começaram a notar dois fatos: os lagartos que existiam na ilha, em número razoável, apresentavam um aspecto de sonolência, como se estivessem bêbados e não reagiam com rapidez à aproximação do homem, como era praxe, e ainda que, o número deles começava a rarear.

Novamente, devido àquele fato estranho, reuniram-se os especialistas e chegaram à conclusão, após observarem em paralelo, também um número exagerado de "óbitos" na população de gatos. Os gatos comem normalmente os lagartos e como esses lagartos estavam sem sua reação de autodefesa, os gatos os pegavam com facilidade, e se os gatos estavam morrendo, era porque os lagartos estavam envenenados, e se estavam envenenados era porque o seu alimento natural (os mosquitos) estavam envenenados com o DDT.

Enquanto os luminares da terra conjecturavam da importância desses fatos, começaram a notar que seus celeiros de grãos e suas casas estavam sofrendo ataques ferozes de ratos. A população de ratos na ilha crescia assustadoramente, porque faltava, agora, na ilha, seu predador natural, o gato.

Novamente, as cabeças pensantes se reuniram e decidiram que a solução seria colocar em toda a ilha iscas para os ratos. Aí, alguém de bom senso se levantou e pediu a palavra: Alto lá! Se fizermos isso não saberemos as conseqüências, poderemos estar envolvendo outros animais, inclusive porcos, galinhas etc. e com isso, nós mesmos sofreremos na pele. Todos concordaram e a idéia morreu. Que fazer então? Brilhante conclusão: vamos importar gatos! E como importaram! Navios vinham apinhados de bichanos e a ilha, finalmente, readquiriu sua população "gatal". Não demorou muito, a população de ratos começou a não incomodar.

Passado um ano, começou-se a notar um outro fenômeno diferente: as choupanas dos habitantes, feitas de madeira e palha, começavam a desabar. Fácil ver, era cupim que não acabava mais. Por que tanto cupim? Indagavam-se os habitantes da ilha. Alguém, brilhantemente, concluiu: falta o seu predador natural, o lagarto.

Conclusão: começaram a importar lagartos em larga escala.

Moral da estória: O ciclo natural pode ser quebrado pelo homem, mas a Natureza dá o troco.


Autor: Gil Portugal

Fonte: HP Gil Portugal


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como é feito um transplante de árvore?

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Cortando as raízes da planta, içando-a com um guindaste e levando a galhosa para sua casa nova. Esse processo pode ser feito tanto com árvores pequenas como com as que já estão adultas e pesam mais. É comum ver transplantes que ultrapassam 20 tonelada

Atualmente, um dos principais motivos para transportar uma árvore de um lugar a outro é a urbanização, que tira as plantas do caminho de obras. Pode parecer simples, mas a transferência exige muito cuidado, já que a árvore pode ser danificada e até morrer em um procedimento malfeito. Em alguns estados existe até uma lei exigindo que, caso a árvore não sobreviva, o responsável compense a perda com outras mudas. Por isso, para evitar transtornos, o ideal é planejar tudo com antecedência, para que as novas raízes tenham tempo de crescer - o que facilita a adaptação da planta ao novo habitat.

VIDA NÔMADE

Para se fixar bem na nova terra, a árvore precisa de um corte especial nas raízes e ser plantada na mesma posição:

1. Meses antes do transplante, é preciso cavar um círculo ao redor da árvore (com pás ou escavadeira) com cerca de seis vezes o diâmetro do tronco. A cavidade pode ter, em média, 60 cm de profundidade, já que as raízes principais estão mais próximas à superfície

 

2. As raízes são cortadas com serrote de poda, instrumento específico para esse tipo de procedimento. Com o círculo já escavado e as raízes serradas, é preciso jogar terra úmida e muito adubo na valeta, além de regar o local com frequência, dia sim, dia não

 

3. Após seis meses, novas raízes começam a brotar e a árvore está pronta para o transplante. O torrão - bloco de terra e raízes - é embalado antes da mudança. Quando não há preparação, o torrão e as folhas são borrifados com uma mistura viscosa que mantém a planta nutrida

 

4. O torrão é embalado com saco de juta, que é biodegradável e não precisa ser retirado na hora em que a árvore é recolocada no solo. Até dá para usar outros materiais, como saco de plástico, por exemplo, mas aí é preciso retirá-los antes de replantar

 

5. Cabos de aço envolvem o torrão, e cabos extras são amarrados nos galhos para equilibrar a árvore enquanto ela estiver no ar. Ela é içada por um guindaste e viaja até o seu destino. O novo local deve ter o solo fofo, adubado e irrigado

 
6. Se o trajeto for longo, um caminhão é utilizado no transporte. É importante plantar a árvore na mesma posição em que ela foi retirada, já que foi assim que ela cresceu e se adaptou ao ambiente


7. Como as raízes ainda não estão fixadas, a árvore recebe escoras de madeira para resistir aos ventos. Essa estrutura de apoio fica até que a árvore se adapte, ganhe força e se sustente sozinha. Isso pode demorar, em média, um ano

Consultoria Demóstenes Silva Filho, professor de silvicultura urbana da Esalq-USP; Josué Borges, diretor técnico da Technoplanta; Marcelo Urtado, engenheiro agrônomo


Veja o artigo com imagens

Fonte: Planeta Sustentável

domingo, 7 de novembro de 2010

A persistência e a violência

 O vento e o sol discutiam sobre quem era mais forte. Olhando para a terra, viram um homem caminhando, vestindo seu casaco. O vento desafiou:
- Quem de nós o fizer retirar o casaco é o mais forte.
Concordando, o sol pediu que o vento agisse primeiro.
E ele fez o que sabia fazer: soprar. Soprou forte. O homem, sentindo frio, abotoou o casaco. Ele soprou mais forte ainda, com violência, e o homem, fechando ainda mais a vestimenta, encolheu-se todo. Constatando que, quanto mais violento, menos chances de fazê-lo despir-se, parou de soprar.
Foi, então, a vez do sol.
A princípio, o sol brilhou fracamente. O homem endireitou o corpo. Em seguida, brilhou mais forte. O homem desabotoou o casaco. Por fim, brilhou com grande intensidade. O caminhante, encalorado, retirou o casaco completamente.
- Você é o mais forte – admitiu o vento.
- Não – respondeu o sol – sou apenas o mais persistente.
A humanidade está diante de uma encruzilhada civilizatória. Nosso modelo de civilização parece ter esgotado as chances de manter o planeta ambientalmente equilibrado.
O progresso que a maior parte do mundo persegue é o bem-sucedido padrão norte-americano de consumo. O mesmo que faz seus 350 milhões de habitantes consumirem 25% da energia e matérias-primas produzidas na Terra. É fácil entender que, se todas as pessoas tivessem este padrão, o planeta suportaria só 1,4 bilhões delas. Entretanto, já somos mais de 6,5 bilhões! Mesmo assim, as pessoas perseguem este padrão. Ele não é matematicamente possível, mas é o padrão desejado.
Além de não ser aritmeticamente viável, este modelo é competitivo, é excludente, é gerador de misérias e mazelas sociais; é intrinsecamente pernicioso porque descarta os que não se enquadram; intrinsecamente mau porque alija os que não o reproduzem; é predador dos recursos naturais, é produtor de passivos ambientais, é uma ameaça à integridade física e biológica do planeta. Mesmo assim, é desejado com um fervor religioso.
O modelo de civilização buscado pela maioria não garante a permanência da maioria no planeta. Por isso, estamos diante de uma crise civilizatória.
Diante de crise de tamanhas proporções, é preciso insistir em um outro padrão de comportamento. Um padrão que, em vez de competitivo, seja solidário. Em vez de excluir, inclua. Em vez de gerar misérias e mazelas sociais, promova o desenvolvimento individual e coletivo. Em vez de descartar quem não se enquadra, garanta chances desiguais aos desiguais. Em vez de alijar os que não o reproduzem, valorize aqueles que apontam caminhos diferentes. Em vez de predar, poupe os recursos naturais. Em vez de produzir passivos ambientais, produza alternativas naturais. Em vez de ameaçar o planeta, coloque-se ao lado dele.
E não adianta, como o vento, usar a violência para que tais padrões estabeleçam-se. Como o sol, é preciso persistência.
Ser persistente na defesa da solidariedade. Persistente na busca da inclusão. Persistente na construção do desenvolvimento individual e coletivo. Persistente na tolerância para com os desiguais. Persistente na valorização dos que pensam diferente. Persistente, enfim, na busca de um novo modelo civilizatório que, sem perder o dom de produzir cultura, nos faça voltar a conviver com o mundo natural.
Em verdade, a crise civilizatória é uma crise de valores morais. A natureza venceu. É preciso admitir. É hora de substituir a velha moral humana por princípios naturais. Mesmo que não o façamos pelo mundo natural; que o façamos apenas por nós. Por nossa exclusiva sobrevivência.
A natureza já teve paciência demais.

Autor: Luiz Eduardo Cheida 
- cheida@alep.pr.gov.br 

Fonte: EcoTerra Brasil

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Toque de Recolher


 A velocidade é a nova pandemia que faz adoecer os humanos do século XXI.
Infectados pelos males da rapidez, também fazemos adoecer, no mundo natural, tudo aquilo que conseguimos tocar.

A sociedade do fast-food, em nome da rapidez, determina que o amadurecimento daquilo que nos alimenta seja mais curto. Encurtar o ciclo das frutas, abreviar o amadurecimento dos legumes, diminuir o tempo de vida dos animais que nos dão a carne, fenecer com avidez as verduras. Mexemos com a vida ao sabor de nosso apetite.

A sociedade de mercado determina que a produção de cereais seja maior. Há um campeonato a ser jogado, e no afã de chegar em primeiro, ganha aquele que aumentar mais a produção. Mas, nesse esporte o dopping é permitido.
Aceitam-se compostos químicos que, com suas moléculas high-tech, arrasam outras formas de vida. Para ter rapidez, eliminam-se competidores e predadores. Turbinar o concorrente com venenos, aqui, não é imoral, inda que isso custe o equilíbrio do local. Até porque, se duplicamos a safra, tudo se justifica. Afinal, o equilíbrio pretendido não é o ambiental e sim o da balança comercial.

Mexemos com a vida ao sabor de nossa ganância.

E assim, a vida gira, gira, gira. E o tempo passa, passa, passa. E a luz está acesa para que a galinha bote sem descanso. E os campos, revolvidos, produzindo o tempo todo. E a máquina, azeitada, repetindo movimentos por toda a eternidade...

Contrariamente ao frenesi humano, o resto da natureza segue seu curso. A uma estação sucede-se outra.  De velocidade diferente.

O outono, que sucedeu o verão, já chegou. É a estação das grandes colheitas; dos dias e noites de mesma duração; é, como dizem, quando a seiva das plantas começa caminhar para a raiz, para o seu recolhimento.

O ciclo da vida comporta descanso. Nada na natureza é artificialmente contínuo como o homem dá a entender. A um período mais ativo, segue -se um período de descanso. A natureza descansa. As pessoas também deveriam se acalmar. Como a natureza, deveriam retirar a pressa.

Ao outono, sucede o inverno.

- É frio, hein padrinho?

Pois então, como a seiva, recolha-se. Ou sente-se e leia. Ou durma mais cedo. Recarregue-se... Assim, quando chegar a primavera, você volta para o sol e floresce de novo!

Não é bom correr tanto. Quem vive tudo agora, tem que antecipar o futuro. Gastando o futuro agora, fica-se sem ele para depois. Sem futuro para ir, nada mais fará sentido.

Para esta sociedade estressada, é preciso um toque de recolher. De minha parte, na flor de meus 53 anos, assim expresso meu propósito:
Outonou meu
Verão
Os que viverem
Verão
Outro tom
Outro eu.

Autor: Luiz Eduardo Cheida - cheida@alep.pr.gov.br
Fonte: EcoTerra Brasil

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Àrvore é vida!

Nascentes Coribe-BA


Árvore é vida. Oxigênio. Pulmão do planeta!
A árvore é parte da natureza distribuindo
beleza e riqueza para nossos dias.
Formando bosques! Distribuindo alegria!
Transformadoras do universo! Magia da vida!
Aliviando as dores da alma com todo o seu
esplendor. As árvores respiram.
São filhas de Deus. Fonte de amor!
Seres vivos que nos protegem dos raios
de sol e nos protegem fazendo uma sombra
gostosa e acolhedora, refrescando nossos corpos,
cansados e suados, pedindo um descanso.
Árvore é proteção. Protege o solo, os rios e
preservam o ser humano, melhorando a qualidade
de vida e preservando o ambiente!
Como as árvores são importantes! Lindas!
Graciosas. Envolventes! Algumas enormes.
Outras, pequeninas. Videira! Mangueira!
Abacateiro! Cajueiro!
Plantar árvore é plantar vida! É ajudar a preservar
a natureza, mantendo o equilíbrio ecológico
do nosso querido planeta que nos acolhe e protege
todos os dias da nossa existência!

Autor do Poema: 
Antonio Marcos Pires  



Foto: Mikaelli Andrade 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Por que insistimos em contaminar os nossos rios?

“É aí que mora o problema. A ação do homem é perigosa”

Observamos que depois de anos de agressão ao solo, começamos a refletir sobre nossas atitudes e atividades de contaminação ao solo. Porém, ainda fazemos pouco para recuperar os solos das nossas regiões. A poluição do solo é a contaminação da camada superficial da crosta terrestre. Esta contaminação se dá pela irresponsabilidade dos seres humanos, os quais acreditam que podem causar malefícios ao meio ambiente em geral através de elementos químicos, resíduos, lixos, esgotos industriais, garrafas, enfim resíduos de forma geral. Devemos especificar que existem muitos tipos de poluição do solo, porém iremos mencionar dois tipos que seriam a contaminação urbana, e a contaminação do solo em áreas rurais. Temos como exemplo de contaminação ao solo rural os agrotóxicos, curtumes, cana-de-açúcar que são considerados subprodutos. Aqui nos encontramos em um dilema, pois sabemos que uma produção agrícola sem agrotóxicos, esta seria mais saudável, além de proteger o solo e ainda estaria visando o bem estar da saúde humana. O que devemos faz? Quais políticas de prevenção alimentar deveríamos adotar? São reflexões que não podemos deixar de fazer, além disto devemos tomar medidas concretas no combate contra o crime ambiental, como um todo.
 
CONCLUSÃO
Conclui-se que muito já foi feito para reeducar a sociedade na perspectiva da temática educação ambiental. Mas, sabemos, que um fator para esta falta de conscientização é o crescimento urbano populacional de forma desenfreada sem políticas públicas de conservação e prevenção do meio ambiente, consequentemente do solo regional. A sociedade vive uma crise ambiental jamais vista pelo fato que esta mesma sociedade propõe medidas paliativas de inibição ao crime contra o ecossistema. Mas a mesma sociedade precursora desta destruição ambiental, em busca de um prazer instantâneo. Portanto somos convidados a refletirmos sobre a nossa contribuição para a preservação do meio ambiente através de ações públicas coerente com a proposta da educação ambiental.

Leia o texto completo

Autores:
SILVA, Marco Aurélio da
KAYSER, Aristéia Mariane

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