Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

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"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Águia-cinzenta: naturalmente bela e rara



A águia-cinzenta é muito rara em toda a sua distribuição, sendo dificilmente encontrada mesmo em seus habitats preferenciais.

A águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus) é um gavião campestre de grande porte que chega a pesar 3 quilos e atingir 85 centímetros. A ave imponente costuma ter hábitos solitários. É encontrada em casais apenas nos períodos reprodutivos.

Com um temperamento forte,  observa a movimentação do alto das árvores. Para fazer o ninho, a águia utiliza galhos secos na borda de veredas, onde encuba apenas um ovo.  Após o nascimento, os filhotinhos ficam sob os cuidados de suas mães por seis meses.

A alimentação do poderoso gavião é constituída por animais de médio porte. Na dieta do predador é possível encontrar gambás, lebres, ratos silvestres, aves e répteis. A ave tem uma excelente visão e pode enxergar outro animal a cerca de 400 metros de altura.

A espécie apresenta uma distribuição bastante ampla, que vai desde desde o Rio Grande do Sul até o norte de Mato Grosso e sul do Pará e Maranhão. Também pode ser encontrada da Argentina à Bolívia. No entanto, a águia-cinzenta é muito rara em toda a sua distribuição, sendo dificilmente encontrada mesmo em seus habitats preferenciais.

Porque será que um animal tão forte pode desaparecer?

Ameaças


A águia-cinzenta é um falconiforme raro por natureza. A ordem dos falconiformes contém apenas cerca de 300 espécies. A águia-cinzenta é de porte avantajado, e necessita de presas e áreas grandes para constituir territórios de alimentação e reprodução. Por preferir habitats abertos ou semi-florestados, acaba se tornando alvo fácil de caça, principalmente de fazendeiros, devido a eventuais ataques da águia aos animais de criação. Mas o principal motivo de ameaça à espécie é o avanço da agricultura e descaracterização de seus habitats originais. A alta degradação do Cerrado, bioma com as maiores populações da espécie, é um fator que coloca em risco a existência da águia-cinzenta.

A criação de mosaicos de Unidades de Conservação, o planejamento do uso do solo e a manutenção de reservas legais e áreas de proteção permanentes podem ser opções efetivas. Também é imprescindível diminuir a perseguição e abate de indivíduos por meio de fiscalização e educação ambiental. Finalmente, é essencial que se estabeleça um programa de conservação ex situ para a espécie, antes que sua população atinja níveis críticos.

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, MMA.

(Envolverde/WWF-Brasil)

© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DOS MORCEGOS PARA O MEIO AMBIENTE E PARA O HOMEM


File:Morcego da Fruta (ANG).jpg

Quando conhecemos o verdadeiro papel dos quirópteros na natureza e também em atividades e processos relacionados ao bem-estar humano, torna-se fundamental divulgarmos tais informações para o maior número possível de pessoas.


- 70% dos morcegos são insetívoros. Setenta por cento das 1.200 espécies ocorrentes no planeta são insetívoras, e dependendo da espécie, cada indivíduo come até quinhentos insetos por hora e três mil por noite. O mito do "morcego vampiro", que se alimenta de sangue, está restrito, portanto, a um percentual muito pequeno dentre as 1.200 espécies de morcegos: deste total, apenas três espécies são hematófogas.

- Bioindicadores ambientais. Morcegos são excelentes bioindicadores da qualidade da preservação ambiental, da situação atual de um ecossistema, pelo fato de algumas espécies serem sensíveis às mudanças ambientais.

- Controle biológico natural na lavoura. Morcegos podem atuar como controladores de pragas na agricultura. O grande número de espécies insetívoras de morcegos é responsável por uma grande redução no uso de produtos químicos nas plantações, gerando como resultado um ambiente mais saudável e alimentos de melhor qualidade, mais ecológicos.

- Polinização de plantas. As plantas que são polinizadas e dispersas por morcegos produzem mais de 450 produtos de importância econômica, tais como alimentos, remédios e muito mais. Algumas espécies vegetais, inclusive no Brasil, só são polinizadas através de morcegos.

- Florestamento e regeneração de florestas. As espécies frugívoras são responsáveis pela ampliação de áreas florestadas e também colaboram na regeneração de ambientes florestais.

- Adubo. Atualmente em menor intensidade, mas há países onde ainda se utiliza fezes de algumas espécies de morcegos como adubo, considerado de ótima qualidade.

- Medicamentos. Uma substância presente na saliva do morcego hematófago Desmodus rotundus tem sido cada vez mais utilizada na fabricação de medicamentos e na cura de problemas cardiovasculares. A substância em questão possui um grande poder anticoagulante.

- Radares e sonares. Grande parte das pesquisas feitas até hoje para o desenvolvimento de radares e sonares sempre tiveram nos morcegos, junto com golfinhos, os principais agentes das experiências.

- Turismo ecológico. Numa época quando cada vez mais se estimula o turismo ecológico, exemplos como o do município de Austin, no Texas (EUA), dentre outros, tende a ser multiplicado. Em Austin, ao final da tarde, dezenas ou centenas de turistas e moradores da cidade dirigem-se para a maior ponte da cidade e observam a saída de milhares de morcegos insetívoros para a caça de suas presas. Este fenômeno é uma atração turística da cidade há mais de 10 anos.

- Presença simbólica em culturas e civilizações. Morcegos são (ou foram) importantes em culturas e civilizações de todos os continentes, há muitos séculos, dentre elas as civilizações maia, chinesa, mexicana, índios da Região Norte do Brasil.

- Cadeias alimentares. Morcegos são componentes fundamentais de muitas cadeias alimentares, tanto na condição de presas, quanto na de predadores. Em algumas cavernas, é devido à presença dos quirópteros que se torna possível a existência de outras espécies animais que se alimentam de restos alimentares que os morcegos deixam cair no chão, assim como também se alimentam de fezes de morcegos.

- Fonte de alimento humano. Em algumas regiões da África e da Ásia, durante certos períodos do ano, morcegos são importantes na alimentação diária destas populações humanas, quando a oferta de alimentos oriundos da agricultura é reduzida ou ausente.

- Comedores de baratas e mosquitos. Entre as espécies predadas pelos morcegos, encontramos mosquitos e baratas.

- Insumos industriais. Algumas bactérias das fezes dos morcegos são usadas na produção de enzimas utilizadas na destoxificação de restos industriais, na produção de inseticidas naturais e de detergentes, e na transformação de resíduos em álcool.

Fonte:Redator
Imagem:
Wikimedia Commons

domingo, 26 de setembro de 2010

A VIDA DAS ABELHAS OPERÁRIAS

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/de/Abelha_px_Cp_St_Crz_REFON_.JPGA abelha operária é uma verdadeira “carregadora de piano”. Afinal ela é responsável por todo trabalho realizado no interior da colméia, exceção feita à postura de ovos, atividade exclusiva da rainha. As abelhas operárias encarregam-se da higiene da colméia, garantem o alimento e a água de que a colônia necessita, coletando pólen e néctar, produzem a cera com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família. Além destas atividades, as operárias ainda mantêm uma temperatura estável, entre 33º e 36ºC, no interior da colméia, produzem e estocam o MEL que assegura a alimentação da colônia, aquecem as larvas (crias) com o próprio corpo em dias frios e elaboram a PRÓPOLIS, substância processada a partir de resinas vegetais, utilizadas para desinfetar favos, paredes , vedar frestas e fixar peças, na colméia.
As abelhas operárias nascem 21 dias após a postura do ovo e podem viver até seis meses, em situações excepcionais de pouca atividade. O seu ciclo de vida normal não ultrapassa os 60 dias.
Mas apesar de curta, a vida das operárias é das mais intensas. E esta atividade já começa momentos após seu nascimento, quando ela executa o trabalho de faxina, limpando, alvéolos, assoalho e paredes da colméia. Daí a denominação de faxineira. A partir do quarto dia de vida, a operária começa a trabalhar na “cozinha” da colméia com o desenvolvimento de suas glândulas hipofaríngeas, ela passa a alimentar as larvas da colméia e sua RAINHA. Chamadas neste período de sua vida, que vai do 4º  ao 14º dia, de nutrizes, essas abelhas ingerem pólen, mel e água, misturando estes ingredientes em seu estômago. Em seguida, esta mistura que passou por uma série de transformações químicas, é regurgitada nos alvéolos em que existam larvas. Esta mistura servirá de alimento às abelhas por nascer.E, com o desenvolvimento das glândulas hipofaríngeas, produtoras de geléia real, as operárias passam a alimentar também a RAINHA, que  se alimenta exclusivamente desta substância.
De nutrizes, as operárias são promovidas a engenheiras, a partir do desenvolvimento de suas glândulas cerígenas, o que acontece por volta do seu nono dia de vida. Com a cera produzida por estas glândulas, as abelhas engenheiras constroem os favos e paredes da colméia e operculam, isto é, fecham as células que contêm MEL maduro ou larvas. Além  deste trabalho, estas abelhas passam a produzir Mel, transformando o néctar das flores que é trazido por suas companheiras. Até esta fase, as operárias não voam, e ficam somente na colméia.
A partir do 21º dia de vida, as operárias passam por nova transformação: elas abandonam os trabalhos internos na colméia e se dedicam à coleta de água, néctar, pólen e própolis, e à defesa da colônia. Nesta fase, que é a última de sua existência, as operárias são conhecidas como campeiras.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Caju para escovar os dentes?

File:Cashew Brazil fruit 3.pngHoje o assunto é a versatilidade do caju, que tanto serve como cosmético, contra micoses e acne, como gel na prevenção da maldita placa bacteriana. E da resina de cajueiro ainda se fazem sensores de laboratório, bons para detectar coisas tão diferentes quanto poluentes na água e níveis de dopamina, um neurotransmissor que revela se o paciente está ou não desenvolvendo Alzheimer e Parkinson.

A castanha de caju, torrada e salgada, é o principal produto comercial extraído do cajueiro. Mas, nem de longe, é a única riqueza obtida dessa planta nativa, originária do Nordeste brasileiro, cientificamente chamada Anacardium occidentale. A par dos tradicionais sucos, doces e da goma – utilizada como espessante e estabilizante em diversos alimentos – a versatilidade do caju ramifica-se pelo universo dos laboratórios, além de render patentes de cosmecêuticos (ou seja, de cosméticos com função de medicamento).

Uma dessas patentes – e talvez a ação mais notável de substâncias presentes no caju – é a de um gel para combater a placa bacteriana.

“Identificamos atividades antimicrobianas de substâncias extraídas do caju-roxo e testamos diversos produtos dermatológicos e tópicos bucais”, conta Jane Sheila Higino, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Verificamos a inibição de bactérias e fungos, favorecendo os processos de cicatrização de ferimentos, de tratamento de micoses de pele e de redução de acne e furúnculos. E um dos resultados mais interessantes foi o de inibição da fixação de Streptococcus mutans na boca”.

A bactéria mencionada pela pesquisadora é uma das primeiras a aderir aos dentes, seguida de outros micro-organismos que, acumulados e fixados uns sobre os outros, dão origem à placa bacteriana. Ao evitar a fixação de S. mutans, o gel à base de caju interrompe todo o processo e previne a formação da placa.

Diante de tais resultados, outra pesquisadora integrante da equipe, Margareth Formiga de Melo Diniz, diretora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (CCS/UFPB), deu início ao desenvolvimento de um creme dental e um gel de uso preventivo, para escovação diária, e um deogel de tratamento, para ser usado com aplicador. As patentes já foram depositadas pelo Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da UFPB. Agora é questão da indústria se interessar para estes produtos chegarem ao consumidor final.

Esse mesmo cajueiro, que ‘descola’ placas bacterianas nas pesquisas do Nordeste, ainda serve para ‘colar’ filmes finíssimos, conforme estudos realizados na Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo. “A resina ou goma de caju contém grupamentos de substâncias químicas com as quais se produz uma solução carregada negativamente, que intercalamos com outros materiais”, conta Carla Eiras, da UFSCar.

O ‘sanduiche’ de materiais toma a forma de um filme positivo-negativo com espessura da ordem de nanômetros (um nanômetro = um metro dividido por um bilhão). E deste filme finíssimo se fazem sensores para diversas finalidades, semelhantes, por exemplo, aos testes domésticos de gravidez ou aos papeizinhos usados para medir acidez (pH).

Os sensores feitos com filmes à base de resina de caju já se mostraram eficientes na detecção da presença de fertilizantes com hidrazina em rios e lagos; em testes de contaminação da água com cromo 6, um poluente cancerígeno resultante do tratamento de couro, em indústrias de calçados; e na quantificação de níveis de dopamina em pacientes com suspeita dos males de Alzheimer e Parkinson.

“Acredito que possamos desenvolver, com a resina do cajueiro, um sensor para o neurotransmissor dopamina, semelhante ao que já existe para controle de diabetes, ou seja, portátil e de leitura digital”, afirma Carla Eiras. De quebra, ela ainda participa de uma avaliação da qualidade da resina, isolando, purificando e comparando o material colhido em uma floresta natural de caju com aquele proveniente de uma plantação.

Que todas estas pesquisas dêem frutos tão abundantes e substanciais quanto o nutritivo caju e sua valiosa castanha!

Fonte: Portal do Meio Ambiente 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pólen, Essencial para a vida

QUANDO chega a primavera, as abelhas ficam ocupadas e o pólen se espalha pelo ar. Para as pessoas que sofrem de alergias, o pólen mais parece uma maldição do que uma bênção. Mas antes de rejeitá-lo como apenas um incômodo da natureza, devemos ter em mente o papel importante que esse pó especial desempenha. Podemos ficar surpresos ao aprender o quanto nossa vida depende dele.
O que exatamente é o pólen? A The World Book Encyclopedia explica: “O pólen consiste em minúsculos grãos produzidos nos órgãos masculinos de plantas floríferas e coníferas.” Em termos simples, as plantas produzem pólen a fim de se reproduzir. Como sabemos, nos seres humanos o óvulo precisa ser fertilizado pelo espermatozóide para gerar uma criança. De forma similar, o órgão feminino de uma flor (pistilo) precisa do pólen de um órgão masculino (estame) para ser fertilizado e produzir fruto.
Os grãos de pólen são tão pequenos que dificilmente podem ser vistos a olho nu. No entanto, com um microscópio é possível não apenas vê-los, mas também perceber que o pólen de cada espécie de planta tem tamanho e formato próprios. E visto que o pólen não se decompõe facilmente, os cientistas muitas vezes estudam a “marca” exclusiva dos grãos de pólen que encontram em escavações. Assim, eles podem identificar plantas que as pessoas cultivavam séculos atrás. Outra particularidade importante é que as características de cada tipo de pólen permitem que as flores reconheçam o pólen de sua própria espécie.

A viagem do pólen

Muitas plantas dependem do ar para transportar o pólen que é liberado dos amentilhos ou estróbilos ao serem sacudidos pelo vento. A água também serve para transportar o pólen de algumas plantas aquáticas. Visto que a polinização pelo vento é um método de tentativa e erro, árvores e plantas que dependem dela produzem enormes quantidades de pólen.# Para as pessoas que sofrem de febre do feno, essa proliferação de pólen causa um grande desconforto.
Embora o vento ajude a polinizar muitos tipos de árvores e gramíneas, plantas floríferas que não existem em grande quantidade perto de outras da mesma espécie precisam de um método mais eficiente. Como o pólen dessas plantas chega a outras da mesma espécie que vivem a quilômetros de distância? Por meio de um serviço de entrega muito eficiente realizado por morcegos, pássaros e insetos. Mas claro que eles não transportam o pólen de uma flor para outra sem uma recompensa.
As flores oferecem néctar a esses polinizadores — um delicioso produto difícil de recusar. Quando um desses visitantes se aproxima para sugar o néctar, ele fica coberto de pólen. Daí, na busca por mais néctar, ele transporta o pólen para outra flor.
A maior parte da polinização é feita pelos insetos, em especial nos países de clima temperado. Eles visitam inúmeras flores todos os dias ao passo que se alimentam de néctar e pólen.A professora May Berenbaum explica: “É provável que a contribuição mais importante dos insetos à saúde e ao bem-estar dos seres humanos seja aquela pela qual eles recebem pouco crédito: a polinização.” Árvores frutíferas geralmente possuem flores que dependem da polinização cruzada para produzir uma boa safra. Assim, pode-se ver como o transporte do pólen é importante para o nosso bem-estar.

Fonte: http://www.watchtower.org
Imagem: http://commons.wikimedia.org

Lava Roupas ecológico é uma atitude a favor do meio ambiente


Comprar um produto que não polui o meio ambiente, que tenha rápida biodegradabilidade e que limpe até a sujeira mais pesada já é possível. A linha BioWash da Cassiopeia cuida da natureza e da sua família.

Para minimizar o impacto no meio ambiente, a Cassiopeia desenvolveu uma linha com produtos naturais e biodegradáveis, entre eles o exclusivo BioWash Lava Roupas em Pó e Líquido . Por ser natural composto por coco de babaçu e aloe vera, o impacto ambiental que causa é praticamente nulo.


O lava Roupas em Pó comum demora mais de 20 anos para se decompor no meio ambiente, enquanto os biodegradáveis da Cassiopéia, apenas 4 dias. O Lava Roupas Líquido ainda rende 12 lavagens em máquina de 8 quilos e dispensa o uso de amaciante

Ao adquirir os produtos da Linha BioWash você leva produtos ecologicamente corretos, de rápida biodegradação e alto poder de limpeza.

O BioWash Lava Roupas em Pó pode ser encontrado em duas versões, com fragrância de Capim limão e citronela ou sem fragrância.

Pacote com 500 gr - R$7,85 | Pacote com 1 Kg - R$14,02 | Lava Roupas Líquido 620 ml – R$ 9,22.

Cassiopeia - Surgiu em 1981, tendo como objetivo principal cuidar das pessoas e da natureza. Sendo assim, sempre produziu produtos com alta qualidade e biodegradáveis antes mesmo que isso fosse exigido por lei.

Hoje a empresa conta com um amplo catálogo de produtos 100% naturais e biodegradáveis. Entre as linhas disponíveis estão a Veraloe, produtos para tratamentos facial, corporal e capilar com origem 100% vegetal à base de Aloe e Vera. A linha Bio Wash composta por produtos de limpeza naturais e biodegradáveis e a linha Auxi, composta por produtos super concentrados que podem ser diluídos em água de acordo com a limpeza a ser feita.

"Quanto mais pessoas comprarem a ideia de utilizar produtos naturais, mais as futuras gerações ganharão qualidade de vida, pois teremos menos problemas de saúde, mais trabalho no campo e um planeta saudável. Todos aqueles que tiverem essa preocupação e efetivamente agirem em prol do planeta, ganharão uma consciência mais tranquila pelo esforço de tentar reverter um quadro cada vez mais alarmante: o aquecimento global em função da poluição", diz em nota a BioWash..



Fonte:Portal do Meio Ambiente

Carro elétrico brasileiro: será que agora vai?


Alguns meses atrás eu escrevi um artigo sugerindo a iniciativa de um grande empresário brasileiro, a exemplo do Eike Batista, para criar uma marca nacional de carro elétrico. Fiquei feliz ao tomar conhecimento, nesta última quarta (15/09), que o referido empresário planeja investir cerca de US$ 1 bilhão em uma unidade fabril em Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro, para a produção de veículos elétricos.


Caso ele, de fato, viabilize o projeto, o país terá muito a ganhar, pois além de dar importante contribuição para a redução de poluentes, se alinhará com uma tendência irreversível, que é a expansão do carro elétrico globalmente. Além disso, não podemos ficar de fora de tão importante segmento. Mas é bom não demorar muito, pois a indústria de autos elétricos está se desenvolvendo rapidamente, logo, entrar no mercado será muito mais desafiador.

É fato que a cada dia surgem novos investidores e já são muitos os modelos que ensaiam ir para as ruas. As grandes montadoras prometem dominar a produção de carros elétricos, mas não se pode desprezar pequenos fabricantes que estão surgindo com propostas mais enxutas e promessas de produto de ponta. O consumidor, seja lá de onde for, não vai pagar por tradição ou apelo nacionalista, mas sim, pela qualidade daquilo que estiver levando para a sua garagem.

O Sedan Coda é a novidade do momento

Aliás, nesta última sexta-feira (17/09), foi a vez de mais um fabricante anunciar o lançamento de seu carro elétrico nos Estados Unidos. Depois dos tão badalados Nissan Leaf e Chevrolet Volt, é a vez da CODA, fabricante americano localizado no Sul da Califórnia, anunciar que o seu primeiro carro, o Sedan Coda, para cinco passageiro, irá para as ruas ainda este ano.

O veículo está sendo produzido na China e montado nos Estados Unidos. Porém, há planos para construir uma fábrica em parceria com a Tesla, a leste da baia de São Francisco. Não se sabe ainda se a parceria prosperará, pois afinal de contas, a Tesla já tem parceria formalizada com a Toyota para o mercado americano. Mas seja lá qual for o desfecho, o fato é que mais um concorrente entra na briga pela disputa do segmento de carros elétricos no competitivo mercado americano.

Já por aqui, nos resta ficar na expectativa da materialização da notícia de que o Eike Batista criará uma marca nacional, fazendo do Brasil um grande fabricante de carros elétricos. Afinal de contas, somos uma economia forte e ocupamos posição de destaque no ranking dos maiores produtores de veículos do planeta. Vamos torcer para que o governo, com apoio do BNDS, possa ajudar o Brasil a realizar mais esta grande conquista que dará muitos empregos, alegrias e orgulho a nossa nação.

Pense nisso e ótima semana,

Autor:
Evaldo Costa
Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Escritor, consultor, conferencista e professor.

Fonte:Portal do Meio Ambiente

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O segredo por trás do bico do tucano


Há séculos os cientistas estão intrigados com a razão do bico do tucano ser tão incrivelmente grande, mas agora uma equipe de pesquisa pensa ter encontrado a resposta. Na revista científica Science os pesquisadores afirmam que o enorme bico do tucano serve como um radiador.
Com câmeras infravermelhas os cientistas observaram o animal dissipando calor através de seu bico, para ajudar a regular a temperatura de seu corpo.
O tucano tem o maior bico em relação ao tamanho do corpo do que qualquer outra ave, chegando a 1/3 do seu comprimento total.
Segredos quentes
Darwin pensava que o bico do tucano era usado para atrair o sexo oposto e outras idéias recentes vão desde descascar frutas até depredação de ninhos e alertas visuais.
Para investigação, pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e da Universidade Brock, no Canadá, analisaram o tucano toco (Ramphastos toco), que tem o maior bico de todas as espécies de tucanos.
Usando câmeras de infravermelho (visão térmica) para observar a ave, descobriram que a temperatura do bico dos tucanos varia de 10 a 35oC.
Se o ambiente esquentava o bico dos tucanos se aquecia em questão de minutos, funcionando como um radiador que dissipa o calor do corpo da ave, permitindo que ela permaneça resfriada.
O oposto também foi observado, pois quando as temperaturas são mais brandas pouco calor irradia através do bico, permitindo que a ave conserve o calor.
O bico do tucano tem uma rede de vasos sanguíneos que podem aumentar ou restringir o fluxo de sangue. Ao alterar este fluxo na superfície do bico os tucanos podem conservar ou liberar o calor corporal para se resfriarem.
A grande área do bico e o fato do mesmo não ser isolado significa que o fluxo de sangue ali leva à liberação de calor, resfriando a ave. Em seguida o calor é dissipado no ar.
Radiador eficaz
Outros animais também usan partes de seus corpos para regular a temperatura do corpo. Elefantes e coelhos irradiam calor através das suas orelhas para se resfriarem.
O estudo também mostrou que o tucano é extremamente eficaz para controlar a própria temperatura corporal com seu bico: O bico pode eliminar 100% do calor corporal ou apenas 5% caso o fluxo sanguíneo seja interrompido.
Os pesquisadores explicam que como as aves não suam, necessitam utilizar seus bicos para regular a temperatura corporal.
A equipe planeja estudar como outras aves regulam a temperatura corporal.

Fonte: HypeScience - A ciência é a grande estrela do mundo real

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A riqueza do umbuzeiro

File:Spondias tuberosa Umbu.jpg

ASPECTOS GERAIS E AGRONÔMICOS

O umbuzeiro ou imbuzeiro, Spondias tuberosa, L., Dicotyledoneae, Anacardiaceae, é originário dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro; nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba), Caatinga (Pernambuco e Bahia) a planta encontrou boas condições para seu desenvolvimento encontrando-se, em maior número, nos Cariris Velhos, seguindo desde o Piauí à Bahia e até norte de Minas Gerais. No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corruptelas da palavra tupi-guarani "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber". Pela importância de suas raízes foi chamada "árvore sagrada do Sertão" por Euclides da Cunha.

O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte em torno de 6m de altura, de tronco curto, esparramada, copa em forma de guarda-chuva com diâmetro de 10 a 15m projetando sombra densa sobre o solo, vida longa (100 anos), é planta xerófila. Suas raízes superficiais exploram 1m de profundidade, possuem um órgão (estrutura) - túbera ou batata - conhecida como xilopódio que é constituído de tecido lacunoso que armazena água, mucilagem, glicose, tanino, amido, ácidos, entre outras. O caule, com casca cor cinza, tem ramos novos lisos e ramos velhos com ritidomas (casca externa morta que se destaca); as folhas são verdes, alternas, compostas, imparipenadas, as flores são brancas, perfumadas, melíficas, agrupadas em panícula de 10-15cm de comprimento. O fruto - umbu ou imbu - é uma drupa, com diâmetro médio 3,0cm, peso entre 10-20 gramas, forma arredondada a ovalada, é constituído por casca (22%), polpa (68%) e caroço (10%). Sua polpa é quase aquosa quando madura. Semente arredondada a ovalada, peso de 1 a 2,0 gramas e 1,2 a 2,4cm de diâmetro, quando despolpada. O fruto é muito perecível.

100 gramas de polpa do fruto contém:

44 calorias

0,6 g de proteína

20 mg de cálcio,

14 mg de fósforo

2 mg de ferro

30 mg de vitamina A

33 mg de vitamina C

0,04 mg de vitamina B1

O umbuzeiro perde totalmente as folhas durante a época seca e reveste-se de folhas após as primeiras chuvas. A floração, pode iniciar-se após as primeiras chuvas independentemente da planta estar ou não enfolhada; a abertura das flores dá-se entre 0 hora e quatro horas (com pico as 2 horas). 60 dias após a abertura da flor o fruto estará maduro. A frutificação inicia-se em período chuvoso e permanece por 60 dias. A sobrevivência do umbuzeiro, através de tantos períodos secos, deve-se à existência dos xilopódios que armazenam reservas que nutrem a planta em períodos críticos de água.

O umbuzeiro cresce em estado nativo, nas caatingas elevadas de ar seco, de dias ensolarados, e noites frescas. Requer clima quente, temperatura entre 12ºC e 38ºC, umidade relativa do ar entre 30% e 90%, insolação com 2.000-3.000 horas/luz/ano e 400mm a 800mm de chuva (entre novembro e fevereiro), podendo viver em locais com chuvas de 1.600 mm/ano. Vegeta bem em solos não úmidos, profundos, bem drenados, que podem ser arenosos e silico-argilosos. Evitar plantio em solos que estejam sujeitos ao encharcamento.

Propagação / obtenção de mudas

A propagação do umbuzeiro pode ser feita através da semente, de estacas de ramo ou de enxertia. Para a obtenção de pomares uniformes e com indivíduos com características de plantas com produção e qualidade do fruto sugere-se a obtenção via enxertia.

Produção de mudas via sementes: as sementes devem ser provenientes de frutos de plantas vigorosas, sadias e de boa produção; os caroços devem ser originários de frutos com casca lisa, forma arredondada e sadios. O caroço (semente) se possível despolpado, deve ter de 2,0 a 2,4cm de diâmetro; para quebrar a dormência da semente deve-se efetuar um corte em bisel na parte distal do caroço (oposta ao pedúnculo do fruto) para facilitar a emergência da plantinha. O recipiente a receber a semente pode ser saco de polietileno ou outro com dimensão de 40cm x 25cm, que possa receber 5kg de mistura de barro com esterco de curral curtido na proporção 3:1. Três a quatro caroços são colocados no recipiente a 3-4cm de profundidade; a germinação dá-se entre 12 e 90 dias (de ordinário em 40 dias), podendo-se obter até 70% de germinação. Efetuar desbaste com plantinhas com 5cm de altura. Muda apta ao campo com 25-30cm de altura.

Produção de mudas via estacas de ramos: estacas do interior da copa da planta, são colhidas entre os meses de maio e agosto; devem ter 3,5 de diâmetro e comprimento entre 25cm e 40cm. As estacas são postas a enraizar (brotar) em leitos de areia fina ou limo, enterradas em 2/3 do seu comprimento, em posição inclinada; a estaca também pode ser enterrada no local definitivo de plantio.

Produção de mudas via enxertia: método em experimentação/observação; trabalhos do IPA (Pernambuco) asseguram êxito no obtenção da muda por enxertia via método janela aberta; a EMBRAPA/CPATSA obteve 75% de "pega" em enxertos de garfos de umbuzeiro sobre cajazeira (Spondias lutea). Não há registros de frutificação/produção de frutos dos enxertos.

Plantio

O espaçamento: sugere-se 10m x 10m (100 plantas/ha) 12m x 12m (69 plantas/ha) e até 16m x 16m (39 plantas/ha em terrenos férteis). As covas devem ter dimensões de 40cm x 40cm x 40cm ou 50cm x 50cm x 50cm segundo textura do terreno. Ao abrir a cova separar terra dos primeiros 15-20cm; sugere-se adubação de cova com 20 litros de esterco de curral curtido, 300 gramas de superfosfato simples e 100 gramas de cloreto de potássio misturados a terra de superfície e colocadas no fundo da cova 30 dias antes do plantio. No plantio retirar recipiente que envolve o torrão da muda e irrigar a cova com 20 litros de água. O plantio deverá ser feito no início das chuvas.

Tratos culturais

Manter o umbuzeiro livre da concorrência de ervas nos primeiros 5 anos; efetuar capina em coroamento em torno da planta e roçagem em ruas e entre plantas nas chuvas. Podar galhos secos, doentes e mal colocados (que se dirijam de fora para dentro da copa) antes do início da estação chuvosa. Sugere-se adubar em cobertura com leve incorporação, 30 dias após plantio, a 20cm do pé da planta, com 50g de uréia e 30g de cloreto de potássio; no final das chuvas aplicar a mesma dose. No 2º ano adubar em cobertura com incorporação no início das chuvas, com 60g de uréia, 200g de superfosfato simples e 40g de cloreto de potássio, por planta.

Pragas e doenças

Pragas: a cochonilha escama-farinha ataca ramos finos e frutos; o cupim escava galerias no caule; a lagarta-de-fogo e patriota atacam as folhas e a abelha-erapuá ataca os frutos. Ainda cita-se o ataque de mosca branca e mané-magro. Para controle químico das pragas indica-se produtos a base de malatiom (Malatol 50 E) óleo mineral, triclorfom (Dipterex 50) e carbaryl (Carvim 85 M, Sevin 80).

Doenças: as doenças afetam os frutos do umbuzeiro; os agentes são fungos causadores da verrugose-dos-frutos e septoriose.

Colheita / rendimento

O pé franco do umbuzeiro inicia produção a partir do 8º ano de vida. A maturação do fruto é observada quando a cor da sua casca passa do verde ao amarelo. Maduro o fruto cai ao chão, sem danificar-se; deve-se preferir frutos arredondados e com casca lisa. Para consumo imediato o fruto é colhido maduro; para transportar colher o fruto "de vez". Cada planta pode produzir 300kg de frutos/safra (15.000 frutos). Um hectare com 100 plantas, produziria 30 toneladas. O umbu é considerado produto vegetal de extração (não cultivado), coletado em árvores que crescem espontaneamente. Em 1988 a produção brasileira foi de 19.027t e da Bahia 16.926t. As regiões econômicas do Baixo Médio São Francisco, Nordeste e Sudoeste são importantes produtoras de umbu na Bahia.


UTILIDADES DO UMBUZEIRO

Vários órgãos da planta são úteis ao homem e aos animais:

Raiz
Batata, túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca. Também é conhecida pelos nomes de batata-do-umbu, cafofa e cunca; criminosamente é arrancada e transformada em doce - doce-de-cafofa. A água da batata é utilizada em medicina caseira como vermífugo e antidiarréica. Ainda, da raiz seca, extrai-se farinha comestível.

Folhas
Verdes e frescas, são consumidas por animais domésticos (bovinos, caprinos, ovinos) e por animais silvestres (veados, cagados, outros); ainda frescas ou refogadas compõem saladas utilizadas na alimentação do homem.

Fruto
O umbu ou imbu é sumarento, agridoce e quando maduro, sua polpa é quase líquida. É consumido ao natural fresco - chupado quando maduro ou comido quando "de vez" - ou ao natural sob forma de refrescos, sucos, sorvete, misturado a bebida (em batidas) ou misturado ao leite (em umbuzadas). Industrializado o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, de doces, de geléias, de vinho, de vinagre, de acetona, de concentrado para sorvete, polpa para sucos, ameixa (fruto seco ao sol). O fruto fresco ainda é forragem para animais. A industrialização caseira do umbu sugere os seguintes produtos:
- Fruto maduro: polpa para suco integral, casca para obtenção de pasta, casca desidratadas ( ao sol ou forno) e moídas para preparo de refrescos, xarope;
- Fruto "de vez" (inchado) ou verde: umbuzadas, pasta concentrada, compota;
- Fruto verde (figa): umbuzeitona, doce de umbu;
- Casca do caule: remédio;
- Folhas: salada da folha verde e salada refogada da folha.

Fonte: Revista Bahia Agrícola


Quanto vale a natureza?

O agricultor Hélio de Lima, de 58 anos, é um homem de sorte. Em sua propriedade rural na cidade de Extrema, divisa entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo, há dez nascentes. Quando as águas encontram os riachos vizinhos, ajudam a formar o rio da foto que abre esta reportagem. O gado nunca passou sede. Não falta à família água para se banhar nos fins de semana. Além disso, há um ano, Lima passou a lucrar diretamente com suas fontes. Em troca de preservá-las, ganha da prefeitura em torno de R$ 1.300 todo mês.
A explicação é que, depois de correr cerca de 100 quilômetros, a água que brota em suas terras desemboca no sistema Cantareira, em São Paulo, que abastece as torneiras de quase 9 milhões de pessoas todos os dias. O pequeno incentivo lá na fonte ajuda os moradores das regiões norte, central, leste e oeste da capital paulista, zonas abastecidas pela Cantareira, a beber água de qualidade, com menos produtos químicos. Deixo de criar umas 40 cabeças de gado por ano, diz Lima. Mas, se eu não fizer isso, o que o boi vai beber? Com o que a gente cozinha? Acabou a vida. Ganha Lima, porque recebe compensação por não usar a terra. Ganha o planeta, com a manutenção das florestas. Ganha quem mora em São Paulo, ao desfrutar água pura e sem cheiro.

A relação monetária entre Lima e a prefeitura de Extrema tem nome: pagamento por serviços ecológicos. Ele recompensa quem ajuda a sociedade a preservar seus recursos naturais. Não é só a água doce e limpa. É também a polinização dos insetos, sem a qual não existiria agricultura. Ou a regulação do clima, feita pela floresta que estoca carbono. Ou as drogas, cujos princípios ativos vêm da fauna e da flora. O declínio da biodiversidade leva à decadência econômica, afirma Luiz Fernando Merico, diretor da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) no Brasil, um organismo que reúne 1.200 organizações preservacionistas.

Não é nenhuma novidade que a natureza é a base da economia. Sempre foi até porque não há vida fora da natureza. Mas a abundância de recursos era tamanha que eles podiam ser considerados inesgotáveis, e portanto gratuitos. Em alguns casos, essa premissa se revelou ilusória, como na civilização da Ilha de Páscoa, no Pacífico, que ruiu quando a madeira acabou. Há um temor similar para alguns recursos de nossa civilização, como o petróleo, os peixes e até a água potável.

A demanda por recursos naturais é 35% maior que a capacidade do planeta de renová-los

É por isso que a economia tradicional começou a adotar as preocupações dos ambientalistas. A grande questão é estabelecer o valor dos recursos para saber quanto e como usá-los. Não é uma conta fácil. Em primeiro lugar, a natureza tem um valor subjetivo . Em segundo lugar, parte de seu valor é potencial um princípio ativo ainda não descoberto para curar uma doença, por exemplo. É impossível saber que impacto essa exploração teria no futuro.

Mesmo assim, a ciência já tenta atribuir preço aos recursos naturais. Faz isso de dois modos. O primeiro é pelo cálculo do lucro obtido com a preservação (a água limpa, o mercado de orgânicos que floresce da proteção à biodiversidade, os ganhos de eficiência nas empresas ou no reaproveitamento do lixo etc.). O segundo modo é calcular o prejuízo que a destruição dos recursos naturais acarreta o preço da dessalinização da água, os deslizamentos resultantes da derrubada de matas, o custo de alugar abelhas para polinizar a plantação quando as abelhas nativas são destruídas. Essa conta é complicada porque boa parte da depredação vai incidir somente sobre as próximas gerações, que não têm como dar palpite nas políticas atuais (mas em compensação contarão com tecnologias que ainda não foram inventadas).

O grande desafio é encontrar fórmulas para que quem explora os recursos naturais ajude a pagar a conta de sua manutenção, diz o economista americano Robert Costanza, da Universidade de Portland. É algo que alguns economistas visionários pregam há décadas. O professor americano Herman Daly é um dos pais dessa economia ecológica. Colocou o desenvolvimento sustentável em pauta nos anos 80 quando foi economista sênior do Banco Mundial. Hoje, como professor da Universidade de Maryland, diz acreditar que o crescimento da população demanda uma mudança na teoria econômica. Daly questiona o conceito do Produto Interno Bruto (PIB), que inclui apenas as riquezas materiais geradas. Acha que é necessário descontar desses ganhos os gastos com a poluição do ar, os resíduos, a destruição da floresta.

Os economistas brasileiros estão engajados nessa discussão, como mostra o livro O que os economistas pensam sobre sustentabilidade, do jornalista Ricardo Arnt. Hoje estamos internalizando a finitude da Terra, afirma Antonio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento. O problema ambiental sempre existiu, só que era marginal. A restrição não era mandatória. Agora é, diz André Lara Resende, ex-presidente do BNDES e cocriador do Plano Real.

Esse tema se impôs como urgente porque o mundo já começa a sentir os reflexos da exploração inconsciente da natureza. Segundo o relatório A economia dos ecossistemas e da biodiversidade, divulgado neste ano pela ONU, mais de 60% dos serviços naturais do mundo foram degradados nos últimos 50 anos. De acordo com o estudo, a demanda atual por recursos naturais é 35% maior que a capacidade do planeta de renovar esses recursos e, a prosseguir o atual ritmo de crescimento da demanda, em 2030 estaríamos consumindo o dobro do que a Terra é capaz de repor naturalmente. O relatório, do economista indiano Pavan Sukhdev, é parte de uma série de cinco publicações que a ONU lança até a Conferência da Biodiversidade (COP-10), em Nagoya, Japão, em outubro, quando os principais governos do mundo vão tentar traçar metas para a biodiversidade.

Reverter dados tão abrangentes em valores monetários é uma tarefa complexa. Robert Costanza foi o primeiro a atribuir preços à natureza. Em 1997, ele estimou que a biodiversidade do mundo valia US$ 33 trilhões (algo como US$ 45 trilhões, no dinheiro de hoje). Todos nós já estamos pagando por essas perdas, diz. Mas ainda não exatamente em dinheiro. Outro relatório da ONU, de maio, estimou que as perdas anuais do desmatamento e da degradação florestal podem passar de US$ 4,5 trilhões. A conservação dessas áreas estaria garantida com um investimento de apenas US$ 45 bilhões um centésimo do total. Os números estão aí, mas são tão etéreos e distantes da realidade que poucos se preocupam com eles.

Extrema, a cidade do agricultor Lima, é um caso raro de investimento preventivo. A ideia surgiu em 2001, quando Paulo Pereira, do departamento de meio ambiente do município, se inspirou em um projeto da Agência Nacional das Águas para remunerar os donos de nascentes. O Código Florestal determina manter 30 metros de floresta nativa nos arredores das margens de rio, conhecidas como Área de Preservação Permanente (APP). Quando se trata de uma nascente, a lei manda preservar um raio de 50 metros de diâmetro. É raro quando isso acontece por vontade própria ou temor à fiscalização. E o mundo continua precisando de água. A solução encontrada por Extrema foi pagar os agricultores por esse serviço. É uma maneira de ganhar área de floresta e recompensar o produtor, afirma Pereira. Os fazendeiros ganham R$ 176 ao ano por hectare de área protegida. Em contrapartida, deixam de colocar ali o gado que lhes traria um lucro anual de cerca de R$ 120. Perdem de um lado para ganhar do outro. Em três anos, a prefeitura já fez 150 quilômetros de cerca, plantou 150 mil mudas de diferentes espécies e preservou 800 hectares (o equivalente a 1.100 campos de futebol). O recurso para isso tudo, em torno de R$ 1,5 milhão por ano, vem do governo de Minas Gerais, do próprio município e de outros parceiros. O maior beneficiado, no entanto, o Estado de São Paulo, ainda não contribui. O ideal seria que a própria concessionária de água de São Paulo entendesse esse mecanismo, diz Pereira. A tendência é partir para isso. Enquanto não acontece, fazemos nosso trabalho. Temos outros ganhos, com preservação da biodiversidade.

Revista Época

Leia o Artigo completo no:  Portal do Meio Ambiente

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E carrapato lá tem serventia?


Quem anda pelo mato com certeza já entrou em contato com essa praga chamada carrapato que gruda na gente e suga o sangue deixando um rastro de coceira de enlouquecer. Junto com os mosquitos e as moscas, os carrapatos estão entre as espécies que a maioria dos humanos considera dispensável no planeta Terra, certo?  Pois há quem discorde: no Instituto Butantan um grupo de pesquisas achou utilidade para substâncias encontradas na saliva dos carrapatos-estrela – aquele mesmo, transmissor da febre maculosa.

Veja a foto, cedida pelo Butantan, mostrando como é retirada a saliva dos carrapatos (Eca!)
Foto: Daniela Oliveira/Instituto Butantan

 

Pergunte a qualquer profissional ou aventureiro com a missão de andar pelo mato: tem coisa mais impertinente do que carrapato?  Eles vão subindo pelo corpo sem pedir licença; instalam-se nas partes mais indevidas; cravam as mandíbulas na pele para sugar nosso sangue; causam coceiras de enlouquecer e, vez por outra, ainda transmitem doenças graves. Por essas e por outras, os carrapatos costumam estar entre as espécies que mesmo alguns conservacionistas gostariam de ver extintas, ao lado de borrachudos, mosquitos, moscas, baratas e companhia.

Acontece que até as pragas têm função na natureza. Muitos insetos e aracnídeos atormentadores estão na base da cadeia alimentar e, sem eles, não haveria equilíbrio. Mas o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) vai mais além, e começa a interessar em estudos médicos e farmacológicos. Em uma pesquisa da equipe do Instituto Butantan, coordenada por Ana Marisa Chudzinski Tavassi, foram isoladas substâncias anticoagulantes da saliva do bichinho. Como qualquer sugador de sangue, o carrapato precisa impedir a coagulação de modo a manter o fluxo de seu alimentar, portanto produz substâncias anticoagulantes. E algumas dessas substâncias do carrapato-estrela são novas para a Ciência.

"Queríamos primeiro entender quais substâncias existiam nas glândulas salivares deste carrapato e depois eleger anticoagulantes com potencial para uso em terapias", explica a pesquisadora. "Um inibidor de um dos fatores da coagulação sanguinea (fator X), além de ter um papel na anticoagulação mostrou ser efetivo para induzir morte de células tumorais e induziu regressão de tumores de melanoma, em animais,  sem causar danos às células saudáveis e tampouco causar hemorragias nos animais tratados". Esta proteína foi selecionada para vários estudos, inclusive para tumores renais e de pâncreas..

O gene responsável pela tal proteína da saliva do carrapato já foi clonado e a proteína, bem como sua aplicação, tem depósito de patente no Brasil e no Exterior. A proteína pode ser reproduzida em laboratório com a 'colaboração' de outros microorganismos: algumas leveduras e a bactéria Escherichia coli. Normalmente associada a diarréias e a colites hemorrágicas, E. coli também tem seu lado útil, empregada em biotecnologia quando se quer reproduzir proteínas de interesse para uso humano.

Agora, uma empresa farmacêutica nacional, fabricante de diversos genéricos para uso humano e veterinário – a União Química – está investindo nos testes pré-clínicos. Empresas norteamericanas e escocesas foram contratadas para ajudar a produzir a proteína em quantidade suficiente e para alguns testes, necessários para essa fase do desenvolvimento de um novo medicamento. E outras empresas privadas brasileiras também estarão envolvidas nos testes. Se o zelo da burocracia científica e dos órgãos regulatórios permitir, em breve será possível passar aos testes clínicos e chegar a um medicamento.

Nada disso alivia o incômodo e o risco de 'pegar' carrapato-estrela, sobretudo em áreas onde há febre maculosa, uma das doenças por ele transmitida. As pesquisa também não reduzem os problemas de tomar água contaminada com E. coli. Mas o exemplo serve para nos fazer refletir sobre o valor das espécies consideradas praga: no lugar certo, com o olhar apropriado, até elas têm lá sua serventia.

Fonte: Portal do Meio Ambiente

sábado, 18 de setembro de 2010

O Que fazer quando encontrar uma ave com anilha?

O anilhamento é uma técnica de marcação de aves com anéis numerados, que permite conhecer quando do encontro dessas aves, o tempo de vida, as rotas migratórias, locais de reprodução, pontos de parada, dentre outras informações fundamentais para conservação das aves e seus ambientes.

Quando Encontrar uma ave anilhada . mesmo ela estando morta, siga os seguintes passos:

  • Anote o código da anilha(letras e números);
  • Anote a data e local de encontro;
  • E avise o CEMAVE.
Após o recebimento e processamento das informações , o CEMAVE envia um certificado de agradecimento com os dados sobre a ave encontrada.

IMPORTANTE: Caso a ave esteja viva não retire a anilha. ela deve permanecer com a anilha em liberdade permitindo novos encontros.

 Para mais informações: CEMAVE

Fonte: http://www4.icmbio.gov.br/cemave/ 





sexta-feira, 17 de setembro de 2010

50 Dicas para Proteção ao Meio Ambiente

Conheça e pratique no seu dia a dia essas 50 Dicas para Proteção ao Meio Ambiente que podem ajudar a economizar energia, poupar recursos naturais e, ao mesmo tempo, cuidar de sua saúde e da saúde do planeta!


ELETRODOMÉSTICO

1) Evite comprar eletrodomésticos que não sejam muito necessários, como facas elétricas, máquinas de fazer sucos, maquinas de café, etc.

2) Não utilize a parte de trás da geladeira para secar roupas e sapatos.

3) Compre geladeiras como o selo “greenfreeze”, sem o gás CFC, que ataca a camada de ozônio.

4) Evite colocar alimentos quentes na geladeira, por aumentar o consumo de energia.

5) Não coloque a geladeira perto do fogão ou de uma janela que recebe muito Sol; ela terá de trabalhar mais para se manter fria.

6) Feche sempre bem a porta da geladeira. Aberta, há um maior consumo de energia para manter a temperatura. Não deixa a porta aberta enquanto pensa no que vai tirar dela, nem a abra e feche repetidas vezes.

7) Evite manter a temperatura interna do refrigerador inferior a 5 ou 6 graus. Isso aumenta o consumo energético em cerca de 7%.

8) Prefira geladeira com descongelamento manual por gastar menos energia.

9) Opte por lavar roupas na maquina a frio. Isso economiza de 80% a 92% de energia.

10) Só lave roupa com máquina cheia. Cada lavagem consome 150 litros de água.

11) Só use a secadora de roupas em casos extremos, de muito frio ou muita chuva.

12) Prefira panelas de pressão. Mais rápidas, elas consomem menos energia.

13) Procure sempre tampar as panelas, especialmente para aquecer a água ou sopa. Isso pode reduzir em 30% a energia necessária e o tempo de preparação.

14) Desligue as bocas de fogão minutos antes de a comida ficar pronta. Elas ainda se manterão quentes por um tempo. O mesmo pode ser feito com o ferro de passar.

15) O vapor do ferro aumenta o consumo de eletricidade. Por isso passe ferro com a roupa um pouco úmida ou use um borrifador.

ALIMENTOS

16) Evite comprar alimentos que contenham aditivos, corantes e conservantes desnecessários.

17) Compre furtas e vegetais orgânicos, por não usarem agrotóxicos em seu cultivo

18) Procure se certificar de que a carne comprada provém de animais criados em boas condições e mortos sem sofrimento desnecessário.

19) Recuse serviço de fast food com excesso de produtos descartáveis, como guardanapos, copos, canudos, colherzinha de plástico, pacotes de ketchup e maionese, etc.

20) Evite comprar peixes com tamanhos abaixo dos estipulados por lei. No site da Polícia Militar de São Paulo é possível conferir os tamanhos de peixes do mar: http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/cpfm_tab_peixe.htm

PILHAS

21) Utilize, sempre que possível eletricidade em vez de pilhas.

22) Prefira pilhas recarregáveis e sem adição de mercúrio.

23) Pilhas usadas podem ser descartadas nos postos postos autorizados de cada marca, como Rayovac, Duracell, Sony. Os sites e os serviços de atendimento ao consumidor fornecem os endereços.

PAPÉIS

24) Evite papéis decorados, engessados ou perfumados. Os químicos que carregam dificultam a reciclagem.

25) Os papéis para reciclagem não deve ser amassados, mas sim dobrados, para não ocupar volume.

26) Evite o papel alumínio na cozinha. A extração de bauxita costuma destruir grandes áreas de florestas e a transformação de bauxita em alumínio desperdiça energia.

27) Use pano em lugar de papel no dia-a-dia da cozinha, inclusive como guardanapos.Evite colocar alimentos quentes na geladeira, por aumentar o consumo de energia.

28) Compre papel higiênico não branqueado com cloro. O branqueamento produz dioxinas que, uma vez em rios, matam peixes.

29) Prefira produtos de papéis reciclados. A média de desperdício de papel, por ano, numa casa comum, corresponde a seis árvores.

30) Use uma foto copiadora que imprima frente e verso e reaproveite papéis impressos em um só lado para rascunho

ILUMINAÇÃO

31) Procure utilizar iluminação natural ou lâmpadas fluorescente, que gastam a quarta parte de energia que gastam uma incandescente, e duram mais.

32) Apague as luzes quando não precisar delas. Diminuir os gastos de eletricidade ajuda a reduzir a produção de dióxido de enxofre proveniente das centrais elétricas.

33) Pinte os cômodos da casa com cores claras. Cores escuras absorvem luz e as claras refletem.

34) Se possível instale sensores de ocupação que desligam as luzes sempre que o cômodo estiver ocupado

LIMPEZA DA CASA

35) Opte por uma solução de vinagre ou limão diluídos em água, em quantidades iguais, para limpar vidros e espelhos e tirar a gordura.

36) Substitua aerossóis ou sprays pelos roll-on (especialmente os recarregáveis), pelos sticks ou pelos pulverizadores de compressão.

37) Evite os desinfetantes coloridos colocados nas bordas dos vasos sanitários, porque são muitos poluentes.

38) Troque a descarga com válvulas (que gastam 10 a 30 litros quando acionadas) por aquelas que acompanham caixas de 6 litros de água.

39) Use tintas com baixo teor de solvente. Essências como a terebintina (líquido obtido de pinheiros, usado na mistura de tintas e vernizes e polidores) devem ser usadas na menores quantidades possíveis.

CARRO

40) Ao lavar o carro com mangueira, gasta-se, em média, 570 litros de água. Se você usar baldes, gastará um décimo disso.

41) Visite oficina regularmente e verifique a emissão de fumaça do seu carro

42) Sempre que possível, utilize os transportes públicos, como metrô e ônibus, pegue carona, ande a pé ou de bicicleta. Assim, ajudará a reduzir a poluição.

43) A velocidade que consome menos combustível é a moderada. Acelere gradualmente

44) Mantenha a pressão correta dos pneus, para impedir o desgaste prematuro deles e para poupar gasolina.

45) Não compre um automóvel maior do que as suas necessidades. Carros mais pesados utilizam até 50% mais de combustível do que os modelos mais leves.


CIDADANIA

46) Qualquer reclamação sobre a higienização de ruas e avenidas paulistanas, cachorros que não param de latir durante a madrugada e pedidos de pontos de coleta seletiva para prédios podem ser solicitados à Prefeitura Municipal por meio do site http://sac.prefeitura.sp.gov.br/.

47) Denuncie crimes ambientais, queimadas, desmatamentos ou obras de grande impacto no ambiente pela Linha Verde do Ibama no site www.ibama.gov.br ou pelo e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

48) Participe da Campanha de Adoção de Floresta com Araucária. No site da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental(SPVS), é possível “adotar” áreas nos poucos remanescentes de florestas com araucária que ainda existem. Consulte o site http://www.spvs.org.br/ . Entre em contato enviando e-mail para campanha@spvs.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Ou ligue no telefone (0xx41) 3242-0280

49) Obtenha mais detalhes das campanhas e atos realizados pelo Greenpeace no Brasil e no mundo acessando o site www.greenpeace.org.br/ . Veja como pode ajudar na preservação da Amazônia, do clima e dos Oceanos.

50) Proteste contra a negativa do governo americano em combater as emissões de dióxido de carbono pelas termelétricas e indústrias do país, assine a petição contra o aquecimento global, proteja os ursos polares de extinção enviando cartas ao presidente dos EUA, George W. Bush, e à diretoria da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Christie Whitman. A rede de ciberativismo Action Network (http://actionnetwork.org/ ) tem modelos de textos e endereços para envio em inglês.

 Fonte: Portal do Meio Ambiente

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A importância das aves de rapina


Ficheiro:Eagle In Flight 2004-09-01.jpeg
São aves de rapina; aves que tem o bico curvo em forma de garra ou gancho, (gavião coruja, urubu, águia, falcão, etc.),
As aves de rapina são fundamentais no equilíbrio ecológico por serem predadoras que ocupam o topo da cadeia alimentar. Consideras como espécies "chaves" são essenciais no controle das populações viáveis de muitas espécies de raptores s indica a necessidade de se preservar a maioria dos ecossistemas tropical sendo uma boa justificativa para o aumento do tamanho de parques e reservas. A sensibilidade de algumas espécies diante das atividades humanas e o fascínio geral que estas aves exercem as tornam bandeiras ideais para a conservação de habitais ameaçados.
As crescentes atividades humanas sobre o meio ambiente como a alteração e a fragmentação das diversas paisagens naturais causam o desaparecimento de centenas de espécies vegetais e animais, colocando em risco eminente de extinção varias espécies de aves de rapina.

Fonte: S.O.S Falconiformes



terça-feira, 14 de setembro de 2010

Porque os pés dos pinguins não congelam no gelo?

O pinguim já “veste um terno”, mas não ficaria bonito de sapatos sociais. Aliás, poderia morrer se vestisse algo nos pés. Calçado não faz parte do código de vestimenta das aves de sangue quente. Pés descalços evitam que eles “morram de calor”.
A maior parte do corpo do pinguim é aquecida por sua acolhedora plumagem, quente e impermeável. Debaixo da pele, a gordura também contribui para o isolamento. Juntas, a gordura e as penas funcionam tão bem que uma ave descuidada pode superaquecer em um dia ensolarado.
É por isso que o bico e os pés descalços permitem que o calor escape, ajudando o organismo a manter uma temperatura constante.
Um pouco de ingenuidade biológica impede que as extremidades congelem. Algumas artérias da perna do pinguim podem ajustar o fluxo sanguíneo em resposta à temperatura do pé, alimentando-o com sangue suficiente para mantê-lo poucos graus acima de zero. Mas nem todas as espécies precisam de tal sistema. Na linha do equador, os pinguins de Galápagos enfrentam o sol escaldante e o calor apenas com muita ajuda de seus pés gelados.

Fonte:

sábado, 11 de setembro de 2010

A vida é em rede

A individualidade parece uma ilusão, pois somos tão dependentes uns dos outros que indivíduos sozinhos até conseguem viver isolados, em sociedade, mas a que preço?! Não há esse que possa dizer que não precisa do outro, que se basta a si mesmo, pois somos seres sociais e dependemos do outro, de alguma maneira, para nos sentir completos. Tecemos nossa rede o tempo inteiro, para fazer ou refazer laços. Sem essa rede, que nos dá sustentação social, podemos desmoronar psicologicamente, e a vida pode se empobrecer e perder em sentido e significado.
Antes da internet, construir redes sociais era bem mais demorado. O problema é quando as relações permanecem apenas no virtual, pois a vida acontece é no mundo real. As relações virtuais podem preencher parte de nossas necessidades, como o primeiro contato, a descoberta de afinidades, de objetivos comuns, mas não dão conta dos próximos passos fundamentais para a construção de laços, o olho no olho, o toque, o calor humano.
No mundo dos negócios é comum se agradar aos clientes, já que se depende deles para o sucesso financeiro. Assim como na política se agrada ao povo, por que se precisa do voto. Mas na vida social não funciona exatamente assim, pois nem sempre agradamos ao outro fazendo o que ele espera de nós, mas às vezes sendo o melhor de nós próprios.
Em nossa necessidade do outro queremos ser aceitos, ou não ser rejeitados, ou nos sentir fortes, ou admirados, ou protegidos, ou queremos ganhar, manter ou não perder dinheiro, prestigio, poder, privilégios, empregos, votos, sexo, amor, amizade, etc. São tantas as carências quanto pessoas no mundo! E, em função dessas necessidades, nos enfeitamos e nos aperfeiçoamos para seduzir e enlaçar ao outro, ou nos deixar enlaçar.
As redes não incluem apenas nossos semelhantes, mas também aos não semelhantes como os animais, principalmente cães e gatos, que interagem conosco, nunca nos negando carinho, apoio, mesmo quando não merecemos. Sem eles, muitos de nós padeceríamos de solidão espiritual. Ao contrário dos humanos, os animais pedem muito pouco em troca e se oferecem por inteiro, incondicionalmente.
Já as relações entre humanos não tem nada de simples ou desinteressada. São relações complexas baseadas em sentimentos que não dominamos. Existem no amor, na amizade, variáveis e mistérios que nossa razão não domina inteiramente. Não sabemos por que amamos nem por que desamamos, no fundo, não sabemos o que é o amor ou a amizade, sentimentos que não escolhemos ter, mas aos quais precisamos estar receptivos, pró-ativos para receber e cultivar!
Por isso, não interessa quantas vezes os outros irão nos machucar, continuaremos procurando-os, precisando deles, querendo acreditar em suas promessas.
Entretanto, podemos aprender com os erros e assim nos libertarmos das carências que nos fazem reproduzir escolhas que não são boas para nós. Não temos de ser escravos de nossas necessidades! Temos escolhas, por mais difíceis que sejam. Podemos escolher ser livres de relacionamentos e situações que nos fazem infelizes ou que nos colocam em risco. Às vezes somos os últimos a perceber esses riscos e geralmente quando os danos já aconteceram. Quando estamos enlaçados pelo amor ficamos meio surdos aos conselhos e alertas dos que estão à nossa volta.
Existem pessoas tão acostumadas desde muito cedo a serem sempre atendidas em seus desejos, que esperam que os outros estejam disponíveis para atendê-los em suas carências e, quando isso não acontece, não titubeiam em tomar a força o que acham ser seu por direito. Tornam-se predadores insensíveis à dor do outro e alguns chegam a sentir prazer com o sofrimento alheio! Pessoas assim podem ser covardes a ponto de não se deterem nem mesmo diante de crianças e de gente indefesa. A sociedade possui mecanismos para punir, mas para cada uma que consegue alcançar, existem muitas outras impunes, pois pessoas assim não trazem impresso na testa o quanto podem ser más! É duro quando os pais, parentes e a própria sociedade tomam conhecimento de tais atrocidades, e descobrem que os monstros não se parecem com aqueles tipos retratados nos filmes, feios, embrutecidos, pouco inteligentes, mas ao contrário, são as promessas de um futuro que deveria ser melhor e envolvem jovens bonitos, saudáveis, inteligentes, bem formados, que sempre tiveram do bom e do melhor na vida, mas que queimaram vivo o índio Gaudino ou surraram uma empregada doméstica que esperava o ônibus de madrugada para ir ao trabalho ou assassinaram os próprios pais e avós!
Os assassinos em série têm perfil semelhante, os estelionatários também! Geralmente são personalidades sedutoras, inteligentes, confiáveis, e usam dessas armas para iludir, enganar, causar danos e matar repetidamente. Para os estelionatários, a amizade, o amor, transformam-se em armas para atrair e roubar as pessoas! Causariam menos dor se usassem facas e revólveres, pois mais que subtrair bens materiais, rouba a confiança no outro!
Importante que se diga, a maldade não é uma exclusividade das pessoas más nem a bondade exclusividade das pessoas boas, mas trata-se de uma questão de fazer as escolhas certas. Felizmente, apesar de existirem pessoas que escolhem praticar maldades, existem muitas outras que escolhem praticar o bem. Ao construirmos nossas redes sociais, devemos evitar as primeiras e procurar as segundas.
Alguém já disse que as maiores vitórias são as que alcançamos sobre nós mesmos. Jamais nos libertaremos de nossas necessidades e carências, mas podemos lidar melhor com elas, identificando-as e não deixando que fiquem tão à vontade em nossas vidas a ponto de nos levar a repetir os mesmos erros.
A vida é muito breve e demoramos tempo demais para ficar prontos, para conseguir realmente saber o que queremos de nós e dos outros, para deixar de nos iludir com falsas promessas e sonhos impossíveis, para nos livrar dos rótulos, dos estereótipos, dos preconceitos que nos fazem querer pessoas idealizadas em vez de gente real, que nos impedem de ver e aceitar a nós próprios e ao próximo como somos, capazes de grandezas e de misérias que, apesar de tudo, nos faz humanos!
Não vale a pena aceitarmos ser menos do que pudermos ser ou abrir mão da felicidade, do amor, da vida apenas por que estamos deixando nossas carências e ilusões escolherem por nós!

Autor:Vilmar Berna
Fonte: Portal do Meio Ambiente 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Queimadas levam governo a decretar emergência ambiental em 14 estados

Albari Rosa/Gazeta do Povo / Medida favorece produtores de cana, que pressionaram pela revisão da portaria do IAP Ministério do Meio Ambiente decretou estado de emergência ambiental em 14 estados e no Distrito Federal por causa do grande número de focos de queimadas. As informações são da Agência Brasil. Estão na lista Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Pará, Piauí, Tocantins, Bahia, Goiás e Minas Gerais.

Com o decreto, os estados podem contratar brigadistas para combater o fogo sem a necessidade de licitação, por exemplo. A portaria com a lista foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Levantamento do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostrava a existência de 1.178 focos de incêndio no país ontem.
O maior número foi registrado em Goiás, 892. Em seguida vem Tocantins (288), Bahia (239), Minas Gerais (203), Distrito Federal (31), Mato Grosso (17) e São Paulo (8).

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Saiba como denunciar queimadas

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Ibama oferece telefone de 'Linha Verde' para denúncias. Também é possível falar com Bombeiros e órgãos locais.


Tocantins é o estado em que a situação das queimadas é mais crítica, segundo o Ibama (Foto: Reprodução/TV Globo)
O tempo seco no Centro-Oeste e áreas do Norte tem aumentado o número de queimadas nessas regiões, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para agilizar o combate aos focos de incêndio, o Ibama conta com o serviço da "Linha Verde", um canal de comunicação criado para denúncias a queimadas em todo o país.
"Além de denunciar por meio da Linha Verde, o cidadão deve acionar o órgão ambiental de seu estado e o Corpo de Bombeiros. É fundamental que sejam passadas todas as informações como localização, posição do incêndio, a gravidade da situação e, em caso de propriedades particulares, se possível, inclusive a identidade do proprietário. A identidade do denunciante será mantida sob sigilo", diz ao G1 Luciano Meneses Evaristo, diretor de proteção ambiental do Ibama.
Para avisar sobre as queimadas
Nacional    Ibama
0800-61-8080
linhaverde@ibama.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Secretarias Estaduais do Meio Ambiente
AC    (68) 3223-3090
AL    (82) 3315-2680
AM    (92) 3642-4724
AP    (96) 3212-5310
BA    (71) 3115 6288
CE    (85) 3101-5520
DF    (61) 3355-8060
ES    (27) 3136-3441
GO    (62) 3201-5150
MA    (98) 3218-8956
MG    (31) 3915-1299
MS    (67) 3318-4100
MT    (65) 3613-7200
PA    (91) 3184-3349
PB    (83) 3218-5661
PE    (81) 3181-1700
PI    (86) 3216-2038
PR    (41) 3304-7700
RJ    (21) 2334-5906
RN    (84) 3232-2400
RO    (69) 3216-1065
RR    (95) 2121-9176
RS    (51) 3288-8100
SC    (48) 3029-9014
SE    (79) 3179-7310
SP    (11) 3133-3000
TO    (63) 3218-2600
O número é gratuito e funciona 24 horas. Para denunciar incêndios em seu estado basta ligar para 0800-61-8080 e detalhar, o máximo possível, a localização e a intensidade do incêndio. Denúncias também pode ser feitas pela internet, pelo e-mail: linhaverde@ibama.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .
No caso de queimadas localizas às margens de rodovias, a Polícia Rodoviária Federal também deve ser acionada.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, além do Ibama, denúncias devem ser encaminhadas a órgãos ambientais estaduais e municipais, para agilizar o atendimento à ocorrência. A fiscalização dos casos de queimadas é feita pelo Ibama, segundo o ministério.
Alerta
Os estados em que a situação é mais grave, atualmente, são Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e Pará. "O grande problema são as queimadas para a agricultura, para consolidar e implantar a pecuária, renovar pastos. Essa tecnologia rudimentar, com a baixa umidade relativa do ar, causa muitos transtornos e não dá para pensar em queimar", diz Evaristo.
A orientação do Ibama aos agricultores é que aguardem uma condição climática mais favorável, menos seca, para as queimadas. "A prática tem que ser interrompida imediatamente. Em Mato Grosso, por exemplo, estamos com mais de 1,5 mil focos de calor, e a queimada está proibida. Nem queimadas controlas são seguras nesta época do ano", afirma o diretor.
Em todo o país, cerca de 1,7 mil brigadistas do Ibama atuam no combate às chamas e fiscalização de queimadas, sem contar profissionais do Corpo de Bombeiros, do Instituto Chico Mendes e outros órgãos ambientais.

Fonte: Portal do Meio Ambiente 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A Sociedade, a Economia e a Floresta



5231A estabilidade econômica e as oportunidades comerciais têm ampliado o crescimento do Brasil, o PIB tem crescido a dígitos cada vez maiores. As projeções e cenários e que haja um crescimento da economia de 6,7% ao ano (IBGE 2010). Crescendo a esse ritmo em duas décadas dobraremos nosso PIB.

 

Por outro lado, a volutabilidade do país tem diminuído com a redução da divida externa, contudo, não se pode dizer que os acontecimentos econômicos externos não podem influenciar na nossa economia, haja vista que a exportação tem sido um dos canais de escoamento da produção.

O Programa Minha Casa Minha Vida, propõe financiar um milhão de casas, a indústria automotiva vendeu 3,14 milhões de carros em 2009 e espera um crescimento de 18,9% em 2010. A indústria da construção civil tem vivido um boom de crescimento, assim como muitos outros setores da economia, além de que, a descoberta das resevas de petróleo do pré-sal põe o Estado em condições de ampliar o investimento e facilitar o crescimento.

Diante desse maravilhoso quadro para o presente e o futuro, estão os consumidores, os que adquiriram sua sonhada casa, realizaram a desejada reforma, a aquisição ou troca de carro. Tudo proveniente de oferta e participação de nossas florestas.

Como a floresta pode contribuir com um carro ou uma casa? Vejamos: O carro ― fabricado em chapas de aço ― necessita de lenha para os altos fornos, e carvão para o ferro-gusa que dá boa liga ao associar-se com o minério; Já a casa, teve seus tijolos e telhas queimados com lenha. Parte dessa lenha e carvão utilizados, veio do plantio e/ou de florestas manejadas ou mesmos de desmatamento.

Enquanto nos saciamos e a popularidade presidencial amplia ― as nossas florestas agonizam ― agoniza por serem usurpadas para gerar energia, matéria e produtos para diferentes seguimentos de consumo e produção.

Não tenho nenhum interesse de propor a parada do crescimento em função de que as florestas estão agonizando, agonizam por causa de uma sociedade que não teve oportunidade de acessar os bens historicamente desejados. Quero apenas registrar que não há desenvolvimento sem floresta, e da forma como vai, corre o risco de ficar sem elas.

Por traz da necessidade de crescimento é importante planejar, estimular e criar políticas que ampliem a oferta de bens florestais para suprir as necessidades de crescimento, e que o uso de lenha e carvão, não seja caracterizado como tecnologias caducas e ultrapassadas, mas, como bens renováveis e sustentáveis.

O crescimento da economia permite investimentos na educação e na cultura, proporciona lazer e bem estar social, isto se bem aplicados. Crescer é importante, contudo, a sustentabilidade está ameaçada, não pelo esgotamento das florestas em um ciclo que dobre o PIB, mas, pelos danos ocasionados pelo mau uso da floresta.

Usar a floresta não é ruim, dependendo da forma que é explorada. Exploração sem manejo, sem planejamento, ultrajando a legislação e desrespeitando o conhecimento empírico, é ruim.

Por outro lado, o processo legislatório de uso das florestas impõe tantas normas, regras e complacentismo ambiental que é mais tranquilo usar sem respeitar, fugindo do olho doente dos organismos ambientais.

As florestas fazem parte de nossa vida, favorecendo a conservação das nascentes, protegendo as margens dos rios, aquecendo-nos com uso da lenha, servindo de energia para caldeiras e fornos em indústrias, nas cerâmicas de telhas e tijolos, na indústria de cosméticos, na fabricação de papel, como goma celulósica usada nos cremes dentais, na borracha usada em luvas, camisinhas, sapatos e pneus, além de servirem de pastagem para caprinos, ovinos e bovinos, e como pasto apícola. As florestas estão em nossas lembranças, desde o nascimento, com um bercinho, até na passagem desse mundo para outro.

Não deveríamos chorar por ver uma árvore tombar ao ser cortada, com isso estaremos renegando o seu uso em nossa vida. É uma hipocrisia ser contra o uso das florestas, não podemos viver sem uso dos serviços, bens, e dos produtos florestais que são tão importantes e presentes em nossa vida, e ao mesmo tempo distante de nossas cidades que chegamos a desconhecer o que usamos, e em dados momentos até condenamos o uso.

Usar é importante, contudo, é preciso conhecer, estudar e planejar esse uso. Atividade que se dá a partir do inventário florestal, uma atividade que consiste em medir, identificar, quantificar o volume, definir a estrutura e a fitossociologia (tipo e quantidade de plantas na estrutura florestal). Essas informações somada a dados da fauna, solo e clima, subsidiam a estruturar um plano de uso, denominado de plano de manejo florestal, um instrumento que considera o uso, de modo que ao concluir um ciclo, a floresta apresente o mesmo volume e estrutura.

Nosso Estado e sociedade precisam facilitar e financiar a atividade florestal de forma que possibilite o uso sustentável das florestas, desta forma, nosso crescimento dar-se-á sem maiores danos ambientais. Também é importante ampliar o conhecimento das espécies nativas, o seu comportamento, produção, efeitos associativos, necessidade nutricionais, edaficas, climáticas e dentre outros.

Um cultivo agrícola produz em geral de 3 a 6 meses, enquanto uma árvore pode levar de 4 a 30 anos para ser aproveitada.  Quem vive para comer, tirando o pão a cada dia não tem como esperar, assim, o Estado tem importante papel no financiamento e custeio desse tipo de atividade de longo prazo.

A sociedade pode e deve buscar produtos oriundos de florestas manejadas e/ou plantadas, quebrando o paradigma de ver uma árvore no chão, fazer um estardalhaço e chorar, o choro só faz sentido ser for fruto de desmatamento, caso seja proveniente de floresta manejada ou cultivada não há por que, pois, as florestas compõem nosso desenvolvimento. Da mesma forma que uma manga é colhida, uma árvore pode e deve ser colhida e aproveitada seja sua madeira ou produtos, do contrário nosso crescimento para. Assim, os ministérios que cuidam de investimentos devem também estimular a atividade florestal ― do contrário ― as obras e as ações esbarrarão na falta de produtos florestais sustentáveis. Apesar de que na atualidade as diferentes cadeias produtivas não têm produtos sustentáveis em suficiência, estando às mesmas em desequilíbrio.

O uso devido gera emprego, renda, riqueza e distribui muito mais do que as empresas petrolíferas, sobretudo quando se maneja florestas, sem contar que as mesmas podem ser uma fonte inesgotável de produtos e possibilitam maior fixação de carbono a depender das práticas de manejo adotadas.

*É Engenheiro Florestal e Licenciado em Ciências Agrícolas pela UFRPE e pós-graduando em Gestão de Projetos pela Faculdade Estácio de Sá, atua como consultor para ONGs, organismos internacionais e órgãos governamentais.


Cristiano Cardoso Gomes

Fonte: Portal do Meio Ambiente

Começa cobrança pelo uso da água no rio São Francisco


Recursos são  arrecadados pela ANA  e repassados  integralmente ao Comitê de Bacia do São Francisco, onde serão aplicados em ações de recuperação

Os usuários do rio  São Francisco, e outros rios de domínio da União da bacia, começaram a pagar pelo uso da água, conforme prevê a Lei nº 9.433/97, conhecida como "Lei das Águas". Os boletos de 2010 já foram distribuídos e a Agência Nacional de Águas (ANA) iniciou em agosto a arrecadação,  estima em R$ 10 milhões até o fim do ano, tendo em vista que o valor cobrando corresponde ao período julho-dezembro.

Passam a pagar pelos recursos hídricos quem capta mais de quatro litros por segundo (14,4 metros cúbicos por hora) como, por exemplo, companhias de saneamento, indústrias, irrigantes e o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF). Também estão sujeitos à cobrança os usuários que fazem lançamentos de efluentes nos rios federais da bacia.

"É importante ressaltar que a cobrança pelo uso da água dos rios não é um imposto, mas um preço público definido em consenso pelo próprio comitê de bacia e quem paga são usuários do rio, como se faz em um condomínio, por exemplo", explica o diretor presidente da ANA, Vicente Andreu.

O cálculo do valor da cobrança é baseado na outorga pelo uso da água concedida pela ANA aos usuários. O s valores do metro cúbico para as categorias de uso foram acordados no âmbito do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) em um amplo processo que contou com a participação de representantes dos setores usuários, da sociedade civil e do Poder Público, que integram o CBHSF.

Na avaliação  de Andreu, o País está crescendo e a disponibilidade de água é um fator essencial para manter a atividade econômica. Além disso, a cobrança pelo uso das águas das bacias hidrográficas é um instrumento que induz ao uso racional. "A cobrança é fundamental para melhor a gestão dos recursos hídricos, para garantir a manutenção da expansão econômica e assegurar a disponibilidade de água para as futuras gerações", disse o diretor-presidente da ANA.

Os recursos serão arrecadados pela ANA e repassados integralmente à bacia do São Francisco, onde vão ser aplicados em ações de recuperação da bacia pela Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo - AGB Peixe Vivo, entidade delegatária que passou a exercer funções de agência de água da bacia, conforme aprovação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).

As ações de recuperação da bacia serão definidas pelos membros do CBHSF, com base nos programas, projetos e obras previstos no Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do São Francisco. Estão inseridos na bacia do São Francisco os estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal.

Histórico da cobrança pelo uso da água

Desde 2001, a ANA desenvolve ações para implementar a cobrança pelo uso da água no Brasil em parceria com gestores estaduais de recursos hídricos e comitês de bacias. Em rios de domínio da União – aqueles que cortam mais de uma unidade da Federação ou são compartilhados com outros países –, a cobrança já está em funcionamento na bacia do rio Paraíba do Sul (MG, RJ e SP) desde 2003 e na dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (MG e SP) desde2006.

A cobrança pelo uso da água é um dos instrumentos de gestão de recursos hídricos previstos pela Lei nº 9.433/97, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos.  Para mais detalhes sobre cobrança pelo uso das águas consulte o site www.ana.gov.br/cobrancauso

Fonte: Assessoria de Comunicação (ASCOM) / Agência Nacional de Águas (ANA)


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