Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

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"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estamos queimando o Brasil: Estado de Emergência Climática

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  Tem 26.500 focos de incêndios em        quas e todos os Estados brasileiros, Na  Amazônia o Arco do Desmatamento, que vai do Pará a Rondônia é como uma flecha flamejante no coração da Amazônia. As emissoras de TV se aproveitam das imagens dramáticas de animais mortos e tufos enormes de fumaça subindo aos céus. No entanto, pouco se vai a fundo em quem são os responsáveis, a quem interessa esta sandice criminosa não apenas com a Amazônia, mas com todos os biomas brasileiros. O Cerrado também está em chamas. É preciso ir atrás dos criminosos e os expor à execração pública. Mas não, o tema é tratado quase como uma fatalidade. Um acontecimento sazonam previsível e inexorável.

O Brasil está em um Estado

de Emergência Climática. Estamos emitindo milhares de toneladas de gases de efeito estufa sem nenhum controle e sem que isso sirva à sociedade brasileira. Quando ligamos uma termelétrica e emitimos CO², é ruim, mas ao menos estamos gerando eletricidade para acender lâmpadas, ligar geladeiras ou ouvir música. Mas o que ligamos ao queimar a floresta? Na verdade, desligamos. Desconectamos o bom senso, deixamos de lado os compromissos com o amanhã e passamos por cima do esforço de milhares de brasileiros e empresas que estão investindo na redução de sua "pegada de carbono". Damos um tapa na cara das pessoas que deixam seus carros em casa e vão ao trabalho no transporte público, a pé ou de bicicleta. Desligamos o Brasil de seus compromissos internacionais de redução de emissão de gases estufa.

O que mais será preciso para que acordemos dessa letargia em berço esplêndido? Estamos em pleno processo eleitoral e não há comícios, debates, discussões acaloradas sobre o país que queremos, o modelo de desenvolvimento ou como deve ser a gestão disso ou daquilo. As pessoas se recolheram à vida privada e abandonaram os interesses públicos. As queimadas no Brasil são um escândalo ambiental tão grande ou maior do que o desastre da BP no Golfo do México. Milhões de indivíduos da flora e fauna estão morrendo. Não apenas ameaçados, mas morrendo pelo descaso de uma espécie suicida. As cidades no caminho da fumaça estão vivendo dramas humanos de fazer chorar. Crianças morrem sem conseguir respirar. Idosos que poderiam curtir netos por muito tempo estão morrendo por puro descaso não apenas dos governos, mas da sociedade brasileira com a vida.

O Brasil e sua cidadania precisam dar um basta a isso. É preciso parar de queimar o futuro não apenas do País, mas do Planeta em uma atitude absolutamente mesquinha de alguns e da incompetência de outros. Se há um momento em que o Exército deve sair dos quartéis e travar uma guerra é agora. É preciso combater o fogo onde quer que ele esteja. Não é possível continuar a assistir o fogo no Jornal Nacional e, em seguida, passar para a cotação do dólar e para o caso de amor da celebridade de plantão. Como se o incêndio que se alastra pelo País fosse apenas uma notícia de jornal.

Queimar a floresta leva a um profundo desequilíbrio do cliclo hidrológico brasileiro e nos atira em um circulo vicioso onde queima porque não chove e não chove porque queima.

É tempo de eleição. Vamos acordar e votar de forma correta, analisando o Brasil que temos e o Brasil que queremos. É tempo de indignação. Estamos queimando o Brasil. Temos de fazer protestos sobre isso, Grandes protestos que arranquem governantes e políticos de suas mesquinhas agendas eleitorais e os façam se dedicar a resolver esta emergência nacional.

(Agência Envolverde)

Fonte: Portal do Meio Ambiente


Um comentário:

  1. Parece que notícias como esta já não sensibiliza muita gente, amiga Mikaelli. Pena!
    Tenho presenciado várias queimadas na região onde moro, porque a "monocultura" da cana-de-açúcar tomou conta. Todos os dias o vento traz a fuligem que entra nas casas e pesa o ar. Com esse ar seco, fica difícil até para respirar.
    Mas, quem se importa? A lei que previa a proibição dessa prática foi prorrogada por mais cinco anos, por interesses sabe-se lá de quem...
    Lamentável!
    Resta a cada um de nós fazer como o passarinho que, ao invés de abandonar a floresta em chamas, leva no bico algumas gotas na tentativa de apagar o fogo... enquanto outros fogem.
    Meu afetuoso abraço,
    Yolanda

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