Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

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"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Jeito de fazer


em vez de desculpas por não ter feito

Conceitualmente, nós, seres humanos, nos
achamos os ‘donos’ do universo e nos colocamos
em seu centro, como se tudo à nossa volta
existisse para nos atender. Então, se aceita
como natural a exploração deste mesmo universo,
com tudo que o compõe, desde que seja
para atender aos propósitos e desejos humanos.
A visão de que o Planeta não nos pertence,
que nós é que pertencemos ao Planeta não
tem cabimento numa sociedade baseada no
consumismo e, por isso mesmo, no materialismo,
que valoriza o ter em vez do ser! O meio
ambiente destruído não resulta de um conflito
entre os humanos e a natureza, mas dos
humanos com a sua auto-imagem.
E mais. Ao desmatar, queimar, poluir, utilizar
ou desperdiçar recursos naturais ou energéticos,
cada ser humano também está reproduzindo
culturalmente o que aprendeu ao longo
da história e cultura de seu povo. A ação destruidora
não é um ato isolado de um ou outro
indivíduo, mas reflete as relações culturais,
sociais e tecnológicas de sua sociedade.
Seres humanos explorados, injustiçados e desrespeitados
em seus direitos, acham natural
explorar outros seres vivos, como animais e
plantas, considerados ‘inferiores’.
Falar sobre meio ambiente, principalmente
para pessoas de baixa-renda, é falar sobre o esgoto
a céu aberto, o lixo não recolhido, a água
contaminada, etc. As questões ecológicas devem
ser associadas à qualidade de vida, para que as
pessoas se percebam como parte deste meio
ambiente. Por mais sério que seja ninguém consegue
ter a sensação de importância por uma
coisa abstrata, fora de sua realidade. Antes de
se importar com a sobrevivência das outras espécies,
a pessoa precisa estar consciente de sua
própria importância, sua capacidade de interferir
no meio ambiente e de agir como cidadão.
Ghandi afirmava que “Só existem dois dias do
ano em que não podemos fazer nada. O ontem
e o amanhã”. Então, é só querer arranjar um
jeito para fazer em vez de continuar a procurar
por desculpas para não fazer.

"''A educação deve
ajudar o homem
brasileiro a inserir-se
criticamente no
processo histórico
e a libertar-se, pela
conscientização,
da síndrome do ter
e da escravidão
do consumismo''
(Paulo Freire)

O mundo, como nossos pais e avós e nós próprios,
adultos, conhecemos, mudou. As escolhas
das gerações que nos antecederam,
da era pós-industrial, aqueceram o planeta
e as consequências desse aquecimento já
começam a ser sentidas por todo o planeta,
inclusive no Brasil. Além de tentar mitigar os
problemas, precisamos também nos adaptar a
esta nova realidade de um planeta mais aquecido,
cuja tendência será aquecer ainda mais.
E entre as consequências já previstas para
as próximas décadas, o aumento do nível dos
oceanos está entre os maiores danos à infraestrutura
urbana e rural nas cidades litorâneas.
Para fazer uma educação ambiental que seja
compreendida por todos, precisamos antes
perceber que não é por falta de conhecimento
ambiental que as árvores são derrubadas,
a fauna sacrificada ou o meio ambiente poluído.
Os caçadores e desmatadores, por exemplo,
possuem muito mais conhecimentos sobre
ecologia, natureza e a vida silvestre que
muitos ecologistas, mas usam esses conhecimentos
para destruir e matar.
O problema é que não nos achamos como
parte da natureza, por mais esdrúxula que essa
ideia possa parecer. As pessoas possuem consciência
ambiental, mas na maioria dos casos,
esta consciência é distorcida, associando a natureza
às plantas e animais, como se a espécie
humana não fizesse também parte dela.



Revista Meio Ambiente

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