Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

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"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pequenas soluções



Diante de um grande problema, devemos buscar grandes soluções, certo? Errado, pois os grandes problemas são feitos de pequenos problemas, bem mais fáceis de resolver. Um dos grandes problemas atuais é a necessidade de energia para promover o crescimento econômico e garantir a qualidade de vida das pessoas. Sabemos que a energia não brota da parede quando acionamos uma tecla ou tomada, mas vem de algum lugar da natureza. Sempre que há um aquecimento econômico com o fantasma do blecaute ou do possível racionamento de energia. Nesse momento entram em campo os adeptos da energia nuclear que sempre querem mais e mais usinas, como se o lixo atômico que permanece ativo por 25 mil anos pelo menos e a impossibilidade de evacuar decentemente a população em casos da acidentes nucleares fossem assuntos para ecologistas chatos e antipatriotas.

Opõe-se ao grupo dos pró-usinas nucleares os adeptos das grandes hidrelétricas, como a de Itaipú, na fronteira do Paraguai, ou a de Balbina, na Amazônia, por exemplo, que geram energia, mas a um custo sócio-ambiental tremendo. E não pensem que todo esse esforço de produção de energia é para melhorar o dia-a-dia do cidadão, como diz a propaganda, mas boa parte é desvia para indústrias altamente dependentes de energia.

Afinal, os ecologistas reclamam porque são do contra? Muito pelo contrário. Eles são a favor. A favor de programas de conservação de energia, que podem economizar até 20% da capacidade já implantada de geração de energia, o que, de cara, evitaria a construção de novas hidrelétricas, usinas nucleares ou termoelétricas insustentáveis e poluidoras por um bom tempo. Também são a favor de se adotarem outras soluções energéticas, que podem não resolver no caso de grandes indústrias e de grandes centros urbanos, mas são perfeitamente viáveis para pequenas comunidades, áreas rurais, ilhas etc, como, por exemplo, a energia produzida a partir da biomassa, da energia solar, da energia eólica etc. Além de não serem poluentes, não precisa gastar com grandes linhas de transmissão e libera energia para atender aos grandes centros consumidores. Também são a favor das hidrelétricas que afogam florestas e sítios históricos e expulsam trabalhadores rurais e comunidades tradicionais, que aproveitem melhor a calha dos rios e a correntezas, com o mínimo de alagamento.

As palavras-chave que estão faltando pra resolver esta questão energética são: descentralização das decisões; instrumentos para maior participação da sociedade na busca de soluções locais; e investir mais em pesquisas, município por município, para evitar que pequenos problemas se torne grandes, porque aí o assunto começa a ficar muito chato, com muito blablablá de cada lado, e as pessoas têm mais o que fazer.


Portal do Meio Ambiente

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