Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

Buscar

"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pesquisador acha planta que neutraliza veneno da surucucu


Surucucu, a maior serpente venenosa da América do Sul; pesquisador encontra planta que neutraliza seu veneno

Uma árvore de quatro a seis metros de altura pode ser a nova arma contra o veneno da surucucu, a maior serpente venenosa da América do Sul.

Uma pesquisa realizada na UFF (Universidade Federal Fluminense) constatou que um extrato feito a partir da Stryphnodendron barbatiman, popularmente chamada de barbatimão, barba-de-timão, casca da virgindade ou ubatima, é capaz de neutralizar os principais efeitos provocados pela picada da cobra.

A descoberta poderá levar ao desenvolvimento de um novo tratamento contra o veneno da surucucu, que provoca dor intensa, hipotensão, diminuição do ritmo cardíaco, diarreia e hemorragia.

A cobra está presente em todo o território nacional e, entre 2001 e 2004, respondeu por 2,3% dos ataques registrados no Brasil. Seu índice de letalidade, porém, é quase três vezes maior do que o das serpentes do gênero Bothrops, que respondem por 90% dos ataques no país --cerca de 1% das vítimas da surucucu morrem após serem picadas.

SORO ANTIOFÍDICO

Atualmente, o procedimento preconizado pelo Ministério da Saúde em casos de picada de cobras venenosas é a administração de soro antiofídico, produzido a partir de anticorpos produzidos por cavalos inoculados com o veneno.

O soro, porém, tem as desvantagens de ser caro, necessitar de estocagem em baixas temperaturas e provocar reações alérgicas graves em parte dos pacientes. Além disso, é ineficaz contra os efeitos locais das picadas, que muitas vezes deixam sequelas.

Em busca de alternativas de tratamento, o pesquisador Rafael Cisne de Paula pesquisou 12 espécies diferentes de plantas como parte do seu trabalho de mestrado em Neuroimunologia na UFF.

Dessas, apenas uma se mostrou totalmente ineficaz. O extrato produzido a partir da barbatimão, porém, foi o único que conseguiu inibir em mais de 80% os principais efeitos do veneno analisados, impedindo inclusive o desenvolvimento de hemorragias.

Não foi testada, porém, a eficácia da planta sobre a formação de edemas e outras consequências da picada.

Os testes foram realizados em camundongos e, por enquanto, ainda não se sabe qual o mecanismo de ação da planta. Estudos posteriores poderão identificar e isolar os componentes responsáveis pelos efeitos neutralizantes.

Fonte: Folha de São Paulo

0 comentários:

Postar um comentário

Postagens populares